19 julho, 2010

A HISTÓRIA DO FUTEBOL

"Futebol se joga no estádio?
Futebol se joga na praia,
futebol se joga na rua,
futebol se joga na alma".
(Carlos Drumond de Andrade)

Embora não se tenha muita certeza sobre os primórdios do futebol, historiadores descobriram vestígios dos jogos de bola em várias culturas antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o futebol, pois não havia a definição de regras como há hoje, porém demonstram o interesse do homem por este tipo de esporte desde os tempos antigos. O futebol tornou-se tão popular graças a seu jeito simples de jogar. Basta uma bola, equipes de jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço, crianças e adultos possam se divertir com o futebol. Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de vários cantos do mundo começam a praticar o futebol.

O FUTEBOL NO MUNDO
Na China AntigaNa China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipes para chutar a cabeça dos soldados inimigos. Com o tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo substituídas por bolas de couro revestidas com cabelo. Formavam-se duas equipes com oito jogadores e o objetivo era passar a bola de pé em pé sem deixar cair no chão, levando-a para dentro de duas estacas fincadas no campo. Estas estacas eram ligadas por um fio de cera.

No Japão Antigo
No Japão Antigo, foi criado um esporte muito parecido com o futebol atual, porém se chamava Kemari. Praticado por integrantes da corte do imperador japonês, o kemari acontecia num campo de aproximadamente 200 metros quadrados. A bola era feita de fibras de bambu e entre as regras, o contato físico era proibido entre os 16 jogadores (8 para cada equipe). Historiadores do futebol encontraram relatos que confirmam o acontecimento de jogos entre equipes chinesas e japonesas na antiguidade.

Na Grécia e RomaOs gregos criaram um jogo por volta do século I a.C que se chamava Episkiros. Neste jogo, soldados gregos dividiam-se em duas equipes de nove jogadores cada e jogavam num terreno de formato retangular. Na cidade grega de Esparta, os jogadores, também militares, usavam uma bola feita de bexiga de boi cheia de areia ou terra. O campo onde se realizavam as partidas, em Esparta, eram bem grandes, pois as equipes eram formadas por quinze jogadores.Quando os romanos dominaram a Grécia, entraram em contato com a cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros, porém o jogo tomou uma conotação muito mais violenta.

O FUTEBOL NO TEMPO
Na Idade MédiaHá relatos de um esporte muito parecido com o futebol, embora usava-se muito a violência. O Soule ou Harpastum era praticado na Idade Média por militares que dividiam-se em duas equipes : atacantes e defensores. Era permitido usar socos, pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há relatos que mostram a morte de alguns jogadores durante a partida. Cada equipe era formada por 27 jogadores, onde grupos tinham funções diferentes no time: corredores, dianteiros, sacadores e guarda-redes.
Na Itália Medieval apareceu um jogo denominado gioco del calcio. Era praticado em praças e os 27 jogadores de cada equipe deveriam levar a bola até os dois postes que ficavam nos dois cantos extremos da praça. A violência era muito comum, pois os participantes levavam para campo seus problemas causados, principalmente por questões sociais típicas da época medieval.
O barulho, a desorganização e a violência eram tão grandes que o rei Eduardo II teve que decretar uma lei proibindo a prática do jogo, condenando a prisão os praticantes. Porém, o jogo não terminou, pois integrantes da nobreza criaram um nova versão dele com regras que não permitiam a violência. Nesta nova versão, cerca de doze juízes deveriam fazer cumprir as regras do jogo.

O futebol chega à Inglaterra
Pesquisadores concluíram que o gioco de calcio saiu da Itália e chegou a Inglaterra por volta do século XVII. Na Inglaterra, o jogo ganhou regras diferentes e foi organizado e sistematizado. O campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas pontas seriam instalados dois arcos retangulares chamados de gol. A bola era de couro e enchida com ar. Com regras claras e objetivas, o futebol começou a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza inglesa. Aos poucos foi se popularizando. No ano de 1848, numa conferência em Cambridge, estabeleceu-se um único código de regras para o futebol. No ano de 1871 foi criada a figura do guarda-redes (goleiro) que seria o único que poderia colocar as mãos na bola e deveria ficar próximo ao gol para evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido o pênalti, para punir a falta dentro da área. Somente em 1907 foi estabelecida a regra do impedimento.

O profissionalismo no futebol foi iniciado somente em 1885 e no ano seguinte seria criada, na Inglaterra, a International Board, entidade cujo objetivo principal era estabelecer e mudar as regras do futebol quando necessário.
No ano de 1897, uma equipe de futebol inglesa chamada Corinthians fez uma excursão fora da Europa, contribuindo para difundir o futebol em diversas partes do mundo.
Em 1888, foi fundada a Football League com o objetivo de organizar torneios e campeonatos internacionais.

No ano de 1904, foi criada a FIFA ( Federação Internacional de Futebol Association ) que organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a FIFA que organiza os grandes campeonatos de seleções ( Copa do Mundo ) de quatro em quatro anos. Em 2006, aconteceu a Copa do Mundo da Alemanha, que teve a Itália como campeã e a França como vice.A FIFA também organiza campeonatos de clubes como, por exemplo, a Copa Libertadores da América, Copa da UEFA, Liga dos Campeões da Europa, Copa Sul-Americana, entre outros.

História do Futebol no BrasilNascido no bairro paulistano do Brás, Charles Miller viajou para Inglaterra aos nove anos de idade para estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto de regras. Podemos considerar Charles Miller como sendo o precursor do futebol no Brasil.
O primeiro jogo de futebol no Brasil foi realizados em 15 de abril de 1895 entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os funcionários também eram de origem inglesa. Este jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO RAILWAY.
O primeiro time a se formar no Brasil foi o SÃO PAULO ATHLETIC, fundado em 13 de maio de 1888.
No início, o futebol era praticado apenas por pessoas da elite, sendo vedada a participação de negros em times de futebol.
Em 1950, a Copa do Mundo foi realizada no Brasil, sendo que a seleção brasileira perdeu o título, em pleno Maracanã, para a seleção Uruguaia (Uruguai 2 x Brasil 1).
Que venha, em 2014, novamente, a Copa do Mundo de Futebol.

Texto extraído do site suapesquisa.com

18 julho, 2010

TROVA É UM POEMA COMPLETO COM QUATRO VERSOS

Hoje é Dia Nacional do Trovador

“Fazer trovas faz bem. A trova e o trovador são imortais.” Já dizia o saudoso escritor Jorge Amado. A trova é um poema completo em quatro versos de sete sons, rimando o primeiro verso com o terceiro e o segundo com o quarto. Daí por diante, depende apenas da criatividade de quem a escreve.

São diferentes na Internet
todos os blogs que há
eles, porém, nos remete
a um assunto particular

Fazer blog é como trova
todos fazem com liberdade
cada minuto surge uma nova
por instinto e necessidade

Melhor que fazer o mau
é blogar em paz, com alegria
pois se tudo parece mal
escrevendo melhora o dia

Há informações diversas
que nunca serão à luz de vela
Virtuais são as conversas
Em que cada espaço e janela
Mauro César Barbosa – Barra Mansa/RJ

As trovas a seguir foram extraídas do Almanaque Santo Antônio, anos 2008, 2009 e 2010, publicado pela Editora Vozes.


Carente, faminta e triste...
Criança, tu me revelas
que manjedoura linda existe
na rotina das favelas
Eliana Dagmar - Amparo/SP

Jamais me queixo da cruz
que levo em meu coração.
- Comparada a de Jesus,
a minha é de papelão.
Adolfo Macedo - Magé/RJ

O amor não tem semente
por isso não é semeado
nasce no peito da gente
num momento inesperado
Ivanete de Araújo – Cipó/BA

Em cada ação que faço
no viver de cada dia,
eu vou contando os meus passos
no rosário de Maria
Renê Bastos Baptista – Rio de Janeiro

Em cada gota extraída
do seu sangue,o doador
empresta vida a outra vida
numa transfusão de amor
A.A. de Assis – Maringá/PR

Leva, por onde fores,
Tolerância, perdão e carinho.
Assim, transformarás em flores,
as pedras do teu caminho
Adelson de Britto – Campos do Jordão/SP

Meu presente pra Jesus
é amá-lo sempre mais;
ser no mundo uma luz,
um farol para os mortais
Aurélio Rodrigues de Loiola – Paulista/PE

Um menino vai nascer
um novo sol há de brilhar
e que haja em cada coração
um lugar pra Jesus morar.
Clarice Bermond – Ji-Paraná/RO

Mãe teu semblante amado,
nos retratos que guardei,
me fez voltar ao passado
e de saudades - chorei
Daura Rocha Barbosa Resende – Petrópolis/RJ

Para quem acredita em Deus,
há sempre um caminho aberto.
Encontrarás um oásis,
mesmo em pleno deserto
Gumercindo de Alcântara – Jacareí/SP

Se uma rosa fosse mãe
seria a mãe do jardim das flores
percorria o mundo inteiro
exalando seus odores
Hebe Travassos Soares – Governador Valadares/MG

Meu cavaquinho atrevido,
amigo do peito meu,
vendo o que eu tenho sofrido,
chora ele e, choro eu
Helson Jorge – Montes Claros/MG

Para vencer o mal
e conquistar dias risonhos
não largues teu ideal
não abandones seus sonhos
Joaquim Pereira da Silva neto – Lagoa/PB

Num mundo sedento de amor,
e necessitado de compreensão,
pedimos, ó Deus, a sua mão,
Para que haja Jesus no coração.
Manoel Pinto da Silva Filho – Rio de Janeiro/RJ

Se difícil é o caminho,
complicado, mas correto,
vem de Deus todo o carinho
que sempre estará por perto...
Maria Cardoso Zurlo – Caxias do Sul/RS

A vida é lição constante
em tudo o que se executa
mas só se aprende o bastante
quando se chega o fim da luta.
Maria Luzia Ribeiro de Azevedo – Mirassol/SP



Coletânea do historiador barramansense Alan Carlos Rocha, extraído de seu livro “Três Caminhos” – impresso pelo GRÊMIO BARRAMANSENSE DE LETRAS (GREBAL)

A ganância do sucesso,
Meu caráter não aprova,
Por isso é simples meu verso;
Pobre e humilde a minha trova.

