O regime comunista chinês
emitiu recentemente uma proibição às propagandas de artigos de luxo no rádio na
televisão. A medida visa, conforme termos da Lei, combater a ostentação, o desperdício
e a corrupção. Segundo a agência de notícias estatal Xinhua, ficam proibidos os
produtos “muito caros” como relógio, selos raros e moeda de ouro.
- Os canais de rádio e televisão devem exercer
plenamente o seu papel de educar as pessoas, mostrando as boas tradições
chinesas e estilos de vida civilizados – disse um porta-voz do governo. O
regime afirma que as restrições são parte da luta contra a corrupção.
A medida é anunciada
em momento que cresce a insatisfação interna pelo enriquecimento ilícito de
dirigentes do sistema. No ano passado, o Partido Comunista expulsou o dirigente
Ling Jihua, cujo filho morreu em acidente com sua Ferrari. Influente, Jihua era
cotado para o Politburo, estância máxima do partido, entretanto sua “ostentação”
o condenou.
Apesar de o regime
ter qualificado de caluniosa a notícia do “New York Times” de que a família de
Wen Jiabao, primeiro-ministro chinês, acumula uma fortuna de US$ 2,7 bilhões em
“riquezas ocultas”, as estruturas do governo foram abaladas, conforme
analistas. Abuso de poder também pode ter ajudado a decisão do governo da China
em criar a Lei.
Em março, foi
revelado envolvimento do ex-dirigente da cidade de Chongqing, Bo Xilai, na
morte do empresário britânico Neil Heywood. A mulher de Bo foi considerada
culpada pelo assassinato, ocorrido em novembro de 2011, e ele foi expulso do Partido
Comunista e ainda processado por encobrir o crime.
Fonte: site Terra - economia.terra -
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