Em agosto do ano passado a Folha, em seu caderno
Ilustríssima, trouxe um artigo de Tom Hanks, traduzido por Francesca
Angiolillo, onde o ator fala de seu carinho pelas saudosas máquinas de
escrever. E ele descreve em letras o barulho das máquinas. Como a Remington dos
anos 1930, que faz THICK THICK, a Olivetti com o seu FITT, semelhante “balas
disparadas pela pistola automática de James Bond ou uma Olympia dos anos 1950,
que soa para ele assim: CHAMAI! ME! ISHMAEL!
Hanks demonstrou no artigo ser um verdadeiro aficionado pelas máquinas
de escrever.
De cara, ele elenca três razões que, na sua visão, tornam as
antigas produtoras de todo o tipo de texto para jornais, livros, revistas etc.
superiores a laptops e iPads de última geração. Uma delas é o grande prazer que
sente em escrever pequenos bilhetes, avisos para serem fixados na porta da
geladeira, aliado ao som emitido pelo barulho das teclas. A segunda razão é o
prazer de datilografar e ficar ouvindo o TIC TAC.
Tom Hanks diz: “para ter uma máquina de escrever, é
necessário ter espaço e renunciar o luxo fácil da tecla ‘delete’, mas cada
centímetro do que se sacrifica em
precisão se conquista em exuberância”. E
finalmente, o ator define, com apenas uma palavra, a terceira razão por trocar
os modernos e velozes aparelhos, pelas antigas máquinas: permanência.
Segundo
Tom, somente palavras gravadas em pedra duram mais que uma carta datilografada
e não há porque se preocupar em usar um corretivo, nem se envergonhar de
encobrir com XXXX uma palavra errada. Ele gosta mesmo das antigas e conta uma coleção de 150 máquinas e fez com que também sentisse saudades.
Foto: Wikipédia -
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