26 novembro, 2016

MORREU FIDEL CASTRO, O FIEL DA BALANÇA COMUNISTA POR MAIS DE 50 ANOS

As três faces de Fidel Castro - Foto capturada da Internet -
O único Estado Socialista da América perde sua referência maior. Morreu o revolucionário e inédito governante, por 49 anos, de um país tirado das mãos de uma elite (ricos latifundiários). Fidel Castro, que mesmo após a doença permaneceu no governo, por meio do irmão Raúl Castro, foi fiel à revolução. O corpo do cubano, que se afastou da liderança do Partido Comunista e da linha direta da administração de Cuba há menos de 5 anos e entregou o cargo em 2008, será cremado, conforme informou o irmão. 
O destino de Cuba pode tomar rumos diferentes que daqui a algumas décadas pode levar a população cubana a usar o velho jargão: "a gente era feliz e não sabia". Recentemente, viveu-se no Brasil o episódio dos médicos cubanos, uma forma diferente de administrar à medicina, principalmente, aos mais pobres. Talvez, porque no país de Fidel o estudo da medicina, até então, não era elitizado. A criação do ProUni no Brasil, que deu oportunidade a classe pobre de sentar nos bancos com os mais ricos, vem mudando o perfil dos médicos. Algo que, até hoje, uma grande parte da elite deste país não admite.
O maior líder da revolução comunista na América latina, Fidel AleJandro Castro Ruz, manteve a mãos de ferro na pequena Ilha isolada do mundo capitalista. Sobreviveu aos embargos dos Estados Unidos, país que sempre financiou os regimes militares e autoritários e, principalmente, contra o que chamavam de comunismo. Foi a imprensa capitalista que divulgou na década de 1970 a máxima de que "os comunistas comem criancinhas".
No início da década de 1990, um amigo esteve em Cuba. Disse que não era um paraíso, mas as pessoas se respeitavam, sem muitas novidades do mundo que até então não era tão globalizado, mas não viu pedintes nas ruas e sentiu "um ar de maior igualdade entre as pessoas".
A morte do grande líder comunista, como é chamado pela grande imprensa, deve estar sendo amplamente divulgada, pelo menos no mundo ocidental.
Na cerimônia de morte de outro "grande" líder, o africano Nelson Mandela - que também já vinha adoentado, o mundo contemporâneo viu pela primeira vez Fidel Castro, na pessoa do irmão Raúl Castro, dar as mãos a um presidente norte-americano, Barack Obama.
O embargo ainda não acabou definitivamente, mas veremos um novo cenário, com a morte do líder cubano e a chegada ao poder do capitalista Donald Trump.
Fidel Castro morre deixando o legado de maior ditador, mas de ter comandado um país com menos desigualdades. A História pode ou não o absolver, mas haverá sempre dois lados: oprimidos e opressores. Os que comemoram ou os que sentem a perda pelo desparecimento de alguém que os tirou da opressão. Como na vida tudo tem um custo, resta saldar quem morreu, não por ter morrido, mas por ter sobrevivido a tantas tentativas de morte.

Texto: Cesar Dulcidi - 
Foto: Associated Press (capturada via computador ) 

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