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Rio Paraíba do Sul, altura antiga Edmetal
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Além de Dia do Vendedor de Livros, hoje, 14 de Março, é Dia Mundial de Luta contra as Barragens em Defesa dos Rios e Dia Nacional da Poesia. Vendedor de livros, com os e-book e as facilidades de livros pela internet e de compras online, é uma profissão em baixa. Quando criança, lembro dos vendedores que corriam as escolas oferecendo, entre outros, as encilcopédia Delta Larousse, Conhecer e Mundo Antigo. Sobre as barragens, sua utilidade - em rara excessões, deixa dúvida: o caso de Sobradinho, em Minas Gerais, reserva-nos um triste legado.
Então, vamos "falar" de poesia. Trago, aqui, mais algumas que fiz no passado e umas mais recentes respondida a amigos, no twitter, que são as duas últimas: Cores e O relógio virou.
A venda
Sem razão,você se vende
está à venda e há uma venda
em seus olhos
não tem censura, ninguém lhe repreende
não que você ensine; um dia
outra aprende
e ninguém se surpreende
Sem razão, lhe condenam
Na rua, entre muitos que lhe apontam
há os que estiveram com você
jovens; solteiros, casados, adultos, separados
Sua palavra, nada vale
quem com você esteve, agora faz coro
com os que a julgam errada
e sem se corar, xingamm fazem-se de inocente, de gente decente
Chamam-na de vadia e
deitam ao seu lado com maestria
Para a sociedade, é muito importante
Na família, um visitante
Sem razão,você se vende,
o que nem lhe pertence
em cumplicidade com a sociedade,
que lhe ofende
Quem lhe joga pedra,
na verdade, se joga...
após se desfaserem
da toga, terno, ou roupa esporte
Alguns, são até ternos, subalternos ou exaltados
Todos, culpados
Sem razão, você se culpa
Poema feito na primeira metade da década de 1980 -
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Cores
Verde, cor da esperança,
mas vê-se a tal em todas as cores
no amarelo do sol, no azul do céu,
no verde das plantas e de flores
e no lilás/rosa das rosas;
no vermelho do sangue das tardes
de por-do-sol rubro de verão, ou não
até no branco do miolo do pão
Nas cores de tudo, há tantas lembranças
que não há como não se ter esperanças
O relógio virou
365 dias; o relógio virou
já valeu à pena
que pena que já vai mais um ano
fecha-se o pano
afinal, foi sempre assim
um ano saiu para dar lugar a outro
que é sempre novo, um porto seguro,
de onde saem barcos que podem afundar,
mas, que não podem deixar de velejar
e se cruzam numa verdadeira dança.
No convés, muita esperança...