No Irã, onde de 1970 para cá já foram
alternadas as políticas pró e antinatalidade, agora, apela para que famílias
tenham mais filhos. Um comunicado foi lançado no país, em fins de Julho,
incentivando as mulheres a terem “cinco ou seis crianças como forma de resgatar
[nossa] cultura verdadeira”. O Ministério da Saúde suspendeu os programas de planejamento
familiar e classificou de “errada” a distribuição gratuita de preservativos comandada
pelo líder supremo do Irã aiatolá Ali Khamenei.
A população do Irã, atualmente, está em torno
75 milhões de habitantes. A expectativa de vida, assim como no Brasil, é de 70
anos. Também como aqui, a maioria dos iranianos (53,2 milhões de pessoas) vive
em áreas urbanas. 55% têm menos de 30 anos e quase cem por cento sabem ler e
escrever. Mantendo a taxa de crescimento populacional na média de 1 filho por mulher,
em 2030 se inicia o declínio e em 2070 50%
do povo iraniano terá mais de 60 anos.
“O número de
filhos precisa atingir a todo custo a meta de dois por família, mesmo que isso
cause desemprego, porque desemprego é melhor que extinção”. Palavras do
pesquisador do Ministério da Ciência e Tecnologia, Mohammad-Javad Mahmoudi.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas),
um quinto dos casais não tem filhos e em todo o país 17,5% dos casais iranianos
contam com apenas um filho. A reportagem da Folha de São Paulo (jornal impresso
de 5 de agosto de 2012), do jornalista Samy Adghirni, de Teerã, ouviu mulheres
nas ruas. Conforme elas, o apelo do governo terá pouco efeito por causa da
política de sansões, que causam desemprego e hiperinflação.
Fonte: Governo do Irã, ONU e Cia - da reportagem de Samy Adghirni de a Folha -
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