Recentemente, da Ponte Mauá, em Barra Mansa, mostrei para minha mulher e minha filha, entre os restos de blocos de concreto da ponte antiga (levada pela enchente de 1999/2000), as carcaças de duas vacas. O mau cheiro já começava tomar conta do ambiente aberto. Mais uns dois ou três dias a situação deve ter piorado. Não voltamos para saber. Fiquei intrigado por serem duas vacas, imaginando se não tivesse ocorrido alguma morte em massa por contaminação em algum rebanho. Em casa, por um bom tempo, evitamos a carne.
Dúvidas à parte, não dei muita importância ao fato e hoje, correndo algumas páginas na Internet, achei por bem comentar. O Rio Paraíba sempre serviu de depósito de coisas velhas e de animais mortos. Lembro-me na infância, que quando morria um gato ou cachorro, a determinação dos adultos era: jogue no Paraíba. E vi muitos garotos de minha idade arrastando o 'animalzinho' de estimação para jogar no rio. Acredito que esta prática mudou muito. E sempre volto os olhos para o cansado e maltratado Rio Paraíba quando atravesso uma das pontes de Barra Mansa, ou me encontro próximo às suas margens. São poucos os lugares que permitem essa aproximação.
Os políticos do passado nunca tiveram a preocupação de preservar o rio, muito menos suas margens: construía-se à vontade, sem nenhum critério e controle. Isto em quase todas as cidades ribeirinhas ao Paraíba do Sul. As enchentes chegaram antes. Seguem o curso normal: sempre virão. É o mesmo caso dos trens, já comentado neste blog. Eles chegaram bem antes do progresso. Cabe ao homem se adaptar.
Os políticos do passado nunca tiveram a preocupação de preservar o rio, muito menos suas margens: construía-se à vontade, sem nenhum critério e controle. Isto em quase todas as cidades ribeirinhas ao Paraíba do Sul. As enchentes chegaram antes. Seguem o curso normal: sempre virão. É o mesmo caso dos trens, já comentado neste blog. Eles chegaram bem antes do progresso. Cabe ao homem se adaptar.
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