30 setembro, 2010

DETERMINAÇÃO DOS ADULTOS: JOGUE NO PARAÍBA!

Recentemente, da Ponte Mauá, em Barra Mansa, mostrei para minha mulher e minha filha, entre os restos de blocos de concreto da ponte antiga (levada pela enchente de 1999/2000), as carcaças de duas vacas. O mau cheiro já começava tomar conta do ambiente aberto. Mais uns dois ou três dias a situação deve ter piorado. Não voltamos para saber. Fiquei intrigado por serem duas vacas, imaginando se não tivesse ocorrido alguma morte em massa por contaminação em algum rebanho. Em casa, por um bom tempo, evitamos a carne.
Dúvidas à parte, não dei muita importância ao fato e hoje, correndo algumas páginas na Internet, achei por bem comentar. O Rio Paraíba sempre serviu de depósito de coisas velhas e de animais mortos. Lembro-me na infância, que quando morria um gato ou cachorro, a determinação dos adultos era: jogue no Paraíba. E vi muitos garotos de minha idade arrastando o 'animalzinho' de estimação para jogar no rio. Acredito que esta prática mudou muito. E sempre volto os olhos para o cansado e maltratado Rio Paraíba quando atravesso uma das pontes de Barra Mansa, ou me encontro próximo às suas margens. São poucos os lugares que permitem essa aproximação.
Os políticos do passado nunca tiveram a preocupação de preservar o rio, muito menos suas margens: construía-se à vontade, sem nenhum critério e controle. Isto em quase todas as cidades ribeirinhas ao Paraíba do Sul. As enchentes chegaram antes. Seguem o curso normal: sempre virão. É o mesmo caso dos trens, já comentado neste blog. Eles chegaram bem antes do progresso. Cabe ao homem se adaptar.

29 setembro, 2010

TODAS AS CIDADES TIVERAM E TÊM SEUS PROBLEMAS

Via Dutra: principal canal de escoamento de mercadorias
Os municípios poderiam ser considerados “estado de espírito”, como analisa Roberto S. Lopez, em seu livro "A Cidade Medieval"Ele diz que "cidade é um estado de espírito, uma encruzilhada protegida por muralhas ou por simples fronteiras administrativas identificadas por uma carta topográfica", como são as de hoje. O livro avalia o "estado de espírito dos habitantes", e cita cidades bíblicas e da antiguidade como Jericó ou Florença. "...considero que compreender o espírito e a mentalidade de quem viveu esse ambiente e essa experiência é o primeiro dever a cumprir do ponto de vista da História".
Quem não conhece Copacabana, no Rio de Janeiro, vê de fora somente sua beleza, grandiosidade e fama, não sabe a realidade crua de pessoas que vivem amontoadas em quitinetes, algumas em condições subumanas, somente pelo fato de morar na "cidade maravilhosa". Este e outros problemas verificados nas grandes cidades, como mendicância e própria violência  não são novidades. Veja esse trecho retirado do mesmo livro:
"Em Opole, na Silésia polaca, os arqueólogos mediram os parcos aposentos das miseráveis casas dos primeiros séculos posteriores ao ano 1000 e concluíram, com ou sem razão, que num par de hectares se apinhava a população de uma autêntica cidade. Em Constantinopla havia grandes palácios, parques, jardins e ruínas, mas Romano II considerou necessário fechar os pórticos para que os pedintes que aí dormiam não morressem de frio".
Estão aniversariando hoje três importantes cidades do Vale do Paraíba Fluminense: Resende, Valença e Vassouras. A Rodovia Presidente Dutra é o principal canal de escoamento de mercadorias e de passagem destes três municípios, que no passado eram um só, em um grande território, intitulado a princípio como Fazenda Resende. O que se pode afirmar é que Resende veio primeiro. Mas, isto não faz muita diferença. Deixando os limites fronteiriços de lado, imagine a cidade como uma região. Se não tivesse havido separação geográfica, a região, juntando Volta Redonda, onde esta instalada a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), seria uma potência que superaria, talvez, em arrecadação e economicamente, a capital Rio de Janeiro.
Quem visitar Valença ou Vassouras se encantará com as belezas históricas. Não sabe as dificuldades dos moradores e encontrará problemas. Em Resende, o potencial de desenvolvimento com a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAM), a maior da América Latina, e as instalações de novas empresas com as perspectivas de emprego, fica a impressão de que não se tem problemas. Entretanto, na cidade está o maior lixão da região. Aliás, o acondicionamento de lixo, onde colocá-lo, é problema em todas as grandes cidades do mundo. 
Elas nasceram com a sociedade e, todas, sempre tiveram seus problemas. De todos os níveis. Sodoma e Gomorra foram destruídas, conforme a Bíblia, por causas das atitudes de seus moradores. Os políticos e representantes de cada uma das três cidades aniversariantes estarão hoje, ou já vem há algum tempo, aproveitando os louros da data, para dos púlpitos  exaltarem sobre o bem que fizeram. Não falarão uma frase sobre o que não fizeram e ou deixaram de fazer, se não for para justificar ou elencar novas promessas. Nenhum deles estará preocupado com o “estado de espírito” do cidadão. Afinal, como saúde, trata-se de um termo abstrato e nunca é visto pelo morador como um viaduto, ponte, escola etc.
Foto de Mauro Cesar ( Via Dutra, em Barra Mansa-RJ ) -
 Livro consultado "A Cidade Medieval", de Roberto S. Lopez - Editorial Presença -1988

Resende, Valença e Vassouras fazem, hoje, aniversários - 

HOJE TAMBÉM É DIA DO PETRÓLEO, DIA DO PARAQUEDISTA E DIA DO ANUNCIANTE.






