Fogos de manhã incomodava Xexéo |
Em crônica no segundo caderno de O Globo, de 12/06/2013, Artur Xexéo escreveu: “Eu
não gostaria de ser vizinho do deputado Jair Bolsonaro. Bem, ninguém gostaria…
correr o risco de, diariamente, dar de cara com seus maus bofes no elevador,
não é uma perspectiva agradável”. Xexéo reclamava do gerador barulhento do
Hotel Sheraton Barra que não deixava ninguém dormir. E chegava pela manhã, o
deputado completava com os estrondos dos rojões que soltava, em frente ao
hotel.
De noite é o gerador; de manhã, é o
Bolsonaro. E ninguém tem sossego. Dizia, na ocasião o cronista, lembrando que
já vira, mais de uma vez, o deputado orgulhar-se da educação que dava aos
filhos. “Se o deputado quer que seus sejam
iguais a ele, então seu desejo é ter herdeiros desordeiros, arruaceiros,
bagunceiros, homens que desrespeitam as regras de convivência numa cidade”. São
palavras de Artur Xexéo em crônica de exatos 7 anos passados.
Ao ver a reação atual do presidente da
república, Jair Bolsonaro, em sua relação com a imprensa ou a qualquer poder que o ameace, tem-se uma avaliação. O cronista diz que o deputado teoricamente é o
homem das leis e estando o hotel desrespeitando-as ele deveria fazer alguma
coisa. No entanto, diz: “prefere agir como um troglodita”.
De Artur Xexéo, não tenho lido nada recente para saber sua opinião, hoje, sobre Jair Bolsonaro. Talvez tenha crescido em sua
opinião, ao contrário de sua crônica Bolsonaro, o pequeno. “Eu sei que qualquer
Napoleão tem mais grandeza que um Bolsonaro, mas… Bolsonaro, o pequeno, e
Bolsonaro, a farsa, também fazem sentido”, conclui Artur Xexéo.
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