24 julho, 2016

REDAÇÃO DE ESTUDANTE USA O HINO NACIONAL E CITA DEVASTAÇÃO E PILHAGEM NO PAÍS

Num concurso de redação na rede municipal de ensino, em Joinville, sul do país, o título recomendado pela professora foi: 'Dai pão a quem tem fome'. O primeiro lugar foi conquistado por uma menina de 14 anos, que se inspirou na letra do Hino Nacional brasileiro. Em sua redação, feita há alguns anos atrás,  a adolescente mostra o verdadeiro sentido de amor à Pátria e cita devastação da Amazônia, questões ambientais e a pilhagem histórica que os "colonizadores" fizeram nos país. Segue abaixo a redação:

Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar: O que houve, meu Brasil brasileiro? Perguntei-lhe! E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas:
- "Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo..."
Antes, os meus bosques tinham mais flores e meu seio mais amores. Meu povo era heroico e os seus brados, retumbantes. O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante.
Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes? Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e glórias no passado. Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil.
Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula.
Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim. Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado.
Pensei... Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes?
Pensei mais.... Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?
Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido.”
Texto divulgado pelo professor Haroldo Carvalho e publicado no G7Notícias -

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