05 agosto, 2012

PIPA SOLITÁRIA CAI NA VIA DUTRA EM BARRA MANSA

Corte provocado pela linha de cerol
A travessia do viaduto sobre a Rodovia Presidente Dutra (BR-116), no bairro Monte Cristo, teve um final diferente na semana que passou. Quando fazia o retorno em direção ao centro de Barra Mansa, avistei uma pipa caindo. O instinto de criança me abateu e quase cai da moto, com a parada brusca, de olhos fixos nela. Era uma pipa solitária, que vinha dos céus da direção dos bairros São Luiz ou Boa Sorte. Minha euforia foi tanta que cortei o dedo na linha de cerol.
E o mais estranho é que, pela primeira vez, assisti a uma queda solitária. Se eu tivesse tocado em frente ia levar um bom tempo para alguém achá-la no gramado às margens da Via Dutra. Ainda consegui transportar o “tesouro achado”, que em muitas ocasiões, quando moleque, corri para pegar, a maioria das vezes sem sucesso. Algumas pipas que disputei no ar com outros garotos, se quebraram; viraram um rolo de papel, linha e varas quebradas de bambu, por causa da fúria da moleca. Nem todos sabem perder.
Corte atingiu o dedo mindinho
No momento em que estava com a pipa nas mãos, o mais solitário era eu. É ruim pegar uma pipa sem ninguém vendo; é o mesmo que não pegar. A única coisa que lembro é de um rapaz que passou de carro e a elogiou. Que pipão, heim?! Ele percebeu que eu acabara de pegar. 
Era como se eu segurasse um troféu. Mas, o prazer maior mesmo foi quando em um outro bairro, onde a molecada empinava seus papagaios, dei aquele troféu a um menino que invejava os demais. Sua alegria compensou ter apanhado a pipa, solitário.
Fotos: Arquivo pessoal -

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