Domingo
é dia de futebol. E quando se trata de futebol, dependendo do ‘calor’ do jogo,
tem palavrões. Seja gritado por jogadores, ou torcedores percebemos logo “as
perolas” pela leitura labial. Mas, às vezes, a gente se engana.
Andava
eu de bicicleta por uma estrada, quando passei por uma transversal. Segui
direto, pois o carro na minha retaguarda, não deu seta. E quase me atropelou ao
entrar na mesma transversal, no momento que eu passava.
Não
pude me conter e olhando para o retrovisor do carro, gritei para o motorista.
- “Dê
seta seu V*@#$!”. - ao que, o motorista seguiu viagem e eu o meu
caminho.
Pensava
eu: "ele não me ouviu, mas que leu perfeitamente minha flexão
labial", feita bem devagar. “Dê seta seu V*@#$!”.
Alguns
dias depois encontrei um amigo. Devia-lhe uma rifa (ação entre amigos). Feliz
ele me cumprimentou e olhando seu carro, lembrei logo do dia da bicicleta. Era
ele o motorista, pensei.
-
Aquele dia, você disse que ia me dar o dinheiro da rifa, não? –
perguntou ele.
- Ah!
Sim! – e tirei o dinheiro e paguei.
É
natural, ele pode ter entendido outra coisa.
-
“Depois eu te pago!” - acho que pode ter entendido
assim. Ou então, se fez de bobo.