28 setembro, 2010

UM PAÍS GRANDE, DE MUITAS FLORES E FOME

O Brasil é um país privilegiado: de muitas flores, solo fértil, onde quase tudo que se planta dá; de um território entre os maiores do mundo e uma produção alimentícia de dar inveja. Este ano, conforme informações recentes, o número de pessoas com fome no mundo diminuiu, porém os dados ainda sãos alarmantes: a cada seis segundos, morre uma criança por desnutrição. Para a ONU (Organização das Nações Unidas), a produção alimentar precisa aumentar em 50% até 2030, a fim de dar conta de um consumo em crescimento constante. Por isso, nem tudo, são flores.
Segundo relatório da ONU, em concentração de terra e de renda, o Brasil perde muito. Os pequenos produtores respondem pela maior parte da produção de alimentos do mercado interno. E a fome no país é um grande problema, mesmo com os recentes índices de melhora anunciados em todo mundo e os atuais programas do governo brasileiro. Em 2003, no quesito "direito à alimentação", o relator especial da organização mundial naquele ano, o sociólogo suíço Jean Ziegle, divulgou que era possível combater a fome no Brasil, desde que o governo realizasse uma ampla reforma agrária. Ele recomendou, entre outras coisas, maior rapidez nas desapropriações e no combate à grilagem.
O relator reconheceu ainda que o principal movimento representativo dos que não tinham terra, o MST (Movimento dos Sem Terras), teria o direito de usar as ocupações como forma legítima de pressão, visando a desapropriação de latifúndios que não cumprem o que determina a Constituição Federal.  Isto, avaliando que a concentração de terras em território tupiniquim é uma das maiores do mundo, visto que o Brasil é uma nação que nunca fez reforma agrária.
Por fim, o relatório concluiu que o Brasil "é uma potência econômica entre as maiores do planeta, porém é também um país com milhões de famintos, excluídos desta economia". Jean Ziegle foi muito contestado no Brasil, há três anos, por ocasião do entusiasmo brasileiro pelo Etanol. Na época, revelou em relatório, que o produto colocava em risco a segurança alimentar da população e o meio ambiente. Inclusive as flores.
Algumas curiosidades sobre o latifúndio: por causa da concentração da propriedade da terra, no Brasil, há apenas 40 milhões de hectares de área cultiváveis. Ou seja, 10% do que se poderia plantar. A maior parte das lavouras está em propriedades com menos de 500 hectares. O Brasil é o país de  maior desigualdade social do planeta, o que tem a maior diferença entre pobres e ricos e uma das causas é a concentração da propriedade da terra. 

27 setembro, 2010

"COMO É O LUGAR..."

quando ninguém passa por ele?
Existem as coisas
sem ser vistas?
O interior do apartamento desabitado,
a pinça esquecida na gaveta,
os eucaliptos à noite no caminho
três vezes deserto,
a formiga sob a terra no domingo,
os mortos, um minuto
depois de sepultados, 
nós, sozinhos
no quarto sem espelho?
                    Carlos Drummond de Andrade

26 setembro, 2010

A QUASE MINEIRA DOS JORNAIS, DO CAFÉ E DO FUTEBOL

No início do século vinte, em Barra Mansa, existiam muitos jornais. O time de futebol da cidade foi o primeiro a se profissionalizar no Brasil. O município manteve por alguns anos a liderança na produção leiteira e, ainda, em meados do século XX foi o maior produtor de café do país. Destaques de Barra Mansa, onde foi instalada a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), que com a emancipação do distrito de Volta Redonda, perde a usina.
Em 26 de setembro de 1909, o jornal O Barra Mansa foi alvo de reconhecimento no interior do estado. O redator barra-mansense do jornal carioca Gazeta de Notícias, Alcides Silva, enviou telegrama ao periódico da cidade, anunciando a expedição do decreto governamental que se referia à construção dos ramais ferroviários de Angra dos Reis e Lavras-MG.
Barra Mansa à mineira Lavras foram ligadas por anos pelo Trem Mineiro, que percorria todo o sul de Minas, ajudando no progresso do município. A notícia, na ocasião, se propagou na região e na cidade, que ficou em festa. Teve desfile cívico e a população foi para as ruas a fim de comemorar a divulgação os ganhos sociais e regionais.
Na praça Ponce de Leon, em frente à Igreja São Sebastião, “vários oradores usaram da palavra, sendo aclamados com vivas à Barra Mansa e ao Brasil”. 
Barra Mansa avistada do Morro do Cruzeiro

Barra Mansa mineira
O município quase se tornou do estado de Minas Gerais. E qualquer filho da cidade que convive com cariocas é confundido com mineiro, devido ao sotaque regional. Um movimento surgido naquele estado, denominado “Minas-Atlântica’ pretendia à incorporação por Minas Gerais, do Planalto de Goiás, com a transferência de parte do Estado do Rio, desmembrando-se as cidades de Angra dos Reis, Paraty, Rio Claro Resende e Barra Mansa. Não se sabe quais eram os interesses econômicos no período. O fato é que passou pela cabeça dos políticos, com base na constituinte de 1891. Será que teria sido melhor?
  
Texto com base no Livro Caminhos, do historiador barra-mansense,  Alan Carlos Rocha - Impresso pelo GREBAL (Grêmio Barramansense de Letras) - Curiosidades da História de Barra Mansa, pág.178) - 2009 - Nova Gráfica e Editora -Av. do Comércio, 225 - Retiro -Volta Redonda - RJ
   Foto de Cesar Dulcidi (atual) m - Foto antiga: Acervo da Biblioteca Barra Mansa (Casa Sete) 

25 setembro, 2010

O IDEAL DO BEBÊ É CHORAR PELO ALIMENTO

         O escritor George Orwell, autor dos livros “1984” e “Revolução dos Bichos”, escreveu, certa vez, algo para se pensar: “Quando me sento para escrever um livro, não digo para mim ‘vou produzir uma obra de arte’. Escrevo porque existe alguma mentira para ser denunciada, algum fato para o qual quero chamar a atenção, e penso sempre que vou encontrar quem me ouça.” Tal declaração me chamou a atenção. Dos milhares de blogueiros existente, entre os milhões de páginas, sites e blogs e publicações, não existe um sequer que em algum momento não tenha tido um pensamento como este. Quando qualquer ser humano escreve ou faz qualquer coisa, naquele momento, ele não está ciente de que está construindo uma obra de arte, normalmente, ele pensa que o que faz será ouvido, lido ou servido para alguém.
E é isso que move a terra, pois até ela faz seus movimentos de translação e rotação cumprindo um propósito do universo. E baseado nesta grandeza, o anônimo, o famoso, o ignorante ou intelectual cumpre sua função. Por isso, continue fazendo o que acredita. O mais importante é acreditar no que faz. Seja o que for. A humanidade não teria razão de ser, se um dia após outro, deixasse de crer. O ideal de cada criança é brincar e acreditar no brinquedo e do bebê é chorar pelo alimento e tê-lo, naquela hora. Ele acredita e o tem; imediatamente!
 Acredite nos resultados e mais ainda: você pode tudo. A máxima dos evangelhos se resume em dois versículos um do Velho outro do Novo. No livro do Êxodo, diante das dificuldades apresentadas por Moisés, ficaram as afirmações “Serei contigo, Mostrarei estar contigo”, em resumo incentivando-o que não estava sozinho. No livro dos Filipenses, as frases “posso todas as coisas naquele que me fortalece” ou “força e virtude naquele que me confere poder” e por ai vai.
O certo é que: temos tudo para seguir em frente! 