Borboleta do meu sonho,
Abrande a minha paixão.
Venha tornar-me risonho,
Pousando em meu coração!

São teus olhos tão azuis,
Como o azul do céu profundo,
E deles é que reluz,
A mais linda luz do mundo!

No jardim dos teus cabelos,
Muitos beijos eu deixei...
Outro dia, ao revolvê-los,
Lindas flores encontrei

Aquele beijinho quente,
Que dos teus lábios roubei,
Foi tão gostoso e envolvente,
Que por ti me apaixonei

Na loteria da vida,
A sorte grande tirei:
Foi no dia em que, querida,
Por ventura eu te encontrei

Sofro tanto nesta vida,
Já não sei o que é dor,
Choro lágrimas sentidas,
Por não ter o teu amor!

Teu lindo corpo estreitei,
Num abraço tentador,
Logo depois acordei,
-Apertando o cobertor!

Vendo que o homem tanto briga,
Tanto briga, sem parar.
Uma pergunta me intriga;
Como o mundo vai ficar?

Lua airosa e prateada,
Como é bela a tua luz!
Na cabeça cacheada,
Do meu doce e bom Jesus!

Quando Deus criou o mundo,
Deu uma bênção especial,
A um sítio Amor Profundo,
que se chama Capinzal

De lado deixa o temor!
Vem amar com plenitude!
Aproveita com ardor,
Toda a tua juventude!

15 julho, 2010

A DEPENDÊNCIA QUÍMICA É UMA INCÓGNITA PARA A CIÊNCIA

O vício da bebida é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença. Assim como as outras dependências químicas. A OMS avaliou que o organismo do ser humano, dependente químico, e isto a Ciência não sabe ainda por que, é diferente dos outros. Por exemplo, a pessoa dependente nunca consegue "ficar no primeiro gole”. Sempre. Daí, a embriaguês. Foi com base nesta falta de controle, que dois americanos descobriram que, com a conversa e a disciplina poderiam vencer o vício. Um corretor da bolsa de Nova Iorque e um cirurgião de Ohio, ambos com grave problema de alcoolismo, perceberam que trocando relatos sobre suas bebedeiras, conseguiam manterem-se sóbrios, isto em 1935. Criaram, então, a Irmandade com o intuito de continuarem abstêmios e ajudarem outros que ainda sofriam de alcoolismo a alcançarem a sobriedade.

A data de criação do primeiro grupo de Alcoólicos Anônimos (AA) é 1948, ano em que foi fundada a primeira filial dos Alcoólicos Anônimos em Londres, na Inglaterra, cenário da Revolução Industrial. Na Europa, também, os problemas de alcoolismo eram constantes em meio à classe trabalhadora. E as reuniões foram se propagando. O encontro semanal se consolidou em uma irmandade mundial de homens e mulheres que se reuniam com o objetivo único de alcançar e manter a sobriedade, por meio da abstinência total de ingestão de bebidas alcoólicas.

Os grupos de Alcoólicos Anônimos surgem, então, nos Estados Unidos da América e se espalham por todo o mundo. Sem caráter religioso, os AA recebem pessoas de todas as religiões; ateus, ou aqueles que não professam nenhuma. Por fim, incorporou princípios de uma ou outra, sem perder sua característica principal. A manutenção e sobrevivência do grupo, que atravessou o século e está em constante crescimento, acontece por meio de seus próprios membros, que contribuem espontaneamente, não aceitando em hipótese alguma dinheiro de fora da própria Irmandade. Por isso, na maioria das reuniões, corre uma sacola para coleta.

Com o AA vieram o NA (narcóticos anônimos) e outros. Atualmente, há os que se reúnem para socializar e entender sua dependência no jogo, na sexualidade, na alimentação compulsiva e tantos outros. Encontros como esses servem também a um programa da luta contra o tabagismo, coordenada pelo Ministério da Saúde. Os interessados em deixar de fumar têm que entrar na fila e com o tempo recebem um adesivo, que colado ao corpo, faz vez da nicotina, afastando o vício. Há exemplos diversos de pessoas que conseguiram livrar-se de sua dependência ao cigarro, desta forma. Mas, existe outro tipo de dependência, os Neuróticos Anônimos.


Texto construído com base em pesquisa ao Wikipédia.

Pesquise o site oficial dos NA

O grupo “Neuróticos Anônimos”, cuja sigla seria a mesma dos narcóticos, existe com o propósito de ajudar as pessoas a viver melhor emocionalmente. Sejam elas de qualquer religião ou sem religião. Não há qualquer distinção. Homens e mulheres se unem com a finalidade de aprender a lidar com todos os tipos de sintomas emocionais que deprimem e “deixa pra baixo” o ser humano. Situações como a de pânico, ansiedade, depressão, medo anormal, raiva, auto-piedade, insônia, inveja, sentimento de culpa, tensão, etc. O único requisito para tornar-se membro do NA é o desejo de ser emocionalmente saudável. Os grupos NA existem em todo o Brasil. Para informações escreva ou ligue para: ENABRA - Rua Brigadeiro Tobias, 118 – Sala 402 – CEP 01032-000 – São Paulo – SP – Tel.: (11)3228-2042 – e-mail: enabra@neuroticosanonimos.org.br ou: ENAERJ - Rua Mayrink Veiga, 32 – Sala 404 – Centro – CEP 20090-050 – Rio de Janeiro – RJ – Tel.: (21) 2233-0220.

Uma anedota do ramo:
O médico diz para o paciente bebum:
- O senhor vai parar de beber cerveja. Durante um ano só vai beber leite.
- Outra vez, doutor?!
- O quê?!... O senhor já fez este tratamento?
- Já. Durante os dois primeiros anos da minha vida...
Seleção de Valdelice dos Santos Silva – Santos/SP -

13 julho, 2010

DIMINUA RISCO DE TER ALZHEIMER

A doença de Alzheimer afeta cerca de 2,5 milhões de brasileiros (sendo 1,3 milhão já diagnosticados). Segundo pesquisadores, há cada vez mais indícios de que é possível reduzir o risco de se desenvolver a doença com mudanças simples do estilo de vida: “Os medicamentos atuais apenas retardam o avanço da doença e aliviam os seus sintomas”, explicou a médica Viviane Abreu, presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz).

Esqueça a batata frita. Comer gordura e colesterol demais parece apressar o surgimento da doença conforme estudo recente feito em camundongos; nos estudos com seres humanos, ser obeso na meia-idade aumenta o risco de futuros problemas de memória, demência e Alzheimer. O outro lado: um estudo de 2006, com mais de 3.700 adultos mais velhos, verificou que os que comiam muitas hortaliças retardaram em 40% o declínio da capacidade mental, comparados aos que rejeitavam as verduras.

Passeie ao sol. Um estudo de 2008 com quase duas mil pessoas indica que a vitamina D – a vitamina do sol – ajuda a manter o cérebro afiado. Dos voluntários com 65 anos ou mais, os que tinham nível mais baixo da vitamina apresentavam probabilidade duas vezes maior de ter problemas cognitivos do que aqueles com nível ótimo. A pele fabrica vitamina D quando é exposta ao sol, mas, como o processo fica menos eficiente com a idade, alguns pesquisadores também recomendam suplementos; converse com o seu médico.

Exercite o cérebro. Dois estudos recentes verificaram que quem passa mais anos estudando ou trabalha em serviços que exigem muito da mente fica mais afiado, mesmo que o cérebro seja prejudicado pelas placas da doença de Alzheimer. Passatempos comuns, como jogar cartas e resolver palavras cruzadas, também podem ser uma proteção contra os sintomas.

Dedique tempo aos amigos. Um pouco de prosa pode trazer grandes benefícios. Um estudo de Harvard verificou, em 2008, que pessoas com relações sociais mantêm a memória mais intacta quando envelhecem – segundo uma avaliação, até duas vezes mais intacta.

Mexa-se. Num estudo com idosos e adultos de meia-idade com problemas leves de memória, os que começaram a caminhar várias vezes por semana tiveram, em apenas seis meses, desempenho bem melhor nos testes de memória.

Ladrões de memória


Fique atento a estes 9 sinais de que está sendo atacado por um ladrão de memória:

O nível de açúcar no sangue está alto. Ressonâncias magnéticas do cérebro de voluntários indicam que a glicemia alta pode danificar as regiões do cérebro responsáveis pela memória.
Proteja-se. Se o histórico familiar é de diabete ou hiperglicemia, verifique regularmente o nível de açúcar no sangue.
Alimente-se bem e se mantenha ativo: caminhadas a passo rápido são eficazes.

