Segundo artigo de Helder Nakaya, Domingos Alves e Daniel Bargieri
(Folha, 12/04), todos da área de Saúde da USP, os países que conseguem
fazer mais testes na população têm menos mortes por Covid-19. "O número de infectados
faz diminuir o número de mortos, já que 'outros fatores", como a quantidade de pessoas
expostas, a renda per capita do país e os hábitos culturais podem também influenciar na disseminação
do vírus", em resumo à ideia principal do texto, onde o trio cita alguns exemplos, como no Chile, América do Sul, e na Islândia, Europa, onde a mortalidade foi menor por ter havido um número maior de testagem por milhão de pessoas.
O Chile realizou quase 2.500 testagens por milhão de pessoas e número de mortos, até a data, não chegava a trinta. No país europeu, o número foi muito maior: fez-se quase 70 mil testes por milhão de habitantes, confirmando 1.4l7 casos de contágio, para apenas 4 mortes. A Austrália, na Oceania, contabilizava até então 30 mortos, depois de fazer testagem em cerca de 11 mil habitantes por milhão e ter constatado um contágio de cerca de 50% dos testados.
- "Muitos fatores devem ser importantes na redução do números de mortes. Assim como o Brasil, a maioria dos países adotou medidas de isolamento. Entretanto, parece que intensidade de testagem tem um impacto adicional na redução do número de mortes", afirma o artigo, acrescentando que pode ser possível o impacto também na redução do número de casos, pois com um isolamento mais intensivo dos infectados, evita-se o contágio, principalmente, pelos assintomáticos, pessoas que têm a doença e não sabem; nem elas, nem os médicos.
No início, quando o governo foi para TV aberta, divulgou-se que os kits de testagem da doença seriam enviados para todo o país, pois produzira-se muitos. Isso quando a infecção maciça ainda não assustava o mundo, conforme observação de um analista na Internet. Segundo o Ministério da Saúde, até a última quinta-feira(9), quase um milhão de testes para coronavírus havia sido enviado para todo o país e uma nova carga de 1 milhão começaria a ser distribuída.
O trio médico encerra o artigo com a afirmação: "É necessário que se implemente com urgência medidas para testagem em massa (...) há precedentes de medidas produzidas com sucesso em outros países, nos quais o Brasil poderia se espelhar. Chegou a hora de testar!
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