24 setembro, 2010

FEITICEIRO QUERIA GANHAR PUBLICIDADE EM BM

Existe todo tipo de artimanha para se ganhar publicidade. O cidadão quando pretende ser vereador já começa cedo a fazer sua própria propaganda e se nota muita criatividade e, também, esperteza. Longe da política, há os querem se projetar na sociedade e ser conhecido. Isto sempre existiu, desde a antiguidade, e sempre existirá.  Em Barra Mansa,  num mês de setembro de 1915, se propagou a notícia de um feiticeiro com este objetivo:  queria ganhar fama. 
Em moradia central da cidade, Rua Barão de Guapy, nº 32, atualmente, tomada por lojas comerciais, foi noticiado  que uma jovem expelia pela vias urinárias coisas estranhas, como lagartixas secas, pedaços de ferro velho, cabeças de urubu, ossos e etc. A vítima se chamava Benedita Ferreira, conforme foi apurado pela equipe do jornal A Gazetinha, um dos maiores da época, que encontrou a moça gemendo e em um canto da casa apenas ossos, queimados em um dos lados.
O médico Mário Ramos, que hoje dá nome a uma das principais ruas no centro de Barra Mansa, foi quem desvendou o fato. "Nem mandinga, nem cangerê. Era esperteza mesmo", assim dizia a notícia, conforme o o livro. Após examinar Benedita, o médico conseguiu a sua confissão. Tratava-se de uma farsa, articulada pelo seu tio, Manoel Ferreira, com intuito de ganhar fama e reconhecimento como feiticeiro.



Texto com base no Livro Três Caminhos do historiador barramansense Alan Carlos Rocha - Impresso pelo GREBAL (Grêmio Barramansense de Letras) - Curiosidades da História de Barra Mansa, pág.178) - 2009 -Nova Gráfica e Editora -Av do Comércio, 225 - Retiro -Volta Redonda - RJ





Foto de Mauro Cesar - Centro de Barra Mansa - Jardim das Preguiças

23 setembro, 2010

A PRIMAVERA NUNCA VAI EMBORA LEVANDO TODAS AS FLORES...

Aos dez minutos de hoje, iniciou-se a primavera. Pouco menos da metade da população brasileira a viu chegar; estava dormindo. Hoje também é comemorado o "Dia Internacional da Memória do Comércio dos Escravos e sua Abolição". A Inglaterra foi uma das maiores incentivadoras para o término deste comércio. Não foi uma decisão nobre, por que por trás havia os interesses de produção, consequência da Revolução Industrial. Atualmente, a consciência brasileira é outra, mas ainda há muita discriminação e preconceito.
A primavera, assim como o sol, está aí para todos. Brancos, negros, amarelos, vermelhos e verdes, principalmente. Afinal, é a época onde tudo fica mesmo mais verde. É um tempo diferente, onde tudo floresce, os campos ficam vitalícios e a natureza fica mais bonita. E as noites trazem um encanto ímpar, preparando os ambientes para dias mais quentes.
 Depois da primavera, para o final do ano "é um pulo;". "O grande barato" da estação são as flores. E para elas já existe até uma linguagem. São elas que perfumam o ambiente, que geram os perfumes e atraem os beija-flores. Como presente ou lembrança de uma data, as flores têm o seu significado máximo. São ignoradas, porém, quando adornam o ataúde. Mas, a maioria das vezes elas são bem vindas. E sempre anunciam a chegada da primavera, que nunca vai embora levando com ela todas as flores.

22 setembro, 2010

E SE INVENTAREM O DIA INTERNACIONAL SEM BICICLETA?

Um mundo sem carro seria interessante. Já escrevemos aqui sobre como seria se não tivéssemos o celular. A geração atual está tão acostumada com ele, que o impacto seria grande. Mas como seria se ficássemos todos, de repente, sem o carro? Se um vírus impedisse o funcionamento de todos eles, sejam os movidos a gás natural, gasolina, álcool ou à eletricidade? Aliás, este vai ser difícil, pois entra em conflito com interesses mercantis. Como a Internet via eletricidade: conectou a tomada e estaria na rede. Isto também vai contra os mesmos interesses.
Na verdade, deixamos de ter muito coisa e muita gente morre por causa de interesses financeiros. O mundo, com alcance das descobertas tecnológicas, variação genética humana, programação de células adultas e origem dos raios cósmicos e outras, poderia ser muito melhor. As três últimas destacadas pela revista Science.
Temos nos brasileiros grandes talentos. E o carro foi um grande invento, mas já está atrapalhando. Em breve, surgirá uma Lei proibindo o uso do carro (pequenos percursos só pelo armóvel). O armóvel seria um veículo pequeno, tipo uma vassoura. Em São Paulo, a primeira cidade do mundo a adotar o sistema de rodízio no trânsito, os carros tem os dias relacionados ao final da placa para rodar. Alguns grandes empresários utilizam o Helicóptero, que deve ficar caríssimo, para nós. Outros, têm mais carros, com finais de placas diferentes. E continua o problema.
Mas, para não estender mais o assunto e deixar o restante à reflexão, fiquemos na comemoração do "dia internacional da cidade sem carro". O assalariado que mal consegue receber o necessário para o sustento da família não vai entender essa comemoração. Mesmo porque, a Wikipédia traz um dado intrigante: o de que existe, no mundo, um carro para cada onze pessoas. E tem mais, este número estaria aumentando rapidamente, principalmente, na China e na Índia, lugares onde a bicicleta é muito difundida.
Agora, imagine lançar na China o "dia nacional sem bicicleta". A China pára! Aliás, o mundo pára!

21 setembro, 2010

PARECE CASTIGO PELO EXTERMÍNIO DE PARES E PARES

Este poema é do escritor e jornalista Cesar Dulcidi e serve para lembrar as comemorações deste 21 de setembro, quando se comemora o Dia da Árvore, do Rádio e o do Radialista, do Fazendeiro, Dia Nacional dos Portadores de Deficiência, Dia Internacional da Paz das Nações Unidas e o Dia Mundial de Combate ao Mal de Alzheimer.