Você anda se forçando demais. Não é preciso virar várias noites para ter problemas: num estudo, voluntários que dormiram seis horas por noite durante duas semanas não se sentiram sonolentos, mas tiveram desempenho pior nos testes de memória de curto prazo.
Proteja-se. Transforme em prioridade o descanso adequado. E se não for possível? Num dos estudos, pequenos cochilos de seis minutos bastaram para aumentar o desempenho de curto prazo dos voluntários. Os pesquisadores suspeitam que basta adormecer para deflagrar no cérebro o processo fundamental da memória.

Você ronca. Talvez tenha apneia do sono, na qual as vias respiratórias são bloqueadas ao dormir, cortando o oxigênio por alguns segundos. Homens têm mais probabilidade do que mulheres de apresentar apneia. Outros fatores de risco: estar acima do peso ou ter mais de 40 anos.
Proteja-se. Se você ronca alto e vive cansado, pergunte ao médico se não seria bom fazer um exame de apneia. Talvez seja preciso usar, na hora de dormir, um aparelho que força uma corrente de ar constante nas narinas, por meio de uma mangueirinha, impedindo as interrupções perigosas do fluxo de oxigênio.

Você se sente agitado, ou vive com preguiça. Talvez haja algum problema de tireoide. Os hormônios da tireoide controlam o metabolismo, mas se forem demais ou de menos podem desorganizar a conversa normal entre as células do cérebro. A tireoide hiperativa cria tanta estática que é difícil fazer passar as mensagens do cérebro, e a tireoide preguiçosa torna as mensagens lentas demais.
Proteja-se. Converse com o médico sobre os sintomas (principalmente se for mulher; mulheres correm mais risco de hipotireoidismo). A tireoide mais lenta pode nos deixar fatigados; a tireoide acelerada pode fazer o coração disparar e a pessoa se sentir irritada ou ansiosa.

Tem mais de 65 anos. Com o envelhecimento, fica mais difícil absorver a vitamina B12, e a deficiência grave pode parecer muito com a doença de Alzheimer. Até 20% dos que têm mais de 65 anos apresentam baixo nível de B12.
Proteja-se. Se é idoso e se sente confuso, pergunte ao médico se não seria bom verificar o nível de B12; talvez você precise tomar suplementos. Também faça o exame se for vegetariano estrito, cuja alimentação evita as principais fontes da vitamina.

Está deprimido. Quem tem depressão perde neurônios. Quanto mais tempo dura a depressão, mais células se perdem em áreas fundamentais para a memória.
Proteja-se. O tratamento precoce pode ser importantíssimo. Um estudo de 2008 indica que quem teve episódios mais longos de depressão apresentava probabilidade menor de melhora da memória com a volta do bom humor.

Toma remédios contra alergia ou soníferos. Muitos remédios que costumam ser receitados para insônia, incontinência, alergia e cólicas gastrointestinais também interferem com uma substância química fundamental para o cérebro. Em idosos, esses remédios, chamados anticolinérgicos, podem provocar confusão mental e esquecimento.
Proteja-se. Quem tem mais de 65 anos é mais vulnerável aos efeitos colaterais da difenidramina, anticolinérgico usado em muitos soníferos e antialérgicos vendidos sem receita médica.

Arrasta os pés ao andar. Os médicos chamam isso de andar magnético, porque os pés parecem grudados no chão. Esse sintoma pode dever-se à hidrocefalia com pressão normal, em que os ventrículos do cérebro incham por causa do excesso de líquido cefalorraquidiano.
Proteja-se. Arrastar os pés, incontinência e problemas de memória são os sintomas clássicos, mas nem todo mundo tem os três. O tratamento rápido traz mais chances de recuperação da memória.

Você toma muitos remédios. Quem toma mais de cinco corre risco de sofrer interações perigosas. E remédios vendidos sem receita também contam.
Proteja-se. Não deixe de dizer ao médico todos os remédios que toma. Se um anúncio de medicamento parece se dirigir a você, converse com o médico, mas não insista para que ele lhe dê a receita “Os medicamentos atuais apenas retardam o avanço da doença e aliviam os seus sintomas”, como explica a Dra. Viviane Abreu, presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). Mas, segundo os pesquisadores, há cada vez mais indícios de que é possível reduzir o risco de se desenvolver a doença com
mudanças simples do estilo de vida:



10 julho, 2010

MORREU POR CAUSA DA PIZZA

“Esta passando na sua rua o carro do pão”. Este ambulante é o mais comum em minha rua. Mas, tem também o carro do peixe, do cata ou compra trecos, o carro do cloro, da melancia, da caixa de uva etc.. Recentemente me surpreendi com “está passando na sua rua o carro da samambaia”. Legal, não? E uma senhora correndo para adquirir. Outra surpresa: um... dois senhores aportaram junto à camionete. Agora! Nunca passou na minha rua, nem na de ninguém, acredito, o carro da pizza. Existem há muito às entregas a domicílio, mas, ”está passando na sua rua o carro da pizza”, nunca ouvi.

Imagino, aqui, em minha modesta ignorância que ele possa existir em algum país. Por exemplo: um carro ambulante, com pizzas pré-feitas, saindo na hora. É possível, com as facilidades tecnológicas atuais, porque não? Está lançado a ideia.
No Brasil, a pizza ficou famosa por representar o “não deu em nada”. É muito difundido e já deve ter atravessado fronteiras o “tudo acaba em pizza”. O meu modesto Blog contém um artigo tratando do assunto. Pesquise no próprio e verá! Eu mesmo estou curioso e vou revê-lo, não me lembro sobre o que trata.

Bem, depois vou pedir uma pizza. Afinal, hoje é dia dela. E pelo amor de Deus! Que não apareça lá fora, a esta hora, nenhum automóvel com está máxima: “está passando na sua rua o carro da pizza”. Vai acordar as crianças. E o pior: a mulher. E aí, ela me mata! Não será nada legal uma manchete assim: MORREU POR CAUSA DA PIZZA!


Hoje é "Dia Internacional da Pizza"

09 julho, 2010

LUXO E LIXO SERÃO SINÔNIMOS

São problemas da humanidade: ausência de antídoto para algumas doenças; aumento da violência e disseminação das drogas por todo o mundo; de como fazer valer a Justiça e; os desastres naturais. E o que fazer com todo lixo produzido? Talvez este, entre outros, seja o pior. Por esta razão, a política nacional de resíduos sólidos é um grande avanço no país. As empresas, todas, instaladas em terras brasileiras, terão que reciclar o seu próprio lixo. Isto sim, seria o ideal. Todavia, com a Lei, melhora-se um pouco. As empresas terão que ter uma logística de reversão. Fazer com que resíduos gerados por seus produtos no mercado, retornem ao fabricante e este lhes dê uma destinação final. Com isso, supõe-se, ou pretende-se, que acabem os lixões.

Restos de papel, plásticos e todo o tipo de material não poderão ter como destino final o lixão. E o meio-ambiente deverá ficar livre dos resíduos nocivos a ele. Interprete, todo cidadão, tal Lei com cuidado. Hoje, o lixo é descartado na natureza sem nenhum critério. Sempre foi. Incoerentemente, em Barra Mansa, e outras tantas cidades ribeirinhas, as empresas sempre jogaram seus restos nos rios. Em um passado não muito distante, o Rio Bananal* servia de depósito de sobras de animais provenientes de frigoríficos existentes em suas margens. O Rio Paraíba do Sul, chamado na região de Paraíba, era sempre procurado quando se tinha em mãos um animal morto. Naquela época a frase "jogar no Paraíba", era a mais corriqueira.

Preocupada com o destino final de toda matéria prima descartada, antes de tudo, a Lei precisa ser divulgada, estudada, tornada conhecida por todo cidadão. Alguns vão dizer:"Ah! é uma Lei somente para as empresas". Não! Antes de tudo é uma máxima para todo o ser humano. Tem que se tornar objeto de estudo nas escolas do país. Precisa ser cartilha para cada aluno. A fim de que, no bojo desta Lei, surjam outras, benéficas, eficazes, que transformem o "jogado fora" todos dos dias. Talvez, assim, surja uma geração (des) preocupada com o lixo. Empenhada em fazer das sobras alimentares, dos restos dos produtos, dos resíduos acumulados e dos despojos dispensados por capricho ou falta de necessidade, um destino reutilizável. Aí, luxo e lixo serão sinônimos.

08 julho, 2010

JULGAMENTO DE PEQUENOS FRAGMENTOS DE INFORMAÇÃO

O FILHO DO VELHO

Há uma infinidade, centena de milhares, de contos e lendas no mundo. De todos os tipos, contadas por todos os povos. Estes contos e lendas se multiplicam à medida que a população cresce, vão se esmiuçando, transformando-se em outros. E uma nova história surge a cada tempo. Abaixo está um conto extraído da seleção de Verônica Maria Guedes Soares/Magé/RJ, publicado no Almanaque Santo Antônio de 2008, impresso pela Editora Vozes. Ele tem um pouco, em seu conteúdo, o que foi sugerido no artigo de ontem, dia 07/07, deste blog. Alerta para o cuidado com as conclusões precipitadas e o julgamento do tempo. O conto chama-se “Sabedoria”.

