Li recentemente um texto sobre a viagem do 1º homem ao espaço: o russo Iuri Gagarin, que fez tal façanha no período da corrida armamentista entre as duas grandes potências de então: Estados Unidos e Rússia. Por um momento parei e me imaginei numa viagem igual. Imagine você saindo num foguete do planeta e tendo pela frente aquela vastidão azul claro/azul escuro/preto. E saber que o controle da nave é automático; você não pode fazer nada, apenas se ejetar para o espaço se houver algum problema, como faz o piloto de um caça atingido.
De repente, aquele sol cegante como descreve Gagarin, o corpo leve sem a gravidade terrena e, muito rapidamente, você atingindo a sombra da terra: uma gigante sombra. O lado escuro. Talvez ele tenha sido o único homem que se escondeu literalmente do sol, por alguns minutos.
Iuri revelou que a partir daí conseguia ver as estrelas. “Estavam nítidas brilhantes e não piscavam”. Ele disse jamais ter visto tantas estrelas. A visão da terra é algo indescritível.
Deve ser uma imagem maravilhosa. “Já deitou, de costas, em uma montanha alta ou uma praia deserta em uma noite estrelada?”
“Em poucos minutos a nave alcança novamente o outro lado do mundo, as estrelas somem e todo brilho fica ofuscado, inclusive o da lua”. Ainda é a imagem sonhada.
A grande cápsula em que Iuri fez o contorno (a oito quilômetros por segundo, ficando quase duas horas no Espaço) ao redor do mundo, imagino ser do tamanho de um ponto de caneta em um papel, em proporção à Terra.
Foi uma viagem de sonho; de minutos fora de Terra. Uma viagem sonhada por muitos.
Foto: Wikipédia ( Postal em homenagem a Iuri Gagarin) -
Foto: Wikipédia ( Postal em homenagem a Iuri Gagarin) -
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