UM DIA NÃO HAVERÁ ARAGEM, NEM MARGENS

A árvore chegou antes de nós
E é sacrificada por milhões de papéis

O radialista denunciou sua derrubada
E o fazendeiro a troca por anéis
No mundo todo, milhares não se lembrarão mais
Parece castigo pelo extermínio de pares e pares
Da natureza e de animais
Da vida torta, mutilada em todos os lugares
E se falares?
Por humanidade, o conselho do planeta,
as nações unidas, não poderá fazer nada
O comercial, o mercado e o financeiro
Vieram primeiro e inventaram os janeiros
O rádio anuncia e a TV mostra imagens
Há prenúncio de que um dia
Não haverá aragem, nem margens
Só em cadernos amarelados,
Ou textos inúteis e fúteis
Em toda parte tremer será arte
Gemer conseqüência
Morrer? O final, uma sequencia
Centenas de milhares não se lembrarão
Se for mundial o esquecimento,
Não importa, a riqueza será uma porta
Para o reconhecimento
E lema: da lama à cama à fama
Centenas de milhares não se lembrarão
E a logística do conforto tecnológico
Será, então, como tóxico
Mera Ilusão: bem e mal para uns;
Mau e bom para alguns


Foto do site do jornalista Cesar Dulcidi

20 setembro, 2010

FALTA DO QUE FAZER

Praia da  Ilha Grande-Angra dos Reis
Tempos atrás, logo após a tragédia que abateu Angra dos Reis devido às chuvas que ocasionaram mortes, surpreendi um colega da Informática no trabalho concentrado no monitor do computador. Perguntei o que olhava com tanta atenção e com certo ar de entretenimento, ao que ele me respondeu com um meio-sorriso: estou olhando os corpos de Angra, você não se importa em ver? Estranhei, a princípio, mas, depois senti que tinha brincadeira no ar. Entrei na sala e me deparei com uma série de mulheres bonitas, seminuas, posando nas areias da praia angrense.
É engraçado lembrar este fato que contei em casa para a minha mulher. É claro, procurei mostrar não ter me interessado muito e ainda "critiquei" o colega. Minha cunhada também achou engraçado e contou para as amigas e vizinhas.
E hoje, surpreendi-me novamente ao rever minhas anotações. Coloquei no pesquisador de imagens do Google a seguinte frase: “os corpos de Angra dos Reis”. E o que me aparece?
Aparecem fotos da fatídica tragédia, mas em meio às imagens de belas mulheres de biquíni, seminuas e homens com “o corpo sarado”.
Na ocasião, muitas brincadeiras surgiram na rede sobre os corpos de Angra. E não faltaram os comentários sobre ”humor inadequado” e “a pessoa faz isso porque não foi com alguém de sua família”, ou “falta do que fazer”. E agora, de longe, achei por bem trazer o assunto à tona.
Ah! As mulheres? Não, não. Não é aqui vai vê-las!

Foto extraída do site Planeta Oceano

18 setembro, 2010

NA PRÉ-HISTÓRIA O GATO JÁ CAÇAVA O RATO

É provável que o gato seja o animal de estimação mais antigo e tenha habitado palácios de faraós e reis, assim como os casebres mais simples dos escravos. Arqueólogos descobriram fósseis de um gato de estimação, junto a seu provável dono, numa tumba datada de 9.500 anos antes de Cristo. Por serem animais de fácil adaptação e amantes de carinho, esses bichinhos são tão velhos como os humanos e o mundo. Não é considerado “o melhor amigo do homem”, como o cachorro, mas está entre os mais antigos. É o que acreditam pesquisadores franceses do Museu Nacional de História Natural de Paris, que anunciaram a descoberta do animal e do homem em um sítio arqueológico na cidade de Shillourokambos, na Ilha de Chipre, no Mar Mediterrâneo. Há também uma crença de que gatos selvagens tenham sido domesticados pelos antigos egípcios.
Os fósseis estavam a menos de 50 centímetros dos restos de esqueleto humano masculino, indicando que foram enterrados juntos. No local, foram encontrados também pedras polidas, ferramentas, jóias e outros objetos. Podem ser oferendas colocadas perto da pequena cova feita especialmente para o gato, conforme os arqueólogos. Eles ainda não sabem a natureza dessa relação do humano com o animal doméstico, pois poderia existir a conotação religiosa, comum no período.
Os desenhos antigos encontrados em cavernas, rochas e sítios arqueológicos, registros pré-históricos, demonstram o envolvimento humano com o animal. Na escola sempre se ensinou que o homem é um animal racional. E o racional é algo às vezes relativo, dependendo do ponto de vista. Todavia, voltando à História, os estudiosos acham que as informações confirmam o vínculo doméstico.
- "Demonstramos que a domesticação dos gatos não começou no Egito há quatro mil anos, como se acreditava, mas pelo menos cinco mil anos e meio antes disso no Oriente Próximo", afirmou o arqueólogo Jean-Denis Vigne, coordenador da equipe francesa de pesquisadores.
Se o gato é tão antigo assim, o seu inimigo nº 1, que o tem como principal predador é também antiqüíssimo. Acredita-se que os gatos da época controlavam a população de ratos destruidora das plantações de cereais de Chipre e do Oriente Médio. "É provável que a domesticação de gatos tenha começado há 12 ou 14 mil anos. Existem evidências de que ratos já proliferavam em armazéns de cereais nesse período", palavras do pesquisador Jean-Denis.

O nome do gato da foto é Rabudo - pertence a Dayse -
Foto de Luciana Andrade

16 setembro, 2010

DISPONHA-SE A SER UM SOLDADO DA PAZ NA INTERNET


A Internet, como a televisão, é uma das maiores descobertas do homem moderno. Esta década ficará consumada na história como os primeiros dez anos de utilização de todos os meios de comunicação globalizada e democratizada. Qualquer cidadão comum fala o que quer, expõe sua arte, suas ideias e pensamentos, por meio de um instrumento como este. A rede mundial de computadores é um dos instrumentos mais democráticos que já se inventou até hoje, sem distinção. Tem muita coisa boa, mas também têm malefícios terríveis. A pedofilia é um deles. As coisas boas são em maior proporção. E esta notícia é exemplo: uma mulher descobriu o suspeito de tê-la sequestrado em Março deste ano, que foi preso ontem (15/09) em São Vicente, litoral de São Paulo. A vítima o encontrou no Orkut.
Casos de descoberta feitos pela polícia, pela Internet, muitos não divulgados pela mídia são certos. Neste momento, um ou outro investigador ou assistente policial está na rede fazendo buscas. A população pode e deve usar blogs e todas outras ferramentas e páginas de relacionamento para buscar o bem e o bom. É importante que cada, no mais simples computador de que se dispõe se disponha a ser um soldado da paz. Use a Internet para o bem e para o bom. E a paz vai ser sempre vizinha.