Havia numa aldeia um velho muito pobre que possuía um lindo cavalo branco. Numa manhã ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira.
Os amigos disseram ao velho:
- Mas que desgraça, seu cavalo foi roubado!
E o velho respondeu;
- Calma, não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está mais na cocheira. O resto é julgamento de vocês.
As pessoas riram do velho. Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou. Ele havia fugido para a floresta. E não apenas isto; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.
Novamente as pessoas se reuniram e disseram:
- Velho você tinha razão. Não era mesmo uma desgraça, e sim uma bênção.
E o velho disse:
- Vocês estão se precipitando de novo. Quem pode dizer se é uma bênção ou não? Apenas digam que o cavalo está de volta.
O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas. As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar:
- E não é que você tinha razão, velho? Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das pernas.
E o velho disse:
- Mas vocês estão obcecados por julgamento, hein? Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma bênção...
Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar, menos o filho do velho.
Quem é obcecado por julgar cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informação, o que o levará a conclusões precipitadas. Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando
um caminho termina outro começa, quando uma porta se fecha outra se abre.

07 julho, 2010

AS CONTRADIÇÕES DAS QUAIS NINGUÉM ESCAPA

“Cuidado. O que você pensa pode não ser o que você está pensando”. É apenas um dos alertas contidos no livro “Você pensa o que acha que pensa?”, lançado pela editora Zahar, na 2ª quinzena de Junho, em formato de bolso e com mais de 200 páginas. Escrito por Julian Baggini e Jeremy Strongroom, a obra é intrigante, reflexiva e recheada de perguntas capciosas e filosóficas. “Penso, logo existo” esta afirmação filosófica de René Descartes (1596 -1650) chega a ser questionada, se avaliar a fundo. As controvérsias apresentadas pela dupla faz o leitor perceber das contradições diversas que ninguém escapa.

O leitor é colocado numa encruzilhada, com pequenos fatos ilustrativos que questionam a ética, a fé, a vida, o bem e o mal, e maus e bons. “Imagine que você é um médico e que poderia salvar a vida de dez pacientes de uma vez, mas com uma condição: teria de cancelar a cirurgia marcada, que iria salvar esta única vida". A pergunta é:"você se sentiria moralmente obrigado a cancelar essa cirurgia?”

É um teste à sua coerência, sua crença em Deus e a capacidade de raciocínio rápido e lógico. Testa também sua expectativa sobre a imortalidade. Ao fazer um teste, suas convicções serão colocadas em cheque. Experimente. O livro é diferente e consulta seus conhecimentos filosóficos, solicitando o nome do autor de uma determinada citação.

O seu moral está em alta ou em baixa? Talvez o leitor pense que descobriu, mas questionamentos intrigantes vão deixar sua cabeça confusa. Por um momento você vai se achar mesquinho. Ao responder sobre Deus, a contradição vai prevalecer e no final os escritores lançam esta indagação: ”você nunca pensou bem sobre esse assunto, não é mesmo?”

É um livro para se discutir em roda de amigos e, quanto mais contraditórios forem, melhor. De repente, aquilo que sempre foi um grande tabu, será encarado de forma diferente. Mesmo que continue achando que não mudou,ainda é um tabu. Sabe aquela impressão que tudo é uma “pegadinha”? Pois, o livro vai ajudá-lo a sair de muitas. Ou a ter um estoque criativo delas. E, no final, você vai descobrir se a obra levou você ”a botar a culpa em tudo e todos” ou a se culpar pelo de que é errado acontece no mundo ou com você.

Este texto é com base ao texto de Marcelo Coelho de A folha de São Paulo, de 30/06/2010.

03 julho, 2010

PASSE A BORRACHA! COMO A COPA, ELA EXISTE HÁ 1600 a.C

A Copa do mundo para muitos brasileiros acabou ontem, com a eliminação do Brasil. Os ingleses, inventores do futebol e os italianos campeões do último mundial, assim como a França, depois de desentendimentos entre os jogadores por causa da má fase, também deixaram a África anfitriã. Todavia, é bom saber que em 1600 antes de Cristo, como revela a história, a bola, principalmente de plástico, já rolava. O assunto foi publicado no jornal O Globo de 2 de Junho e está na Internet, em diversos sites e blogs. É só pesquisar a copa de 1600 a.c. Resta agora ao futebol brasileiro e aos brasileiros se prepararem para a Copa de 2014, que será no Brasil.

Faz bem ver os gols feitos pelo time de Dunga, nesta Copa e a atuação da Seleção no primeiro tempo de Brasil e Holanda. São imagens e sensações, quando parecia que os canarinhos iam passar pelos laranjas, que ninguém pode roubar. Foi feito o melhor e percebia-se a "brasilidade futebolística" e a sinceridade e luta do time.

Crucificar alguém não é uma coisa sensata. Pois, se a vitória tivesse vindo, os comentários pós-jogos, alguns até depreciativos de profissionais da comunicação, não ocorreriam. Ou melhor, falaria-se mal, com a justiticativa: mas, o Brasil foi campeão. Passe a borracha, a mesma inventada a 1.600 a.C., e creia que se o Brasil caminhasse para o sexto título mundial, tudo estaria apagado e apenas o elogio aos jogadores, comissão técnica, país, futebol, bola, estaria sendo proferido. A Jabolani não foi a culpada.

A culpa é de algo que ser humano nenhum sabe administrar com precisão. Seja de qualquer país. E é comum a todos os terráqueos: a instabilidade emocional, o nervosismo. Mas, se se admitir esta verdade, acabam-se as transmissões e arte dos comentários esportivos. Ontem, mesmo, após o Brasil, se verificou o mesmo fenômeno no último representante do continente africano, Gana, que com toda gana queria a vitória, como a queria também o Uruguai. São pequenos detalhes, tem razão, mas o mundo é feito de detalhes. Tem muita copa ainda e esta instabilidade será verificada, pois ela existe desde que o mundo é mundo.

02 julho, 2010

O CHUTE FINAL E A CELEBRAÇÃO DO GOL

Jabulani significa celebração para os africanos, realizadores da maior festa esportiva da atualidade. É objeto máximo deste grande evento que entra em sua segunda parte. E ela - a bola, Jabulani, é no campo o material, a personificação solitária do sucesso em uma partida onde o placar final é impar. E será lembrada com alegria por uns e tristeza por outros. Mais ainda, por aquela “mudança de direção súbita” (MDS), característica principal da Jabulani.
Uma emissora de TV a exalta tanto, que a bola do campeonato parece ter vida própria. Como se pretendesse tê-la como objeto de publicidade em um futuro bem próximo. Fez até um funk em sua homenagem. E é proclamada em todas as transmissões do Mundial.

No Aurélio brasileiro, não há similar para a palavra Jabulani. Pode ser que no futuro passe a existir a definição "bola de futebol". Há uma cidade paulista de nome Joborandi, situada na zona da mata de Barretos, onde o café e a criação bovina já foram a principal atividade econômica. A palavra é nova para a maioria dos brasileiros e surgiu com a Copa 2010. A permanência da Jabulani no vocabulário brasileiro vai depender do trajeto que ela fará nos próximos jogos da seleção de Dunga.

Na hora do jogo, ela não é de confiança quando está em direção do gol do time que a recebe, mas representa confiança para a equipe que chuta. É beijada, afagada, acarinhada antes de, parada, aguardar o chute do jogador do time que ataca. E arrancada, às vezes, com raiva ou resignação, do gol da equipe que o recebe. Neste toma e leva, permanece impassível. Parece que a Jabulani tem vida e vibra com o balançar das redes, sem se importar com o lado. Para ela, não existe o confronto, mas apenas a linha do gol.
A Jabulani é amada e odiada ao mesmo tempo. Mas, celebra feliz a vitória. Está sempre aguardando o chute final.

01 julho, 2010

ÁRVORES QUE ANDAM E BATEM O PÓ NO CENTRO DE SÃO PAULO

"...Me dá licença, dona Árvore, quero passar."

Interessante este artigo do jornalista da Folha de São Paulo, Gilberto Dimenstein, sobre árvores com vida inteligente, que estão instaladas, desde domingo, 27 de Junho, no centro de São Paulo. O bom seria poder ver pessoalmente, ao vivo e a cores. Agora, imagine! Num mundo de "chips" e "transgênico", uma mistura aparentemente impossível, se a expêriencia funciona. Assim, o mundo será virtual, com árvores, plantas e pedras que trocam de lugares. Ao se preparar para tirar o carro da garagem, ter uma árvore atrapalhando: "me dá licença, Dona árvore, quero passar".


Amoras Inteligentes

...Cinco amoreiras, todas com frutos apesar de fora de época, estão num trecho da avenida Paulista. Tirando seus inventores, quase ninguém sabe que são árvores inteligentes: elas se movimentam sozinhas para tirar a poeira de suas folhas, como se quisessem ficar limpas da poluição. O movimento é regido por sensores, localizados nos galhos, que captam os mais diversos sons – o barulho de um escapamento de moto, por exemplo. “Não é apenas uma exibição de tecnologia, mas uma peça de arte”, afirma Gilberto Prado, coordenador do grupo Poéticas Digitais, responsável pela experiência. As amoreiras inteligentes são uma síntese da formação profissional e acadêmica de Gilberto Prado, professor de multimeios da Escola de Comunicação e Artes (ECA), da USP, formado simultaneamente em engenharia mecânica e artes plásticas.


