Há muito pairou a dúvida de que a explosão no Riocentro, naquele fatídico último dia de Abril, nas comemorações do 1º de maio, teria sido obra dos militares. O chefe da Agência central do SNI (Serviço Nacional de Informação), General Newton Cruz, em entrevista a Globo News, sábado, dia 10, confirmou o que era evidente. Foram mesmo eles que levavam a bomba no carro, que explodiu. A afirmativa veio do general, ao dizer que ocorreriam outros atentados, não fosse a operação desmontada por ele, após uma reunião com colegas de farda, em um hotel no Leme, no Rio de Janeiro.
Os dois militares que estavam no veículo que explodiu eram o sargento Guilherme Pereira do Rosário e pelo então capitão Wilson Dias Machado. O primeiro morreu na explosão e outro saiu ferido, se recuperando depois e nem assim o caso ficou esclarecido. Era a tentativa de alguns militares de "interromper abertura", militares contrários a mudança e à instalação do processo democrático. Na ocasião, tentou-se impedir a Imprensa de apurar os fatos. Chegou ser divulgado uma versão oficial de que as bombas foram colocadas no carro para matar a dupla. A investigação foi arquivada pelos militares. E por muito tempo leu-se a informação no pretérito-mais-que-perfeito: seria ou teria os militares explodido as bombas. Foi mesmo a dupla militar que praticou ato terrorista.
E Wikipédia lista uma série de atentados, confirmando a reação de militares radicais que não queriam o fim do regime e passaram a explodir bombas por todo o país.
"Pessoas começaram a morrer em atos criminosos, bancas de jornal começaram a ser explodidas, shows populares começaram a sofrer ameaças de atentados", relata a Wikipédia.
Os dois militares que estavam no veículo que explodiu eram o sargento Guilherme Pereira do Rosário e pelo então capitão Wilson Dias Machado. O primeiro morreu na explosão e outro saiu ferido, se recuperando depois e nem assim o caso ficou esclarecido. Era a tentativa de alguns militares de "interromper abertura", militares contrários a mudança e à instalação do processo democrático. Na ocasião, tentou-se impedir a Imprensa de apurar os fatos. Chegou ser divulgado uma versão oficial de que as bombas foram colocadas no carro para matar a dupla. A investigação foi arquivada pelos militares. E por muito tempo leu-se a informação no pretérito-mais-que-perfeito: seria ou teria os militares explodido as bombas. Foi mesmo a dupla militar que praticou ato terrorista.
E Wikipédia lista uma série de atentados, confirmando a reação de militares radicais que não queriam o fim do regime e passaram a explodir bombas por todo o país.
"Pessoas começaram a morrer em atos criminosos, bancas de jornal começaram a ser explodidas, shows populares começaram a sofrer ameaças de atentados", relata a Wikipédia.
A Linha dura resiste com bombas
Em 1980:- 18/01 – desativada bomba no Hotel Everest, no Rio, onde estava hospedado Leonel Brizola.
- 27/01 – bomba explode na quadra da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, no Rio, durante comício do PMDB.
- 26/04 – show 1º de maio – 1980 – bomba explode em uma loja do Rio que vendia ingressos para o show.
- 30/04 – em Brasília, Rio, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Belém e São Paulo, bancas de jornal começam a ser atacadas, numa ação que durou até setembro.
- 23/05 – bomba destrói a redação do jornal ‘Em Tempo’, em Belo Horizonte.
- 29/05 – bomba explode na sede da Convergência Socialista, no Rio de Janeiro.
- 30/05 – explodem duas bombas na sede do jornal ‘Hora do Povo’, no Rio de Janeiro.
- 27/06 – bomba danifica a sede da Casa do Jornalista, em Belo Horizonte.
- 11/08 – bomba é encontrada em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, num local conhecido por Chororó. Em São Paulo, localizada uma bomba no Tuca, horas antes da realização de um ato público.
- 12/08 – bomba fere a estudante Rosane Mendes e mais dez estudantes na cantina do Colégio Social da Bahia, em Salvador.
- 27/08 – no Rio, explode bomba-carta enviada ao jornal ‘Tribuna Operária’. Outra bomba-carta é enviada à sede da OAB, no Rio, e na explosão morre a secretária da ordem, Lyda Monteiro. Ainda nesta data explode outra bomba-carta, desta vez no prédio da Câmara Municipal do Rio.
- 04/09 – desarmada bomba no Largo da Lapa, no Rio.
- 08/09 – explode bomba-relógio na garagem do prédio do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, em Viamão.
- 12/09 – duas bombas em São Paulo: uma fere duas pessoas em um bar em Pinheiros e a outra danifica automóveis no pátio da 2ª Cia. De Policiamento de Trânsito no Tucuruvi.
- 14/09 – bomba explode no prédio da Receita Federal em Niterói.
- 14/11 – três bombas explodem em dois supermercados do Rio.
- 18/11 – bomba explode e danifica a Livraria Jinkings em Belém.
- 08/12 – o carro do filho do deputado Jinkings é destruído por uma bomba incendiária em Belém.
Mais bombas
1981:- 05/01 – outro atentado a bomba em supermercado do Rio.
- 07/01 – na Cidade Universitária, no Rio, uma bomba explode em ônibus a serviço da Petrobrás.
- 16/01 – bomba danifica relógio público instalado no Humaitá, no Rio.
- 02/02 – é encontrada, antes de explodir, bomba colocada no aeroporto de Brasília.
- 26/03 – atentado às oficinas do jornal ‘Tribuna da Imprensa’, no Rio.
- 31/03 – bomba explode no posto do INPS, em Niterói.
- 02/04 – atentado a bomba na residência do deputado Marcelo Cerqueira, no Rio.
- 03/04 – parcialmente destruída, com a explosão de uma bomba, a Gráfica Americana, no Rio.
- 28/04 – o grupo Falange Pátria Nova destrói, com bombas, bancas de jornais de Belém.” (Dickson M. Grael, op. cit., pg. 79 a 81)
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