Veja reportagem na integra no G1.Globo.com. Clique na notícia em destaque.

15 setembro, 2010

UMA PARCELA DA INTELIGÊNCIA DO CRIADOR

PAUL SCHWEITZER*
Nestes dias foi publicado na Inglaterra o novo e controvertido livro "The grand design" ("O grande desígnio"), do famoso físico Stephen Hawking. Ele afirma que não precisa de Deus para e
xplicar a origem do Universo. Segundo as leis da física quântica, pode acontecer espontaneamente no vazio quântico o big bang que deu origem ao Universo. Não há dúvida que Hawking é correto na sua interpretação da física contemporânea. Mas não dá uma resposta adequada à pergunta filosófica: por que algo existe, em vez de nada? O vazio quântico, mesmo sem a existência de matéria e energia, já é algo. Satisfaz leis físicas determinadas. Deve-se perguntar por que o vazio tem essas propriedades, por que existem as leis que ele satisfaz. A pergunta fundamental não é respondida, mas se desloca à metafísica, além da física. A física estuda as propriedades da natureza, sem chegar ao que está na origem dessas leis.
Fica a pergunta: "Por que existe o vazio quântico, com as suas propriedades?" Pode-se responder: "Porque simplesmente é assim." Mas esta resposta não satisfaz a quem busca entender o porquê das coisas. A atitude do cientista, diante de um fenômeno, é buscar uma explicação suficiente, não de aceitar o fenômeno sem mais. Esta atitude fundamental do pesquisador nos leva além das leis físicas. Por que existem tais leis? Por que há uma ordem e regularidade na natureza? Esse fato maravilhoso - que a natureza pode ser entendida pela razão humana, nos avanços científicos ao longo dos séculos - é um reflexo do Criador inteligente. Ele criou as leis da natureza e criou o ser humano na sua imagem, com uma parcela da inteligência do Criador

Parte de Texto Extraído da Seção OPINIÃO de o Jornal O Globo - Publicado em 13/09/2010 - Paul Schweitzer - é padre jesuíta e membro da Academia Brasileira de Ciências.

Fotos do Site da Wikipédia.
Cometa e Mosca da Imagem.

14 setembro, 2010

A HISTÓRIA DA IGREJA TEM SIMILARES NO PRESENTE

Catedral da Sé - São Paulo
Foto:WIKIPÉDIA: 

O livro de Leo Huberman, "A História da Riqueza do Homem", concluído em 1936, é atual nos dias de hoje, tentando explicar a história pela teoria econômica e a teoria econômica pela história. Faz uma análise geral sobre capitalismo, sobre mercado, intercambio entre nações, trabalhadores, camponeses, mercantilismo, moeda e a riqueza dos estados. O assunto é tão presente, quando trata da desvalorização da moeda, acumulação de ouro e prata, mercantilismo e expansão de mercado, em paralelo com economia de mercado, logística, exportação e globalização. Qualquer ensino sobre globalização e justificado pelas teorias encontradas no livro de Huberman.
O texto abaixo, copiado do 1º capítulo, um preâmbulo da primeira parte do livro - Do Feudalismo ao Capitalismo, revela ações de uma Igreja-governo dominadora, em um dos períodos significativo da História. É uma das políticas mais intrigantes da Igreja: o celibato dos padres. Com a reforma religiosa de Lutero, que derruba a figura do líder solteiro, sem família constituída, surge o pastor, não de ovelhas, mas pastor de pessoas. Diferente do padre, o pastor pode se casar e apresenta uma nova doutrina, desmistificando o altar e trocando a missa tradicional por um culto sem simbolismo e dogmas. Mudando a forma da Igreja de vitrais, rica, histórica e repleta de imagens de Santos, por templos mais simples. Atualmente, os templos se propagaram, em diversos credos e alguns ajudam a manter horário de TV e TVs independentes; alguns mantêm padrões de construção sofisticados, outros são tão pomposos quanto às igrejas católicas de outrora.

11 setembro, 2010

A SINA DAS CIDADES RIBEIRINHAS

Um córrego preto, assoreado, deslizando suas águas carregadas de fezes, urina, resíduos menstrual e lixo, com alguns pontos de suas margens tomadas por casas e casebres, em ambos os lados, é o que se tornou o Rio Barra Mansa. O mesmo gerou o nome da cidade e ainda nasce e corre por um longo trecho com águas límpidas. Quem vai em direção a Angra dos Reis, pode vê-lo, por alguns quilômetros, comprido e frágil, rolando por pedras e montanhas, ainda límpido. Aonde a densidade populacional é baixa, estas águas que se transformam num valão de esgoto, permanecem transparentes. Elas ficam mais poluídas quando passam por Santa Clara, São Luiz e Boa Sorte, onde desaguam no rio Paraíba do Sul.
Há bem pouco tempo, por este “rio” deslizavam embarcações pequenas e moleques, alguns hoje com menos ou mais de 50 anos, se banhavam frequentemente em seu leito. E neste mesmo período, ou antes, era possível em suas águas claras avistar peixes e outros animais aquáticos. O encontro deste afluente com o “grande” Paraíba é atualmente o cenário mais feio, em contraste com a construção majestosa. Inaugurado há cinco anos, do imponente Fórum de Barra Mansa, avista-se as águas pretas, paradas, se encontrando “vergonhosamente” com as correntes de águas esverdeadas, não menos poluídas, do Rio Paraíba do Sul.
Encontro parecido pode ser apreciado quilômetros antes, próximo ao ponto onde, em 1841, foi construída a primeira ponte, o Rio Bananal, outro afluente que caminha para a mesma sina. Desemboca nesta parte do rio Paraíba do Sul, águas barrentas e mais caudalosas, mas, carregadas de esgoto como as do rio Barra Mansa. A Colônia Santo Antônio, em fase acelerada de crescimento, com centenas de moradias em construção, terá esse mesmo Bananal recebendo mais dejetos e lixo. Em pouco tempo, o visual do Bananal será pior, se não for tomada nenhuma solução.
É o retrato de outras cidades do vale do Paraíba Fluminense e Paulista, onde, como Barra Mansa, muitos de seus afluentes morreram ou tornaram se valas a céu aberto. A realidade de hoje é a seguinte: a população bebe uma água límpida, bem tratada, porém carregada de metais pesados, retirada de um rio poluído, tomado de fezes, urinas, materiais tóxicos, restos de queimadas, matérias orgânicas adulteradas, plásticos de todos os tipos e a tão fadada garrafas PET. Por enquanto, é esta a sina das cidades ribeirinhas do Paraíba do Sul.

