De repente, descubro que com um envolvimento ali, outro acolá, uns compromissos a mais, o computador ocupado; a preguiça ou a ausência de inspiração; tudo, virou desculpa para deixar de publicar aqui.
Estou há alguns dias (ou meses) sem trazer algo novo. Que dizer, novo na data, pois resolvi postar um poema do passado. Década de 1980. Chama-se "Transeunte".
Foto de pessoas caminhando em uma rua do Centro Histórico de Paraty-RJ |
Transeunte
Que me tornou tão alheio
àquilo mesmo que me assemelho
que me deparo ao olhar no espelho
É ser assim tão emotivo
calado, tão pouco objetivo
ser assim tão passível
afastado, ao mesmo tempo flexível
As pessoas são como eu
transeuntes, desconhecidas delas mesmas
Elas são os parentes e
estão nos parênteses que faço
no que julgo tão só meu
naquilo que promulgo meu
que é o exclusivo vazio/vácuo
que pertence a cada um
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