TOM ZÉ NO RATINHO RELEMBRA O "PLANETA FOME"

Tom Zé no Aniversário de São  em 2006
Foto: Fotografada do site Wikipédia

O cantor Tom Zé, cujo disco The Besf of the Tom, foi considerado um dos dez melhores da década nas paradas dos Estados Unidos, foi entrevistado no último dia 2 no Programa do Ratinho, no quadro “dois dedos de prosa”. No final, ele fez uma performance que deve ser parte de seu show: seu violão foi desfazendo e no final restou apenas uma carcaça, na qual ele amarrou uma saia e cantava, simulando uma dança com uma mulher.
Contemporâneo de Gil e Caetano, Tom Zé, falando sobre Chico Buarque, disse que na época da ditadura os opressores “metiam a mão no balde” e não encontravam nada que o incriminasse. Ele devia estar referindo às musicas do Chico: todos sabem que em “apesar de você amanhã há de ser outro dia” o cantor, de forma sutil, se referia à ditadura.

Perguntado sobre a música sertaneja - por que nunca cantou, e o funk, Tom Zé foi versátil e respeitoso: a sertaneja justificou que não faz por ter “tanta gente boa fazendo”. Quanto ao funk carioca, ele buscou resposta em um papa do passado que proibiu a micro tonalidade, que é quando a música sai da nota Dó e nunca chega em Ré. Tom brincou com o auditório, explicando sua resposta com o funk  “to ficando atoladinha”.

Foto: fotografa do site baiano Ipira City

Ratinho perguntou se alguma vez ele tinha sentido medo em apresentações públicas e no final estavam os dois profetizando sobre o medo. Conclusão: o medo faz com que a pessoa avance! Conforme Tom, se vai fazer um show e não tiver medo, desconfie, pois pode dar errado. O apresentador concordou, lembrando de suas palestras com publicitários, que para ele são muitos críticos.
Para Tom Zé, o Axe´está velho, mas continua bom. Tom Zé se lembrou de um episódio ocorrido com Elza Soares, ainda quando era uma menina e foi se apresentar no programa de calouros de Ary Barroso. Ao se apresentar no palco, franzina, provavelmente com o vestido da mãe, o apresentador lhe pergunta: de que planeta você veio, menina? Ao que ela responde: vim do planeta fome! Na ocasião, Elza morava em favela, no Morro da Carioca.