15 abril, 2013

CLASSE MÉDIA EMERGENTE PODE VOLTAR À POBREZA

Parcela expressiva da nova classe média emergente permanece vulnerável a choques econômicos que podem empurrá-la novamente à pobreza. No Brasil, a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), ligada à Presidência da República, tem tentado medir tal vulnerabilidade. Segundo a economista Diana Grosner, diretora da SAE, 22% da população brasileira pertence ao estrato mais baixo da classe média (dividida em três grupos), com renda familiar per capita mensal entre R$ 291 e R$ 441.
- Essas pessoas são as mais vulneráveis a uma volta à pobreza e representam um número alto, diz a economista. A diretora da SAE disse que a inflação e o aumento do endividamento representam riscos à nova classe média brasileira. Outra ameaça, é o avanço da produtividade em ritmo muito menor que o dos salários. Com isso, pode ocorrer que as empresas resolvam repassar os custos maiores para os preços, pressionando mais a inflação ou então opte pela demissão.
Sobre a expansão da classe média, o economista Martin Ravallion citou que uma em cada 6 pessoas em países em desenvolvimento viviam com renda entre US$ 2 e US$ 3 por dia. O autor considerou renda per capita de US$ 2/dia como limite entre a pobreza e a nova classe média em nações emergentes - valor em paridade do poder de compra de 2005, medida que elimina distorções de preço.


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