13 setembro, 2009

BULAS DE REMÉDIOS TERÃO QUE TER LETRAS GRANDES

Finalmente a receita de remédios deixará de ter letras mini minúsculas. As bulas também serão disponibilizadas em braille e áudio, visando atender deficientes auditivos e visuais. A informação foi divulgada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e foi publicada na edição do Jornal do Brasil da última quinta-feira (10/09). O formato será diferente, com perguntas e respostas, tipo: para que serve o remédio? qual sua ação no organismo? quando usar e quando não? o mal que pode causar e outras indagações que normalmente são feitas, na hora de tomar o medicamento. Os jargões técnicos de medicina, nomes científicos e a linguagem de difícil entendimento serão banidos da bula.

As bulas dos remédios genéricos, encontrados nas farmácias municipal ou federal, deverão também conter as mesmas informações e no mesmo modelo prático e com letras grandes. A decisão da Anvisa se deve ao grande número de reclamações de não entendimento das receitas, que provocam o uso errado e perigoso dos medicamentos, e notificações do órgãos de defesa do consumidor. A informação se o medicamento pode ou não ocasionar doping, de acordo com as normas do Comitê Olímpico Internacional (COI), terá que constar nas receitas, em forma de alerta para que os atletas não sejem pegos de surpresa.
A medida é ótima, mas ainda vai levar tempo. A princípio vão existir no mercado os dois tipos de bulas, até que os estoques dos produtos se esgotem nas farmácias. Um dado importante que também virá em sentido de alerta será sobre é a idade mínima com a qual o medicamento poderá ser utilizado com segurança.

Portadores de deficiência visual

Pessoas com deficiência visual terão tratamento especial, conforme a reportagem de Marcelo Gibliotti, de O Jornal do Brasil. Segundo ele, inicialmente a Anvisa deu prazo de 30 dias para que as empresas organizem seus serviços de atendimento telefônico ao consumidor a fim de que as atendentes leiam a bula para os pacientes. Aos deficientes visuais ela será oferecida gratuitamente, em formato especial. Para isso, os pacientes terão que fazer a solicitação ao laboratório farmacêutico ou por serviço de atendimento telefônico. As bulas serão encontradas na forma magnética, ótica ou eletrônica, na forma digital ou em áudio e também impressas em Braille ou coma fonte ampliada, conforme a necessidade do paciente. A empresas devem preparar as bulas em braille e em áudio e apresentá-las à Anvinsa num prazo de 180 dias, para avaliação. Prazo que valerá também para que os laboratórios apresentem seus textos. Depois da avaliação das novas regras, as empresas terão 90 dias para colocar os produtos nas farmácias.

Médicos terão bulas diferentes

O médico poderá ter acesso às bulas diferentes, com uma linguagem mais técnica, segundo o jornalista. Para isso, terá que consultar os Sites das empresas e o da Anvisa. Conforme declaração da gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Tatiana Lowande, na reportagem de Gigliotti, a nova bula tem que ser didática e ter linguagem acessível. E a intenção não é de substituir a orientação médica, mas torná-la "uma ferramenta auxiliar", para que não haja dúvidas. O repórter Marcelo Gigliotti conclui sua reportagem informando que o objetivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária é de que até meados de 2010 os remédios saiam da fábrica para as prateleiras com a nova bula e que em 2011 todos os medicamentos no mercado estejam atualizados.

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