Ser voluntário do CVV (Centro de Valorização da Vida) é sublime. Já fui voluntário, no início da década de 1990, quando comecei no jornalismo no Rio de Janeiro. Na época, me sentia solitário, pois tinha trocado o interior do estado pela capital e vi na organização CVV um espaço para fazer amigos e ajudar os inexperientes. Pensava que dar conselhos me faria bem. Estava duplamente equivocado e mais tarde constatei ter sido uma das minhas grandes realizações naquela metrópole.
Equivocado por quê? Explico: No Centro de Valorização da Vida ninguém aconselha ninguém. O lema que entendi na ocasião era que se conselho fosse bom, ninguém dava, se vendia. Aliás, este é um dos ditos mais antigos da humanidade.
Segundo, lá você aprende muito, se conforta e amadurece. Nas conversas travadas na entidade, as pessoas que ligam, são as que mais falam. E o objetivo principal e este: fazer o outro ( ou a outra) falar, colocar para fora os sentimentos, para então, em algum momento, descobrir a solução de seu desalento. A troca de experiência com os colegas voluntários, que formam a família CVV, e também um ganho para o voluntário
A importância da entidade é inquestionável. Para se ter ideia, o Rio de Janeiro já tinha naquele momento da conjuntura nacional, três espaços de CVVs: o de Copacabana, outro na Tijuca e do Largo do Machado, do qual fui integrante. Vivia-se um período em que muitos se se martirizavam com as medidas econômicas aplicadas por Collor. Tanto que, em muitas ligações o dilema do outro lado da linha era: o que vou fazer agora...?
Criado no meio urbano nos Estados Unidos, na primeira metade do século 20, o CVV veio pós os problemas acumulados pela Revolução Industrial se tornou um fórum universal de garantia da vida.
Seja voluntário do CVV de Volta Redonda. As inscrições estão abertas e terminam nesta quinta feira, dia 12. Vai ser a oportunidade que procurava. Ligue e se informe: Tel 3360.9685.
Texto do jornalista Cesar Dulcidi
Texto do jornalista Cesar Dulcidi
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