Gilberto Dimenstein em 30/06/10
Trecho da coluna Urbanidade, publicada no jornal Folha de S. Paulo
Vídeo extraído do You Tube -


29 junho, 2010

A PERSONAGEM MAIS FAMOSA DA COPA SE CALA

A personagem mais famosa da Copa de 2010 são as vuvuzelas. O nome e o som para a língua portuguesa é uma mistura de zumbido de abelha, com ao de uma buzina de carreta ou o de o mugido de gado. Há até os que acham que o som lembra uma corneta desafinada ou um assobio soprado errado, em proporção baixa ou por alguém que está aprendendo.
O que menos importa, ao que parece, é o barulho produzido por ela. Vale mais o prazer, o mesmo sentimento de quando se solta um rojão de comemoração. Quando tudo acabar, e o campeão surgir, tudo valeu a pena. Assim também como valeu para aquele que esteve em um estádio africano, viveu o momento, e vai pode dizer para os amigos: “eu estive na copa!”
Quando as vuvuzelas se silenciarem, todos irão perceber como elas foram importantes para marcar o presente. Agora, quando a Copa caminha para uma definição, as vuvuzelas vão perdendo sua força, o conjunto, e vão se calando, junto com as vozes, junto com os gritos. É nesta hora que a ansiedade dá lugar ao choro para alguns e a euforia para outros.
Começou assim, foi como um apagar de luzes, no jogo do dia 22 de junho, quando a anfitriã, África do Sul, venceu a França, como fez o México, mas por ter tomado mais gol, com o mesmo adversário, se despediu mais cedo do campeonato. As vuvuzelas cessaram para outras seleções das oitavas do mundial. E se calaram, ontem, para mais dois times: um europeu e outro sul americano.
As ”barulhentas” e as vozes, todas, se calam diante da derrota. E é nela que se denotam a humildade forçada de todos os povos. Foi assim com o México e a poderosa Inglaterra; também com a Coréia do Sul e os denodados Estados Unidos.
As vuvuzelas (verde e amarela) ressoaram por todo Brasil, na vitória que deixou entristecida a nação vizinha. No Chile, todas elas ficarão em um canto, pelo menos por enquanto. Os holandeses e os brasileiros, os vitoriosos de ontem, permanecem tocando suas vuvuzelas até que uma derrota, na próxima sexta-feira, dia 2 de julho, às 11 horas, silencie os perdedores.
Aqui, na nação tupiniquim, tocam e tocam em todas as casas tudo que exalte a vitória: super sanfona, maraca, tamborins, reco-reco, cuíca, tambor, corneta, buzina, trombone, vuvuzela etc. Que continuem com o barulho por mais três jogos e as vuvuzelas, com a barulho das torcidas até à final derradeira.

Texto de Mauro Cesar

AS VUVUZELAS NA ANÁLISE DE NELSON MOTA

As vuvuzelas foram analisadas pelo jornalista Nelson Mota (crítico musical em décadas passadas), que recente vem escrevendo e fazendo crônicas e comentários interessantes sobre a Seleção Brasileira. Na adaptação feita abaixo, com base em texto publicado no jornal O Globo, de 18 de junho, ele diz sobre o impacto do barulho produzido por elas.

MONSTRO SONORO

A vuvuzela é só uma forma moderna de fazer barulho para incentivar um time. Como já fazia nos anos 60 as Charangas do Flamengo, que batucava na arquibancada, ou uma insuportável banda carnavalesca do Atlético Mineiro, que tornava qualquer partida do Galo um tormento auditivo para todos.

Lembro-me até de um popular torcedor vascaíno que comandava a torcida com uma corneta feita de um longo talo de mamona. Era a eco-vuvuzela, alto-sustentável; as africanas são de plásticos e certamente feitas na China.
Também não me saem da memória auditiva as tonitruantes buzinas de ar comprimido, em tubos de aerosol, ecologicamente incorretíssimas, que os italianos e alemães lançaram na Copa da Espanha, em 1982, e que infernizaram todos que tiveram a desventura de estar no raio de um quilômetro daquele abominável som. A sonoridade ácida e metálica dessas buzinas é tão inesquecível quanto a nossa derrota no Sarriá.
Ainda bem que são só as vuvuzelas, pior seriam milhares de buzinas de ar comprimido tocando ao mesmo tempo, como uma manada de caminhões selvagens trompeteando a era da boçalidade. Mas o tempo e a bola é que vão dizer se as vuvuzelas vão ficar em nossa memória afetiva como um zumbido infernal ou como a doce trilha sonora da vitória.
Proibi-las seria visto como uma afronta a livre expressão da cultura nacional, e talvez até racismo. O que fez da vuvuzela um pesadelo não foi o som, mas o incentivo ao uso massivo, uníssono intermitente. Quem mandou achar graça? Assim se cria um monstro sonoro.
Nelson Mota é jornalista, escritor, letrista e produtor musical.É referência em assuntos ligados a história da música popular na formação da sociedade brasileira nos últimos 40 anos.

26 junho, 2010

IDADE MÉDIA NÃO É SINÔNIMA DE MIL ANOS DE BRUXARIAS, IMPIEDADE E IGNORÂNCIA

A Idade Média, estudada por alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio, representa o período que se deu entre a queda do último imperador romano - resultado das invasões germânicas, marcando o fim da Antiguidade, e o ano de 1453, quando a cidade de Constantinopla foi conquista pelos turcos. Foi um período riquíssimo de acontecimentos que refletem nas sociedades atuais. Antiguidade, Idade Média Idade Moderna ou Contemporânea, são períodos classificados pela historiografia, uma forma encontrada para facilitar o seu o estudo. Portanto, o termo Idade Média é o somatório da vida de diversas sociedades, no confronto com a realidade do mundo de diversos reinos e impérios até chegar às repúblicas atuais. Inclusive, à brasileira. E a História do Brasil não é estudada desvinculada deste período “célebre”.


E não é fácil para professores, sociólogos, historiadores reterem na mente todos os pormenores daquele período. É ainda mais difícil para uma pessoa comum. Sabe-se que muita coisa do mundo atual tem referência com a Idade Média, que é o tempo passado. Hoje, com mais riqueza de dados e informações, comuns a qualquer um, com Internet. Isso faz com que todos, mesmos leigos e sabedores da história estudada na escola, se sintam no direito de opinar ou fazer comentários ou associações, muitas das quais equivocadas. O resultado é que historiadores e estudiosos protestam e com razão. Abaixo segue um texto, publicado no jornal A Folha de São Paulo, na seção Semana do Leitor, de nove de maio de 2010, onde a doutora em História Débora Aparecida Maia, de Juiz de Fora, Minas Gerais,deixa o seu protesto.

IDADE MÉDIA

Tenho notado com freqüência, nas cartas dos leitores, muitas expressões pejorativas com relação à Idade Média, período longo e rico de nossa história. Termos como “medieval”, usado para designar “idade das trevas”, “tempo de obscurantismo” ou alguém atrasado, retrógado, não deveriam ser usados por quem não tem o conhecimento objetivo da nossa história. Nas cartas sobre a Igreja Católica, sempre surge o termo “medieval” de forma preconceituosa e inadequada, como se fosse uma ofensa. Os que acham que a Idade Média foram mil anos em que bruxarias, impiedade e ignorância predominaram demonstram ignorância sobre esse período e comungam dos preconceitos daqueles que classificaram a história em quatro idades artificiais.
DÉBORA APARECIDA MAIA, doutora em História (Juiz de Fora/MG).

25 junho, 2010

PROFESSORES E ALUNOS REALIZAM A JORNADA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NO UBM

O futuro professor de matemática e matemática e tecnologia foram os temas discursados pelos professores Carlos Roberto de Souza Santos e André Seixas Novais, na Jornada de Educação do curso, ontem à noite, no UBM (Centro Universitário de Barra Mansa). O evento teve como público-alvo professores da disciplina, alunos do 3º ano do ensino médio, orientadores e supervisores, a comunidade acadêmica e os interessados no ensino e aprendizagem em matemática. A jornada já se tornou na tradição na Faculdade e para entrar no Salão Nobre Professor Jayme Dantas os interessados tiveram que levar um quilo de arroz, feijão ou macarrão.

A primeira palestra foi sobre a formação tradicional e o professor do Séc. XXI. Segundo Carlos Roberto de Souza Santos, todo professor tem sim que voltar estudar, como ele fez, senão quiser ficar para trás. “O professor tem que estar encantado, atualizado, inserido as novas tecnologias, os softwares matemáticos”. Por muito tempo ele lecionou matemática moderna e atualmente ensina a educação matemática. Destacou que a mistificação da disciplina começa com observações feitas, às vezes sem querer de que a matemática é difícil.

“A matemática não é uma ciência. É a Ciência”. A frase foi divulgada durante o discurso, pelo mestre em matemática Carlos Roberto de Souza Santos, professor há 20 anos, oriundo de escolas do Rio de Janeiro. A disparidade de recursos de escolas do interior em relação às da capital foi destacada por ele, que lembrou que já em 1998, 80% dos estudantes da PUC/RJ já tinham computadores pessoais.

Souza Santos aconselhou os colegas profissionais a passarem pelo ensino fundamental e médio até chegar ao curso superior. Contou ter, depois de muito tempo no mundo acadêmico, voltado a dar aulas para essas fases e confessou: “1000 vezes pensei em desistir, e outras mil desisti da ideia”.

Os diversos softwares de matemática existentes foram comentados pelo professor, formado no próprio UBM, André Seixas Novais, que apresentou exemplos diversos de utilização dos softwares matemáticos. “A história da matemática é uma oportunidade de explicação para os alunos dos motivos e necessidades da matéria em cada época”, afirmou ele. Novais deu exemplos de que o computador pode errar se os dados não forem enquadrados nas ferramentas adequadas. Reafirmou uma ou mais vezes que a criatividade precisa ser constante a fim de os recursos e softwares serem bem aproveitados.

