Apesar da economia em ascensão e a população viver melhor, a pobreza ainda
impera no país. E nenhum dos que ler este texto vai precisar ir muito longe
para constatar. Pais alcoólatras nos lares (ricos ou paupérrimos) sempre
existiram. Famílias com dificuldade de educar e “precariedade nas condições de higiene”
também. E quantos doutores, engenheiros, professores e outros profissionais
cresceram e se educaram em lares como os citados? É incrível, mas é uma verdade assustadora:
um juiz do município de Monte Santo, no sertão baiano, autorizou serem arrebatadas
de seus pais, cinco crianças indefesas.
Segundo o juiz Vitor Xavier Bizerra - de uma cidade identificada como rota de
tráfico de pessoas conforme nota técnica divulgada no dia 18 de outubro pela Secretaria
de Direitos Humanos da Presidência da República, sua decisão foi tomada com
base em informações do próprio Conselho Tutelar e do Ministério Público de que os
cincos menores sofriam maus tratos.
Um desrespeito às crianças, não perguntadas se realmente era o que queriam. Faz lembrar, infelizmente, o nazismo
de Hitler, que arrancou milhares de crianças de seus pais.
De acordo com a Imprensa,
os conselheiros tutelares informaram que o pai Gerôncio Brito de Souza e mãe
Silvânia Maria Mota Silva seriam incapazes de cuidar dos filhos. Custa crer,
que um Conselho - criado para defender a criança, e um MP, tenham aprovado o
envio dos irmãos da Bahia a São Paulo, para quatros casais diferentes.
Há suspeita de tráfico de crianças não só na Bahia, mas em todo o país. A Agência
Brasil afirmou que o tráfico pode não ter conexão com o caso dos cincos irmãos
separados entre quatros famílias, conforme a reportagem divulgada em O Fantástico, da Rede Globo, em 14 de Outubro. O que não deixa de ser apavorante: o Estado
autorizar a retirada e as crianças serem distribuídas entre famílias, como gado; e como
única e última alternativa.
Diagnóstico do Ministério da Justiça no Brasil e do Escritório das NaçõesUnidas sobre Drogas e Crimes (Unodc) atesta que quase 472 brasileiros foram
traficados nos últimos seis anos. Os dados detalham que 337 pessoas foram entregues
à exploração sexual e 135 ficaram sujeitas a trabalhos que beiram à escravidão.
Fonte: Agência Brasil - ( texto construído com base em reportagens)
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