O incêndio em Santa
Maria, no Rio Grande do Sul é parecido com o que ocorreu em 2004 na boate
República Cromañón, em Buenos Aires, na Argentina. Lá morreram 194 jovens e o
acidente provocou uma série de mudanças na segurança de casas noturnas. As
medidas incluíram mais sinalização interna das discotecas indicando a saída de
emergência; menos tolerância no tocante ao limite de público autorizado para
cada local e a colocação de cartazes indicando a quantidade permitida de
pessoas no recinto.
As casas com mais
de um andar têm agora que atualizar, regularmente, informações sobre a
resistência do prédio, segundo documento da Agência Governamental de Controle
publicado (AGC) no site do governo da cidade de Buenos Aires.
As medidas foram
definidas após reunião com empresários do ramo, músicos, arquitetos,
engenheiros e os grupos que representam os pais das vítimas daquela tragédia na
República Cromañón. Cabe à AGC verificar que as normas de segurança estão sendo
cumpridas, de acordo com informações oficiais.
Junto com as novas
exigências para as casas noturnas, também foram definidas e intensificadas as
normas de segurança para bares, teatros independentes, clubes com música ao
vivo e salões para tango, por exemplo. Exigências de segurança que têm que ser
respeitadas antes da abertura do local e durante seu funcionamento. Os argentinos
podem saber o estado de habilitação e funcionamento dos locais na internet.
As novas regras de
segurança incluíram decretos, resoluções e leis.
Muitos dos debates
contaram com a participação dos familiares das vítimas e foram transmitidos ao
vivo pelas principais emissoras de televisão do país.
Destaque nos jornais nos exterior
Na Argentina
notícia foi o principal destaque dos jornais "Clarín" e "La
Nación". Na Europa, as manchetes se
estamparam nos jornais "Guardian", do Reino Unido, nos espanhóis
"El País" e "El Mundo", nos franceses "Le Monde"
e "Le Figaro". Os americanos "New York Times" e
"Washington Post" apresentaram fotos do resgate.