10 setembro, 2010

GENTE BOA QUE SOFRE, PATIFES QUE PROSPERAM


As tragédias naturais, como a Tsunami do final de 2004, quando ondas gigantes atingiram o litoral de países asiáticos e africanos, ocasionando cerca 100 mil mortes, estão sujeitas a acontecerem, diante das perspectivas do planeta, com a ação humana. O que há controvérsias.
E estas intempéries que acontecem deixam marcas, fotos que chamam a atenção. Por isso, reservo duas. Nas chuvas no Rio de Janeiro, uma adolescente ligando, certamente para a família, em meio à enchente em bairro nobre da zona sul carioca: o contraste da tecnologia com o que a humanidade não consegue evitar. Em outra, o sentimento de um bombeiro diante de uma tragédia, que era para lhes ser normal. Mas, ele é ser humano. Veja que a legenda da foto de O Globo diz tudo.
Ficam algumas ponderações para sua avaliação, que não são as destes bloguista, com relação ao texto do professor titular de Ética e Filosofia Política na Universidade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro. O artigo me fez lembrar as fotos no arquivo, e as fotos, o artigo. Mas, não o trago na íntegra.
Quando chegar o final do ano, de forma mais aprofundada, a Internet, os jornais, rádios e canais de TV estarão apresentando sínteses como estas. A chamada retrospectiva que, às vezes, é bom de ver. E nesse “revés” os fatos desagradáveis são os mais destacados. Mas, neste universo cada um tem o seu galardão. Já tenho o meu: a perda de meu irmão, em Março, foi a maior e pior das catástrofes que aconteceu em minha vida este ano.
Com isso, este artigo intitulado "O Fim do Mundo" (se fosse meu, daria este título: Gente Boa que Sofre, Patifes que Prosperam), conforme é citado, objetiva a reflexão e por si só é o paradoxo da dialética. Veja que, para esta apresentação, quis chamar a atenção para as reações naturais, como título e como a impressão que fica em cada um que lê, por diferentes ângulos. E também as imagens. Deixo-as, assim como estas análise, parafraseando o autor, o que suponho ser uma colaboração para reflexão pública.

Este ano está marcado por tragédias naturais. No dia 1º de Janeiro, Angra dos Reis sofreu uma quantidade terrível de mortes, em acidentes pavorosos. Em abril, foi a vez de Niterói. Mais uns dias, e um vulcão na Islândia parou o tráfego aéreo na maior parte da Europa... E certamente há pessoas de forte religião e pouca reflexão que acreditam nesse cenário, isto é, que o pecado seja a causa de um castigo divino. Bons e maus. Seria mais ou menos óbvio Deus premiar os bons e punir os maus. ....Aqui entra o modelo Jó.
Homem temente a Deus, Jó é riquíssimo. Mas o diabo diz ao Senhor que Jó só é tão bom devido a sua prosperidade. Deus então autoriza Satã a destruir tudo o que Jó possui. Mas Jó, a todos os que acusam Deus por mau, responde que o Senhor deu, o Senhor tira. (No fim da história, ele recupera tudo o que perdeu). A história de Jó autoriza dizer que os bons sofrem porque Deus está testando a fé, a bondade e as suas virtudes. Em outras palavras, tudo o que sucede – de bom e mau – neste mundo pode ser explicado em termos religiosos. ... Podemos crer em Deus, sim, mas queremos algo mais sofisticado – que é a Ciência.
(Clique no link acima para ler o texto completo: Eis um texto do professor Renato...)
*Fotos escaneadas de O Globo e Jornal do Brasil
Clique duas vezes para ter as fotos ampliadas.

08 setembro, 2010

FRAMPTON NO BRASIL E O LEGADO DE ELVIS

Na segunda metade da década de 1970, com a morte de Elvis Presley, que foi o maior comentário na escola, fui introduzido decididamente ao rock'n roll por causa de minha primeira namorada. Ela mostrou-se muito sentida com a morte do astro e passei a separar para ela todo o assunto, revistas, recortes de reportagens, discos de vinil, tudo que se referia a Elvis. Na ocasião, eu já curtia Peter Frampton, usava cabelo igual, tocava suas músicas (não todas) e dizia para ela que, não existia cantor melhor. Muitas coisas mudaram e passei a ouvir Elvis, vendo alguns filmes, mas a referência musical estava em Frampton, cuja notícia de sua apresentação no Brasil, adaptei com informações da Internet, para que você não perca o show.

PETER FRAMPTON SE APRESENTA NO BRASIL A PARTIR DE AMANHÃ
Peter Framptom, cantor e guitarrista, que alcançou projeção mundial em meados da década de 1970, fará vários shows no Brasil em Setembro, começando amanhã, dia 9, no Centro de Convenções, em Brasília. No Rio de Janeiro, dia 11, a apresentação será no HSBC Arena. Em Porto Alegre, dia 14, ele canta no Pepsi Onstage. Os paulistas vão ver o guitarrista, dia 17, no Via Funchal, em São Paulo. O encerramento da turnê do artista, que já cantou no Brasil em1978 e 1996, será dia 18, no Chevrolet Hall de Belo Horizonte (MG). Inglês, naturalizado americano, Frampton começou sua carreira aos 16 anos, ao ingressar na banda londrina THE HERD. Por sua beleza juvenil fotogênica, em 1968, se destacou na revista teen britânica "RAVE", sendo consagrado como "O ROSTO DE 68". Todavia, foi seu desempenho na guitarra que lhe trouxe notoriedade. Neste mesmo ano ele formou a banda HUMBLE PIE, com Steve Marriott, do Small Faces.
Gravado ao vivo, o álbum "FRAMPTON COMES ALIVE", que inclui os sucessos "Doyou feel Lee We Do", "Baby, I love your way" e "Show me the way", foi o álbum ao vivo mais vendido de todos os tempos. Mas, a carreira de Peter Framptom não foi só de brilho e o próprio cantor reconheceu que consumo de drogas e alcóol, por muito tempo, atrofiou parte de sua vida e recuperado tem hoje uma visão diferente do mundo.
"Fiquei sóbrio há sete anos. Não que eu fosse um usuário habitual, mas eu bebia, me drogava, consumia o que aparecesse. Já fazia isso havia algum tempo, e você nunca chega ao ponto em que consegue pensar com clareza suficiente para amadurecer ou crescer. Isso atrofia seu crescimento como pessoa", declarou o músico em entrevista recente à agência internacional de notícias Reuters. Após o atentado ao World Trade Center, em Nova Iorque, em 11 de setembro de 2001, Frampton decidiu tornar-se cidadão americano. No início deste ano, lançou o álbum “Thank you Mr. Churchill”, segundo o próprio Frampton, um álbum autobiográfico, com clima introspectivo e nostálgico.
Texto extraído do blog do jornalista Cesar Dulcidi
Fotos extraídas da Internet dos sites abaixo:



