Mosquito da dengue. |
Há 30 anos são feitos estudos com radiação em insetos. E os pesquisadores do
Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (USP), em
Piracicaba, estão desenvolvendo uma técnica que pode trazer bons resultados no
combate à dengue. E que, por meio de radiação, o mosquito transmissor do vírus
da dengue, o Aedes aegypti, se torna estéril. Com isso, o inseto macho fica
incapaz de fecundar a fêmea.
- O macho copula com a fêmea, ela põe
os ovos, mas esses ovos não eclodem, explicou o professor Valter Arthur,
coordenador da pesquisa na USP em parceria com a empresa Bioagri, que fica em
Charqueada, em São Paulo. Os mosquitos estéreis (produzidos em laboratório)
serão liberados em massa na natureza, de preferência em locais de maior
infestação. Os pesquisadores esperam, assim, reduzir o número de machos que copulam
e daí eles entrarão em competição.
- A ideia é diminuir a probabilidade de
o macho normal cruzar com a fêmea normal, disse o professor, acrescentando
que a radiação é um método limpo, que não contamina o meio ambiente.
A expectativa é de que a pesquisa seja concluída em cerca dois anos. O
pesquisador esclarece, porém, que a técnica não será capaz de erradicar
totalmente a transmissão da doença, mas, poderá evitar as epidemias.
Ele alerta que a prevenção à dengue deve ser mantida e que a população deverá continuar eliminando os criadouros do mosquito que se formam em águas paradas.
Ele alerta que a prevenção à dengue deve ser mantida e que a população deverá continuar eliminando os criadouros do mosquito que se formam em águas paradas.
Conforme dados mais recentes do Ministério da Saúde, no país existem 472.973
casos confirmados da doença, do início do ano ao começo de julho. Período em já foram registradas 154 mortes.
Fonte: Agência Brasil - Foto: Wikipédia -
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