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07 dezembro, 2011

MORTE É A PRINCIPAL MATÉRIA PRIMA DA REPORTAGEM

O brasileiro Oscar Niemeyer, que no dia 15 próximo faz 104 anos, está entre as pessoas públicas com mais de um século de vida. Agora mesmo, um programa sobre longevidade aconteceu na TV. É coincidência, já tinha planejado fechar hoje este texto. Lembro de alguns nomes de pessoas públicas que morreram com mais de 100 anos. Dercy Gonçalves morreu em 2008 com 101 anos. Barbosa Lima Sobrinho tinha 103 anos, quando morreu em 2000.
A mídia - e isto está bem claro nos programas e reportagens diárias, em artigos de jornais e revistas - divulga a todo o momento hábitos de vida e formas de viver que trazem saúde e melhore a qualidade de vida. Entrevistam pessoas com mais de 100 anos destacando os seus hábitos diários.
As pesquisas ou entrevistas com pessoas que viveram ou vivem muito atraem. “Ah! Ele dormia 8 horas por dia; só comia peixe; era vegetariano... sempre correu...nunca ficou contrariado... as pessoas têm que perdoar...”
Os orientais, pelo que lemos e estudamos de sua cultura, vivem mais. Entrevistas com chineses e japoneses revelam o potencial de sobrevivência desses povos. Na África, nos país mais estáveis, as pessoas também vivem muito.
Mas, por mais que o homem busque, não existe no mundo um padrão para viver mais. A longevidade, assim como as doenças, será sempre motivo de pesquisa. Nenhum ser humano tem a fórmula exata para viver mais.
A morte, cedo ou tarde, é a principal matéria prima da reportagem.