Familiarizado com o programa, ele apresentou aplicações no computador de figuras geométricas rotacionadas e explicadas com inovações que tornarão o ensino mais prático aos novos professores. As aplicações foram repetidas no final em computadores, junto com os trabalhos expostos no corredor. No mesmo corredor, onde os estudantes fizeram a apresentação, os participantes puderam deliciar um coquetel, servido pelos organizadores. Cerca de 100 pessoas participaram e no final acompanharam a exposição de novidades.

21 junho, 2010

PORNOGRAFIA CRESCE COM AS CENTENAS DE MILHARES PÁGINAS DA INTERNET

Conforme a empresa Optenet, que produz ferramentas para proteger crianças de conteúdo ilegal na Internet, mais de 1/3 da rede mundial de computadores esta recheada de pornografia. O número exato é 37%. Ana Luisa Rotta, diretora dos projetos de pornografia infantil da Optenet, afirmou em comunicado à imprensa que “está se tornando imperativo que os adultos assumam responsabilidade pelo gerenciamento da segurança doméstica dos computadores.”

Os resultados incluem o crescimento do número de página dos seguintes temas: RPG online +212% ; Violência +10.8%; Conteúdo de terrorismo +8.5%; Compra ilegal de drogas +6.8%; Compra online +9% ; Viagem e turismo +5.7% ; Ciência da computação e esportes +4.2% e Entretenimento +3.6% .

Como notou o blog Geeks are Sexy, o crescimento de cada uma dessas categorias não significa muito sozinho, sem levar em consideração que toda a Internet está crescendo. A Optenet afirma que a pesquisa foi realizada com uma banco de dados de “centenas de milhares” de páginas.
Informação extraída do site bombou na web

20 junho, 2010

BRASIL PASSA POR UMA COSTA DO MARFIM CATIMBADA

CÁ PRA NÓS, VOCÊ AJEITOU COM A MÃO, NÃO AJEITOU?

Final de partida, o Brasil ganha o segundo jogo da tabela G, da Copa do Mundo e já está classificado. Enfrenta Portugal, no próximo dia 25, sexta-feira, às 11 horas, com mais tranquilidade. Mas, uma observação é importante fazer; e muitos viram a cena ou vão poder ver no You Tube, já deve estar lá: o juiz perguntando, ou afirmando, enquanto corriam juntos, mostrando por gestos, que ele, o fabuloso, ajeitou a bola com a mãos para fazer o segundo gol, da vitória de 3 a 0 contra Costa do Marfim. O árbitro deu até uma risadinha. A vitória desleal não é honesta, apesar de que para brasileiro, como dizem, ganhar da Argentina, até roubado é bom demais. Mas, não é o caso. O próprio Luis Fabiano disse à reportagem da Globo ter sido um ato involuntário.

Avaliando a tentativa de alguns jogadores africanos de tentar “minar” os jogadores do Brasil, na pancada, atingindo os principais atletas do time. Indignado com anti-jogo praticado por alguns e o ato ensaiado e covarde de Keita, que veio ao encontro de Kaká. E outras atitudes de alguns jogadores da equipe do Costa do Marfim, em última análise, foi até bom o gol ajeitado com as mãos. Muito diferente do praticado por Thierr Henry, na classificação da França, contra a Irlanda, nas eliminatórias para a Copa.

Mas, convenha-se, e isso até o juiz tem em seu íntimo, qualquer jogador não faria o ajuste perfeito com mãos e ombro, como um passo de ballet. Visto em câmera lenta é impressionante. Pena não ter para mostrar. Foi realmente um gol de craque.

MORREU POR QUE QUERIA ASSISTIR O JOGO DA COPA

Três informações me chamaram a atenção na coluna de Ancelmo Gois, do jornal de sexta-feira, dia 18, de O Globo. O tema da campanha nacional de trânsito do Ministério das Cidades: “TIRE FÉRIAS, NÃO TIRE VIDAS”. Achei muito criativo. Sobre a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que entendeu que trocar fraldas no trabalho não gera insalubridade. Isto porque, algumas ex-trabalhadoras de uma creche de uma cidade do Rio Grande do Sul entraram na Justiça, reivindicando benefício pelo fato de entrarem, por várias vezes, em contato com o cocô e o xixi. O TST julgou improcedente a reivindicação. E em terceiro, o assassinato de um senhor, de 61 anos, que insistiu em ver o jogo da copa, quando a mulher e os dois filhos queriam ver, na TV, um show evangélico. Este fato não aconteceu no Brasil, onde o país pára com os jogos da Copa, mas, na África do Sul, local do Mundial de futebol.
Conforme apurado, o fato ocorreu na pequena vila de Makweya, na província de Limpopo, que faz fronteira com Zimbabwe. David Makoeya brigou com a mulher e os dois filhos por causa do controle remoto e insistir em sintonizar na partida entre Alemanha e Australia, enquanto os três queriam ver um program gospel. Quando o homem se levantou para trocar de canal manualmente, foi atacado pela mulher Francina, o filho Collin e a filha Lebogang.
A policia não sabe exatamente qual foi a arma usada para matar David e acredita que os parentes tenham batido com a cabeça dele na parede. Foi informada do crime e de que a vítima estava bastante ferida, mas, ao chegar ao local ela já estava morto.

19 junho, 2010

BALLET CLÁSSICO PARA O POVO NO SEST/SENAT DE BARRA MANSA

Uma nova geração de dançarinos vem surgindo em Barra Mansa com o projeto Dança & Magia, associado com a Escola de Dança Spinelli do Rio de Janeiro. Dança clássica gratuita e democrática é o que vem acontecendo no SEST/SENAT (Serviço Social de Transporte/ Serviço Nacional Aprendizagem do Transporte) do município. Na noite de ontem (17/06) alunos das aulas de Ballet Clássico se apresentaram no teatro da entidade, localizada à Rua Severino Saretta, nº 5, bairro Barbará. Pais e convidados formaram a plateia que pode apreciar várias apresentações. O projeto já fez parte, em outros anos, de diversas apresentações comemorativas da cidade e em Penedo/RJ e comemora seu quarto aniversário.

O diretor SEST/SENAT João Floriano Brabo abriu evento agradecendo aos pais e alunos e todos envolvidos no projeto, que busca a democratização do ballet, segundo ele, arte que precisa ser conhecida e praticada por todos. “O povo tem que conhecer para saber se gosta ou não”. Brabo disse também que os políticos só procuram a população quando precisa de seu voto, mas não fazem nada pela cultura e pela arte. Ele chamou à frente a idealizadora do projeto, a professora Bete Spinelli, que agradeceu ao público a presença.

Hoje, sábado, a partir das 15 horas, haverá nova apresentação. O evento é uma realização da associação de amigos do balé da câmara de Barra Mansa, com apoio da Prefeitura e da casa de cultura arte em foco e conta com o patrocínio dos governos estadual e federal, da empresa do grupo Saint-Gobain (ex- Cia Metalúrgica Barbara) e casas de cultura da região, Ponto de Cultura e Cultura Viva.

A abertura da apresentação foi com as coreografias intituladas cupido e Além do Arco Iris, com o fundo musical “Dom Quixote” e “Over the Rainbow”, composto, respectivamente, por Minkus e Harold Arlen. Os bailarinos dançaram também ao som de Schubert, Tchaikowsky e outros. O curso gratuito - aulas de ballet clássico para crianças e jovens a partir dos seis anos, é direcionado a alunos da rede pública e particular de ensino. Informações e inscrições no local.

foto de Luciana Andrade - alunas do projeto antes da apresentação: Paula Andrade, Julia Tavares e Camille Vitória.

18 junho, 2010

O DESTINO FINAL DO CELULAR

Imagine um mundo sem celular. Não seria o caos da humanidade, mas, com certeza elevaria o nível de stress de muitos: dos dependentes dos negócios (bolsa de valores, vendedores de ações, etc.); dos dependentes da família e filhos; e dos enamorados. Em uma breve pesquisa feita, constatei dois lados extremos: os totalmente dependentes do aparelho e aqueles que têm ojeriza aos mesmos. Um professor, amigo meu, nunca teve um celular e diz que nunca pretende ter. Outro se aporrinhou com as cobranças no trabalho e o jogou fora. Um primo quebrou o dele no chão da cozinha depois que a namorada começou a vasculhar e questionar sobre os números desconhecidos de mulheres em seu celular. Ganhou outro da mesma.
Trabalhei com um, separado, amante da noite e das serestas, que vivia recusando propostas das “coroas” com as quais “ficava”. Dizia: “se aceito o celular de presente, ela vai querer me controlar e ai... acabam os namoros.”

Alguns destinos finais de celular chama à atenção. Estava com minha mulher no “Marujos Lanches”, quando a proprietária falou do celular encontrado no vaso. A minha filha de sete anos foi quem viu, informou minha mulher depois. Garanto que não foi procurado e provavelmente a pessoa nem viu cair. Presenciei certa vez um carro se arrancar e o telefone espatifar na rua. Em outra ocasião vi um motorista colocar o celular no teto do veículo, para guardar outras coisas no banco traseiro. Ficou por segundos revirando os bolsos e procurando alguma coisa na pasta e quase senta ao volante. Este, eu riria avisá-lo.

O fundo de uma caixa d’água. É onde foi parar o celular de um conhecido. Existem latas de lixo riquíssimas, afinal quantas coisas de valor vão parar no lixo por engano! E muitos celulares, em ótimo estado, já foram encontrados em lata de lixo. A exposição ao sol e a água de sal são prejudiciais ao celular, mas, maioria dos banhistas não deixa o seu em casa. E muitos são esquecidos na praia. O fundo do mar, por onde passa os fios de fibra ótica que transportam as informações da Internet pelo mundo, deve abrigar muitos celulares de pescadores, marinheiros e viajantes.

