21 setembro, 2010

PARECE CASTIGO PELO EXTERMÍNIO DE PARES E PARES

Este poema é do escritor e jornalista Cesar Dulcidi e serve para lembrar as comemorações deste 21 de setembro, quando se comemora o Dia da Árvore, do Rádio e o do Radialista, do Fazendeiro, Dia Nacional dos Portadores de Deficiência, Dia Internacional da Paz das Nações Unidas e o Dia Mundial de Combate ao Mal de Alzheimer.

UM DIA NÃO HAVERÁ ARAGEM, NEM MARGENS

A árvore chegou antes de nós
E é sacrificada por milhões de papéis

O radialista denunciou sua derrubada
E o fazendeiro a troca por anéis
No mundo todo, milhares não se lembrarão mais
Parece castigo pelo extermínio de pares e pares
Da natureza e de animais
Da vida torta, mutilada em todos os lugares
E se falares?
Por humanidade, o conselho do planeta,
as nações unidas, não poderá fazer nada
O comercial, o mercado e o financeiro
Vieram primeiro e inventaram os janeiros
O rádio anuncia e a TV mostra imagens
Há prenúncio de que um dia
Não haverá aragem, nem margens
Só em cadernos amarelados,
Ou textos inúteis e fúteis
Em toda parte tremer será arte
Gemer conseqüência
Morrer? O final, uma sequencia
Centenas de milhares não se lembrarão
Se for mundial o esquecimento,
Não importa, a riqueza será uma porta
Para o reconhecimento
E lema: da lama à cama à fama
Centenas de milhares não se lembrarão
E a logística do conforto tecnológico
Será, então, como tóxico
Mera Ilusão: bem e mal para uns;
Mau e bom para alguns


Foto do site do jornalista Cesar Dulcidi

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