Na primeira quinzena de junho de 1885
estavam presas na cadeia de Barra Mansa, atualmente 90ª DP, 29 pessoas pelos
seguintes delitos: vagabundagem, desordem e embriaguês; pessoas pegas “andando
fora de horas”; escravos, por fugas e pessoas que seduziram escravos. Um dado
interessante! É bom lembrar que naquela época a prisão da cidade ficava no
local onde hoje é a Praça da Liberdade, a poucos metros da atual Rodoviária de
Barra Mansa. E no espaço da rodoviária existiu uma pedreira.
Naquela década, fins do século 19, as pessoas
de Barra Mansa - assim como a de outras cidades da região (principalmente a
capital Rio de Janeiro), tinham por hábito frequentar a Biblioteca Municipal em
busca de romances, poesias, história, ciências, além de assuntos relacionados à
legislação e à agricultura. Um registro de junho de 1883 informa que 402 pessoas
estiveram na biblioteca. Barra Mansa contava, em 1880, com uma população de 28.702
habitantes, sendo que deste número 13.880 eram escravos.
Desta informação, que compilo do livro do
saudoso historiador barramansense Alan Carlos Rocha, com relação às detenções
da época, me chama atenção a prisão por sedução de escravos. As mulheres brasileiras
são realmente as mais bonitas do mundo, resultado desta gigantesca miscigenação
ocorrida em território brasileiro. E o poder do dinheiro, infelizmente, que sempre
foi usado e ainda é para a satisfação egoísta e criminal de alguns, pode ter
servido para desencaminhamento, sedução e ruína de muitas adolescentes (e até
mesmo crianças) e mulheres negras.
Texto Construído com base no Livro Três Caminhos do historiador
barramansense Alan Carlos Rocha–Nova Gráfica e Editora–Av. do Comércio, 225
– Retiro – Volta Redonda - RJ
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