Um exemplo pessoal : TIJOLÃO QUASE CAI EM LAGO DE SÃO LOURENÇO
Na segunda metade da década de 1990, época ainda dos “tijolões”, o meu quase ficou em um lago nas estações da águas, no sul de Minas. Estava a passeio, com parentes, no parque municipal de São Lourenço/MG e orientava uma prima a fotografar (na verdade temia que ela deixasse cair minha máquina fotográfica), fui afastando, afastando e ai... cai no lago. Fui salvo pelo meu cunhado, que me puxou pelos braços. O tijolão molhou, mas não se desprendeu da cintura. (lembra do celular tijolão, do cumprimento de um garfo?) Já em Barra Mansa, consegui recuperá-lo, mas nunca funcionou como antes e agora parou de vez (ainda o tenho).
Teria histórias diversas sobre destino final de celular. E quem me lê, talvez, tenha algumas melhores. Mande se quiser, pelo comentário.
Abaixo, ficam as dicas de prevenção, adaptadas com base no site da Anatel.
Prevenir é melhor do que ter que comprar outro celular.
CUIDADOS COM O CELULAR

Alguns cuidados básicos que devem ser observados ao ser usar baterias de íon de Lítio para telefones celulares.
Evite deixar o celular exposto no sol (dentro do carro, em janelas, piscina, etc.). Não o esqueça carregando “abandonado” em casa ou no carro – pode ser perigoso. Nem exposto à umidade no banheiro, sauna, etc. Siga as recomendações de tempo de carga da bateria, conforme especificado no manual.
Ao colocá-lo para carregar, procure sempre o local arejado da casa, de preferência, em local onde ninguém esteja dormindo. Se o celular cair na água, não o ligue. Leve-o a uma loja autorizada. Nunca utilize carregadores ou baterias de procedência duvidosa.
Evite colocar o celular no bolso junto com molho de chaves. Atente para que, ao colocá-lo no bolso ou em bolsa, não fique em contato com moedas, clipes ou quaisquer outros artefatos metálicos que possa provocar curto-circuito. Procure nunca comprimi-lo no bolso. É bom também que ele fique distante do computador, quando estiver digitando.
Caso note alguma irregularidade: superaquecimento da bateria, deformação, mau contato; aumento de volume, apitos estranhos, etc. – procure assistência técnica autorizada. Não abra o compartimento da bateria com o celular ligado.
As baterias de íon de Lítio inutilizadas não podem ser descartadas em lixos comuns, procure locais apropriados, assim como pilhas, luz de neon ou fluorescente.

17 junho, 2010

FICOU SEM GRAÇA O SHREK 3

Em um triste 17 de Julho de 2006, como hoje, morreu o humorista Bussunda. Irreverente e engraçado por natureza, meu carinho especial pelo comediante se tornou mais singular a partir do dia que assisti Shrek, um dos desenhos preferidos de minha filha caçula, hoje com 7 anos. Posso dizer que achei o Shrek o Terceiro sem graça, por sentir falta da voz engraçada de Cláudio Besserman Vianna, o Bussunda, que morreu na Alemanha, quando em 2006, fazia a cobertura da Copa do Mundo para o "Casseta & Planeta".
Bussunda encontrou no humor e na alegria o que ele realmente queria fazer da vida e por esta razão deixou a faculdade. Viveu professando que o humor o havia salvado. Junto com seus companheiros do grupo Casseta & Planeta, construiu uma carreira brilhante na Rede Globo. Uma de suas fortes características era zombar do próprio fato de ser comilão e "consequentemente" gordo, o que o levava a imitar personagens parecidos.
Com os mesmos companheiros de televisão, do Casseta, escreveu onze livros, lançou três discos, encenou uma peça de teatro e protagonizou um filme em 2003, A Taça do Mundo é Nossa (com um segundo, Seus Problemas Acabaram, lançado em 2006 postumamente). Ainda no cinema, fez uma participação especial no filme Como Ser Solteiro e dublou o personagem principal da animação Shrek
Texto adaptado da página de Wikipédia - foto da mesma página.
HOJE É DIA MUNDIAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO E À SECA.

16 junho, 2010

AS ATROCIDADES DE AUSCHWITZ CONTADAS EM BARRA MANSA

As atrocidades cometidas pelos soldados alemães de Hitler foram relatadas por um sobrevivente de Auschwitz, no dia 8 de Junho, na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Barra Mansa. Aleksander Henryk Laks, hoje com 83 anos, revelou uma realidade diabólica, de horror e morte, vivida por ele desde os seus 12 anos, iniciada na cidade de Lodz, na Polônia. Uma realidade quase inacreditável, diferente da divulgada nos livros de História, que parece mentira. Aliás, ele e o pai escaparam por diversas vezes da morte e alimentaram por muito tempo a ideia de que os que eram levados do gueto iam para lugar melhor, como diziam os soldados. “Os nazistas enforcavam os judeus nos postes de luz, onde ficavam expostos”. Cenas presenciadas pelo menino Henryk: "havia um rumor na cidade de que os alemães penduraram bonecos de ceras para nos assustar. Essa era uma defesa de nossa mente, por nos ser impossível aceitar o que víamos... mas, eram seres humanos... eram seres humanos.."
Revelação, como esta, emocionante que Henryk não saberia dizer quantas vezes proferiu em palestras, por tantos lugares. Mas, é o alento que o fez viver, obedecendo a uma determinação do pai antes de ser morto, de que vivesse e contasse, para que nunca mais ocorresse tal monstruosidade no mundo. Dos detalhes, tantos, monstruosos ocorridos com as pessoas, relatadas por Henryk, destacam-se a oração ensinada por um dos professores do gueto, na verdade um hino, um apelo, cantado pelas crianças, inclusive ele. E aqui, ele assegura: perdemos todos os bens materiais, mas não perdemos a dignidade:
Nós, crianças, rogamos-Lhe,
nosso Deus, criador do mundo:
conceda-nos uma vida delicada e pura
e cultive, em nós, a bondade.
E na transcrição abaixo, do livro*1 escrito por Henryk, apesar de todo o sofrimento, ele reconhece o amor da madrasta. Ela, junto com seu pai, colaborou para sua sobrevivência, para que ele pudesse revelar ao mundo a crueldade capaz de ser executada por “humanos”. Humanos mais frios que o assaltante que arrasta alguém preso ao cinto de segurança de um carro e de outro que atira em um bebê chorando em uma instituição bancária no Brasil. Ambos, por uma ação demoníaca, talvez sob o efeito de drogas e nervosismo. Injustificáveis e terríveis. Porém, os atos praticados pelos alienados liderados por Hitler, foram ideologicamente satânicos, um atentado contra a humanidade.

Eis o texto:

As pessoas magras podiam ir ao médico. Dependendo do caso, ganhavam-se duzentos gramas a mais de pão. Essa era a medicação. Não havia remédios no gueto. O doente recebia duzentos gramas adicionais de pão e mais duzentos na semana seguinte. Na verdade, era arriscado ir ao médico, por que o Judenrat*2 registrava o fato, e a pessoa podia ser indicada para a deportação seguinte, por estar doente. Minha mãe estava muito magra. Mesmo correndo risco, ela foi ao médico e ganhou uma receita que lhe permitiu obter o pão e um pedaço de margarina. Na semana seguinte, ganhou outro pão e outro tanto de margarina, e a receita ficou retida. Minha mãe não comeu este pão; fui eu que comi. Essa foi a maneira que ela arrumou para conseguir um pouco mais de pão para mim. Talvez eu tenha sobrevivido por causa disso. Não só pela cota adicional de pão, mas também pela quantidade infinita de amor que recebi de minha mãe. Aquela que deveria ser só a minha madrasta tornou-se a minha mãe de fato, em substituição à mãe biológica que me foi tirada tão cedo.

*2 Judenrat – representava o conselho judaico gueto. Mordechai Chaim Rumkovski administrava as questões dos internas dos judeus, conforme às exigências dos alemães.Era arrogante, segundo Henryk e ninguém gostava dele.
*1 A palestra proferida no auditório da APAE foi organizada por professores de História e pela coordenação do Colégio Estadual Baldomero Barbará. O livro escrito por Henryk chama-se “O Sobrevivente – Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz, de Aleksander Henryk Laks com Tova Sender”.

14 junho, 2010

O JARDIM DAS PREGUIÇAS AINDA É UM PARQUE DOS SONHOS

Em Barra Mansa há um espaço público com mais de cem anos, de nome popular Parque das Preguiças ou Jardim das Preguiças, mas a denominação oficial é Praça Ponce de Leon e por de Lei Municipal se tornou Parque Centenário. Conheci o parque com os horrorosos banheiros fétidos, onde também era ponto de parada de prostitutas. Naquela época, na ingenuidade de adolescente, usei muitas vezes o local, mal cheiroso, para se encontrar furtivamente com minha primeira namorada, estudante do Colégio SABEC. Já existiam pombos, micos, cotias e uma diversidade de pássaros, principalmente periquitos, mas a grande atração era o bicho preguiça. As pessoas desprendiam horas de seu tempo para observar o animal em sua trajetória lenta em tronco de árvore. Hoje, isso ocorre quando o animal está nas grades que circundam o jardim, chamando a atenção de populares, a maioria ignorante à sua existência.

