Parcela
expressiva da nova classe média emergente permanece vulnerável a choques
econômicos que podem empurrá-la novamente à pobreza. No Brasil, a SAE
(Secretaria de Assuntos Estratégicos), ligada à Presidência da República, tem
tentado medir tal vulnerabilidade. Segundo a economista Diana Grosner, diretora
da SAE, 22% da população brasileira pertence ao estrato mais baixo da classe
média (dividida em três grupos), com renda familiar per capita mensal entre R$
291 e R$ 441.
- Essas
pessoas são as mais vulneráveis a uma volta à pobreza e representam um número
alto, diz a economista. A diretora da SAE disse que a inflação e o aumento do
endividamento representam riscos à nova classe média brasileira.
Outra ameaça, é o avanço da produtividade em ritmo muito menor que o dos salários.
Com isso, pode ocorrer que as empresas resolvam repassar os custos maiores para
os preços, pressionando mais a inflação ou então opte pela demissão.
Sobre a
expansão da classe média, o economista Martin Ravallion citou que uma em cada 6
pessoas em países em desenvolvimento viviam com renda entre US$ 2 e US$ 3 por
dia. O autor considerou renda per capita de US$ 2/dia como limite entre a
pobreza e a nova classe média em nações emergentes - valor em paridade do poder
de compra de 2005, medida que elimina distorções de preço.
Fonte: site de O PovoOnline - reportagem de 14/04/2013 -
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