07 setembro, 2010

DEPOIS DE MUITA ESPERA PARAISÓPOLIS GANHA RÁDIO COMUNITÁRIA

A segunda maior favela paulista, localizada no Morumbi, bairro nobre da Zona Sul de São Paulo, já dispõe de uma rádio comunitária. Os moradores de Paraisópolis lutavam há onze anos por essa concessão. Autorizada pelo Ministério das Comunicações, a emissora entrou no ar na primeira quinzena de Agosto, pelo dial 87,5 FM e com o objetivo de atender aos interesses da comunidade onde está instalada, sem fins lucrativos. A sustentação deste importante meio de comunicação comunitário é feita com doações de pessoas,
do comércio local, de empresas e entidades comprometidas com a favela. As ondas da Nova Paraisópolis estão com alcance em um raio acima mil metros, abrangendo toda extensão da comunidade.
Os estúdios da rádio se localizam no segundo andar da sede da União dos Moradores de Paraisópolis. Todos os aparelhos são novos e foram conseguidos em parcerias com institutos e empresas privadas, como a Eletropaulo. A repórter Carolina Iskandarian acompanhou a correria da equipe, nos últimos ajustes nos estúdios, montados na sede da associação de moradores. “A rádio vai ser a nossa principal força, levando as reivindicações, as reclamações. É uma arma para a gente denunciar o que acontece aqui”, comentou o presidente da associação, Gilson Rodrigues, que também é um dos conselheiros da rádio. Segundo ele, emissora precisa ser o mais plural possível, atendendo aos diversos grupos existentes na comunidade, como os idosos, os estudantes, os jovens e os trabalhadores. A concessão para a nova rádio comunitária funcionar é por dez anos, prorrogáveis, e foi emitida no início de 2010.
SEM PIRATARIA, COM MUITO SERTANEJO E FORRÓ
A fiscalização de funcionamento será feita pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A reportagem de Carolina Iskandarian traz o depoimento do gerente do escritório regional da Anatel em São Paulo, Everaldo Gomes Ferreira, que acompanhou a “luta” da comunidade de Paraisópolis, na busca por “uma rádio autorizada”. Segundo ele, nos últimos anos, só duas rádios piratas foram fechadas ali. “Eles mesmos (os moradores) ajudavam e denunciavam.”
“É uma conquista grande porque a comunidade é atuante, organizada, seguiu o trâmite legal, teve a paciência de esperar. Acompanhei a luta deles e vamos colaborar”, prometeu Ferreira. Conforme a reportagem, até Junho deste ano, a Anatel fechou 18 rádios piratas na capital e 27 na Grande São Paulo. Em 2009, foram 23 e 48, respectivamente e o gerente lembrou que a multa é de R$ 10 mil e que em caso de interferência na navegação aérea, a detenção é de dois a quatro anos.
Iskandarian apurou com o radialista Gilson Rodrigues que existem na favela Paraisópolis aproximadamente 100 mil moradores, sendo que 85% destes são nordestinos. Para esta maioria não pode faltar entretenimento. A música sertaneja e o forró é programação certa. Como exemplo, ele citou a resposta do técnico em manutenção Rosivaldo da Silva Alves, de 32 anos: “Eu gosto mais de notícia e música. Sertanejo, um forrozinho.” Já a empregada doméstica Fagna Sousa do Carmo, de 25 anos, quer uma programação voltada às mulheres.
SEXO, DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
Nos planos da Nova Paraisópolis estão pílulas informativas que falarão, por exemplo, sobre sexo, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência. Carolina Iskandarian informou que na favela a adolescente não tem abertura para conversar com a mãe sobre sexo. E os locutores planejam para a programação semanal ter ginecologistas e psicólogos dando entrevistas. E o que afirmou a estudante de psicologia Renata Ferreira Santos, que vai comandar um programa nesse estilo.
Foto e Texto adaptado da reportagem de Carolina Iskandarian de 26.07.2010 - do site da Globo.com

06 setembro, 2010

SER FELIZ É O OBJETIVO PERMANENTE DO SER HUMANO

DISSERTANDO SOBRE A FELICIDADE

Qualquer um já se surpreendeu pensando ou debatendo entre amigos sobre a felicidade. “eu sou feliz? “ ou, “O que é felicidade?” E este tema já gerou inúmeros trabalhos, teses ou foi resultado de palestras, discursos das diversas religiões e seitas. Ser feliz é o objetivo permanente do ser humano, que às vezes busca a felicidade de forma errada. A resposta mais próxima da realidade para a busca da plena felicidade sempre será mais bem testemunhada por uma pessoa autêntica, solidária, sem vícios. Que tenha fé. Que crê em Deus ou crê numa verdade compartilhada por muitos. E não se desvia de seu propósito. Felicidade nunca foi confirmada, autenticamente, por alguém que prática o mal. Este é o sentido inverso da natureza humana. E ela não cabe no ambiente onde impera o mau. Seja com “u” ou com “l” epistemologicamente tratando.
A caridade é sinônimo único, exclusivo e irreversível da felicidade. Aqueles que praticam a caridade tem amor. É uma troca e não está restrito apenas ao ato de dar e doar, mas em aceitar, escutar, entender e outros tantos verbos do bem e do bom. Estar feliz e estar em harmonia e paz com estes verbos de ação. A definição de felicidade mais perto de uma verdade foi dita pelo célebre pacifista Mahatma Gandhi: "Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e que você faz estão em harmonia. É certo, pois o conflito afasta a felicidade."

Para ilustrar a Felicidade existem enúmeras músicas, mas foi escolhida esta de Moraes Moreira, pela simplicidade das palavras e de como é tratado as necessidades do humano.