A flora riquíssima que já existiu no maior jardim urbano de Barra Mansa, foi trazida pelo botânico francês August François Marie Glaziou, em 1874. Ele trouxe na ocasião espécies de vários pontos do mundo: a Canfoneira do Ceilão, as Figueiras da Índia, as Palmeiras Imperiais das Antilhas, as Esterculas Fétidas da China e as primeiras mudas de eucaliptos australianos plantados no Brasil. Segundo o historiador barramansense Alan Carlos Rocha, das plantas mencionadas, as esterculas chinesas sãos as únicas, daquele período, que ainda existem no Parque das Preguiças. Marie Glaziou, que havia terminado a reforma do Campo Santana, no Rio de Janeiro, transformou o espaço, quase um pântano e próximo às margens do rio (Paraíba do Sul), em um verdadeiro sonho, ao estilo francês.

Imaginem a visão que se tinha do parque, em uma época de inexistência de grandes construções e a ausência de carros. Mas, ainda é um grande e bonito jardim, o único parque floresta e mais exótico da região, com características uniformes. Se vier um dia a Barra Mansa, não deixe de visitar o Parque Centenário. A visão está longe do “glamour” do final do século XIX, mas o verde, as plantas e os bichos, aliado à lembrança, vão lhe trazer paz e serenidade. “O nosso parque sofreu sucessivas reformas que o descaracterizaram”, observa historiador Alan Carlos, que não gosta que o mesmo seja chamado de parque ou jardim das Preguiças. Ele lembra em seu livro (Três Caminhos, da Nova Gráfica e Editora), que atualmente há uma lei municipal proibindo a construção de banheiros no parque e a colocação de brinquedos.

“Nosso parque é para reflexão e descanso e não parque de diversões... que não seja confundido com um jardim ou pracinha, que haja a imediata providência de se replantar o local com árvores frondosas... sugiro ainda, a feitura de um banco de mudas das espécies existentes para serem distribuídas à população...” palavras de Alan Carlos, responsável pelo arquivo da Câmara de Vereadores de Barra Mansa, onde trabalha há mais de 30 anos e defensor, não somente do parque, mas de toda a história da cidade.

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12 junho, 2010

PALCO DA VIDA

O espaço entre nascer e morrer terá que ser preenchido com a representação de um drama, que traz como título "VIDA". Uns desempenham o papel de palhaços, mas como verdadeiros artistas; outros querendo ser artistas, desempenham seus papéis como verdadeiros palhaços. Na mesma exibição, há mendigos que representam o papel de verdadeiros reis e há reis que representam o papel de verdadeiros mendigos.
E assim continua o drama, cujos personagens vão mudando de tempos em tempos, mas a comédia, e suas variações dramáticas, é sempre a mesma. Os artistas desaparecem misteriosamente, um por vez, sendo que a última exibição de cada um é sempre a mesma - o encerramento das cortinas sobre a cena cujo nome é "morte"; algumas flores e um adeus de saudade.
A desconhecida sequência ficará na esperança oculta de enigmas misteriosos, que se processam na existência do infinito. E assim é o eterno drama da humanidade e dos séculos, que é exibido no palco da vida.
Texto extraído do livro De vencido a Vencedor , de Roberto Stanganelli - 8ª Edição - Edições Culturama - São Paulo -

09 junho, 2010

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ: UM GRUPO UNIFORME, QUE AGE COM DISCRIÇÃO E UNIDADE

Foto feita a partir da literatura das Testemunhas de Jeová
A ação de um grupo que prega o evangelho de casa em casa é organizada, sistemática e de resultado de médio a longo prazo. E neste aspecto, os religiosos, “As testemunhas de Jeová”, estão sozinhos na sociedade moderna. Utilizando o termo “sair em campo”, literalmente, eles saem em caminhada, sempre grupo de dois, três ou mais, chamando ou batendo de porta em porta. Nenhuma outra religião ou seita faz igual, com a mesma determinação e disciplina. Por todo o mundo, não é só no Brasil, eles impõem uma mesma metodologia, com trajes padrão. Os homens não usam jeans, as mulheres se vestem de saias ou vestidos, nunca calça comprida ou bermuda, e carregam sempre uma pasta com a bíblia e os materiais da organização.
Pregam, às vezes, em família para família ou avulsamente; pelo interfone, nos pontos de ônibus ou nos lugares mais inesperados. Crianças e adolescentes seguem o mesmo padrão dos adultos. A palavra é pregada sempre com bíblia aberta. Se o anfitrião aceitar, eles ofertam um curso bíblico, para a pregação em casa. É marcado um horário e periodicamente visitam o lar. Diferentes de todos os outros pregadores, pela disciplina e permanência nas ruas, “as testemunhas de Jeová” sempre convidam os anfitriões a visitar seu templo, que não admitem ser chamado de igreja. Fato também que os diferenciam das outras religiões: o local é para reuniões e intitulado salão: Salão do Reino das Testemunhas de Jeová.
Uma atitude que não fazem questão de esconder e a reciprocidade da visita. Todos são convidados a comparecer ao Salão, mas eles nunca vão fazer uma visita a sua igreja.
As testemunhas de Jeová não admitem transfusão de sangue e nem prestam o serviço militar. Não acreditam no governo terreno e votam devido à obrigatoriedade, mas, seguem a orientação de anulação do voto. Fogem da tradição milenar e da prática conservadora. Uma testemunha de Jeová não comemora aniversário, dias santo, nem fazem festa no natal. Confraternizam-se entre si, onde - como os protestantes e evangélicos, não dão lugar a bebida alcoólica. Com, isso, permanecem distantes das contendas, brigas e desentendimentos.
A publicidade - utilizada por quase todas as igrejas tradicionais, com vendas de produtos, CDs e anúncios de shows e de atividades, não é praticada pela organização, que age com discrição, silêncio e unidade. Fogem do rádio e da TV. Na Internet são também discretos e orientam seus membros a não manterem páginas de relacionamentos. O grupo prefere ser chamado de organização e mantém uma unidade universal.

visite o site das
Testemunhas de Jeová

Testemunhas de Jeová — Os métodos empregados para transmitir as boas novas
Ordena-se aos cristãos ‘fazer discípulos de pessoas de todas as nações’, mas isto não significa que devam usar de pressão ou converter outros pela força.

08 junho, 2010

SEMPRE UM QUERENDO ENGOLIR O OUTRO

De poeta para poeta. É bom ver isto. E o que quase não se vê em outras profissões, onde tem sempre um querendo engolir o outro. Abaixo, o Bandeira escreveu sobre e para Quintana.

“Meu Quintana, os teus cantares
Não são, Quintana, cantares.
...
São feitos esses cantares
De um tudo-nada; ao falares,
luzem estrelas e luares.
...
Por isso peço não pares,
Quintana, nos teus cantares...
Perdão! digo quintanares.

De Manuel Bandeira para Mário Quintana


07 junho, 2010

HÁ CHEIRO DE PIZZA NO AR

Finalmente o governo federal sancionou, sem vetos e sem mudar a integridade da Lei que ficou conhecida como ficha limpa. Os "colarinhos brancos", uma alusão à época da ditadura, vão continuar impunes como sempre foram e como quase todos senhores "poder econômico" são. E se há uma ficha limpa é por que tem outra suja. E são acessíveis, este último modelo, a negros e pobres deste país. Não por opção, mas pela realidade histórica. Quando o político tiver em sua ficha condenação na Justiça e nos julgamentos em instâncias colegiadas (com decisão de mais de um Juiz), aí ele estará "ferrado" como diriam no popular. A Lei também ampliou de 3 para 8 anos a inelegibilidade do candidato. Mas, fica a pergunta: quantos destes que estão exercendo algum cargo político têm ficha limpa? A sociedade brasileira já sabe. E quantos estarão "correndo na frente ou atrás" para limpar o nome até o pleito de 3 de Outubro próximo, seja para eleição ou reeleição.

Enquanto os canarinhos correrem no campo e o povo, satisfeito com o pão e o circo, aplaudir cada vitória da Seleção Brasileira, os "arautos" da república estarão exercitando seus "jeitinhos brasileiros" para garantirem ficha limpa. E em 2011 o quadro será muito pouco diferente do atual. E "zefininhho" !

Respeito aos quase 4 milhões de brasileiros que se propuseram com suas assinaturas à garantia de que a Lei seja aplicada com o intuito de barrar candidatos condenados e com um histórico de vida bandida. Mas, há cheiro de pizza no ar. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda vão debater sobre a exigência de ficha limpa, pois, apesar de o presidente Luís Inácio Lula da Silva não ter feito alterações, ou nem tê-las estudado com profundidade, a discussão é para resolver se realmente a Lei valerá para este ano e se vai barrar candidatos que já foram condenados ou se será apenas para os que "vierem" a ser condenados. E aí está a questão: foi ou vir a condenação. E neste âmbito, o poder econômico tem muita propriedade. Salvem os pobres!

Os deputados, o Senado e o Presidente Lula fizeram a sua parte. Os primeiros seguraram ao máximo a Lei na casa; o Senado fez uma mudança "boba", diriam os mais simples, alterou a expressão "OS QUE TENHAM SIDO CONDENADOS" para "OS QUE FOREM CONDENADOS" e o presidente, muito ocupado com a reeleição, não deve ter se preocupado com detalhes. Roberto Carlos, rei da juventude, fez melhor e agrada a massa até hoje com o seu "detalhes". Só resta à população aguardar para a saber o resultado da ação final dos três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

Texto do Jornalista Cesar Dulcidi - http://www.cesardulcidi.zip.net/