O MASCOTE
Quando fui pegar a moto, próximo ao meu trabalho, ele já estava lá.
Um grilo; não era verde como os que dizem trazer esperança. Mas, era um grilo, cor de terra. Estava entre a chave da ignição, sobre um papel com minhas anotações, e o painel do velocímetro.
A partir daí meu dia mudou.
Viajei por vários bairros de Barra Mansa (Jardim Roselândia, Via Dutra, Monte Cristo, Ano Bom, Getúlio Vargas, Vale do Paraíba, Vila Maria, Paraíso, etc.), sempre com todo cuidado. Evitei os baques e solavancos e, às vezes, até corria mais para ver se ele ia abandonar o posto.
E, nada! O bichinho estava ali, na minha frente.
Não tinha como conferir a velocidade, constatar o ponteiro do RPM indo e voltando, sem deixar de ver o grilo.
Ele se foi a hora que quis. Acho, que não suportou o sol.
Soubesse, teria estacionado na sombra.
Só sei que, foi uma manhã de quinta diferente, emocionante!