Felicidade é uma cidade pequenina
é uma casinha é uma colina                            
qualquer lugar que se ilumina             Refrão
quando a gente quer amar

Se a vida fosse trabalhar nessa oficina
fazer menino ou menina, edifício e maracá
virtude e vício, liberdade e precipício
fazer pão, fazer comício, fazer gol e namorar

Se a vida fosse o meu desejo
dar um beijo em teu sorriso, sem cansaço
e o portão do paraíso é teu abraço
quando a fábrica apitar

refrão

Numa paisagem entre o pão e a poesia
entre o quero e o não queria
entre a terra e o luar
não é na guerra, nem saudade nem futuro
é o amor no pé do muro sem ninguém policiar

É a faculdade de sonhar é uma poesia
que principia quando eu paro de pensar
pensar na luta desigual, na força bruta, meu amor
que te maltrata entre o almoço e o jantar

refrão

O lindo espaço entre a fruta e o caroço
quando explode é um alvoroço
que distrai o teu olhar
é a natureza onde eu pareço metade
da tua mesma vontade
escondida em outro olhar

E como o doce não esconde a tamarinda
essa beleza só finda
quando a outra começar
vai ser bem feito nosso amor daquele jeito
nesse dia é feriado não precisa trabalhar

Pra não dizer que eu não falei da fantasia
que acaricia o pensamento popular
o amor que fica entre a fala e a tua boca
nem a palavra mais louca, consegue significar: felicidade

refrão


DIETA DA ALEGRIA (autor desconhecido)

Não guarde magoas. Guarde lembranças. Não chore lembranças. Recorde alegria. Não viva o passado. Aproveite o presente. Não fuja do agora. Prepare o amanhã. Você pode e deve escolher o roteiro da sua vida. Apague o que já passou e não retorna mais. Refaça seu acervo de lembranças. As más, relegue-as ao esquecimento. As boas, dê ainda mais brilho. Faça da dieta da alegria: um sorriso a cada manhã; um agradecimento ao final do dia

01 setembro, 2010

CÉLEBRE POESIA DE GULLAR E SEU LUGAR NO MUNDO

O caderno Prosa & Verso de O Globo, de sábado, 28 de Agosto de 2010, trouxe a poesia/vida de Ferreira Gullar, um dos maiores poetas da língua portuguesa, contada, em parte, por outros poetas. O maranhense José Ribamar Ferreira, de 79 anos, (ele fará 80 no próximo dia 10) é um brasileiro que como muitos procuram livros em sebo. E isso é de uma simplicidade poética. Uma constatação singular que nos faz plural. E é fenomenal saber que um cara da estirpe de Gullar é comum entre os mortais.
O colunista e escritor José Castello entrevista o poeta, que “sempre foi contra a ideia de ditar um caminho para a arte, já que a arte é algo que se descobre a cada momento”. Castello esteve com o maranhense na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) e depois em seu apartamento, na Rua Duvivier, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Um privilégio de poucos. Já estive na rua carioca e na cidade histórica, o que me dá um certo conforto, porto que sou da poesia no mundo. Um reles observador da célebre poesia de Gullar e de outros pequenos ou grandes poetas e seu lugar no mundo.

TRADUZIR-SE

Ferreira Gullar

Uma parte de mim
é todo mundo;
outra parte é ninguém,
fundo sem fundo

Uma parte de mim
é multidão;
outra parte estranheza
e solidão

Uma parte de mim
pesa, pondera;
outra parte delira

Uma parte de mim
almoça e janta;
outra parte se espanta

Uma parte de mim
é permanente;
outra parte
se sabe de repente
Uma parte de mim
é só vertigem;
outra parte,
linguagem

Traduzir uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte
será arte?


A entrevista na íntegra de José Castelo na Internet: eglobo.com.br/blogs/prosa

Foto extraída da Internet do site www.paraty.com.br

30 agosto, 2010

CRIANÇAS BRANCAS JÁ NÃO SÃO AS PREFERIDAS NA HORA DA ADOÇÃO

Um grupo cada vez maior de pessoas abre mão da adoção exclusiva de crianças brancas. No Estado de São Paulo, desde 2007 os pretendentes já não fazem mais tanta questão de que o filho adotivo seja uma menina recém-nascida branca. Os estudos também mostram que aumentando a aceitação para a adoção de irmãos, respeitando-se os vínculos afetivos existentes. A boa notícia é que, a partir dos dados do Conselho Nacional de Justiça, essa tendência parece ser nacional e com números mais expressivos.
Há uma mudança em curso na cultura de se querer adotar a criança idealizada e não real? É cedo para saber. Na avaliação de profissionais que atuam no campo da adoção, as pessoas começam reavaliar seus sonhos de maternidade e paternidade ao perceber que aquele bebê loiro e de olhos azuis não existe nos abrigos. Talvez estejam compreendendo melhor as verdadeiras motivações da adoção e superando a ideia de que um filho adotivo deva ser a cópia do que a biologia negou.
A antropóloga Mirian Goldenberg, da UFRJ, acha que a mudança num curto espaço de tempo é explicada pela imitação de que as pessoas fazem, mesmo que inconscientemente, do comportamento daquelas com prestígio na sociedade. “Quem os famosos estão adotando? Crianças brancas ou negras?” observou, citando Angelina Jolie e Madonna. Goldenberg mencionou a discussão maior que existe na atualidade sobre racismo e a mudança do conceito de adoção. Antes, diz, “era normal adotar e não contar aos filhos e à sociedade. Hoje, contar é considerado adequado”. O número de pessoas na fila de adoção ainda é cinco vezes maior do que o de crianças à espera de um lar.

Ideias equivocadas a respeito da adoção

Iniciativas de grupos de adoção e dos juizados da infância, no sentido de desmistificar certas ideias equivocadas sobre a adoção, podem estar surtindo efeito. Entretanto, ainda há preferência dos pretendentes por meninas. O curioso é que, no caso dos filhos biológicos, a literatura mostra que há uma grande preferência pelos meninos sobre as meninas.
A adoção tardia também é outro desafio. Em geral, apenas crianças com até três anos conseguem colocação fácil em famílias brasileiras. Às mais velhas, resta uma eventual adoção por casais estrangeiros ou permanência nos abrigos até se tornarem adultas, sem laços familiares, abandonados à própria sorte.

Junção da reportagem de Luiza Bandeira com a análise de Cláudia Collucci, ambas de São Paulo – publicado na Folha de São Paulo – domingo, 8 de Agosto de 2010.