CASAS COM MELHOR ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

Foto de arquiteta sobre artigo publicado em revista

Montagem fotográfica: César Dulciidi

Quase 25% da população brasileira têm algum tipo de deficiência física ou mobilidade reduzida. Com esse dado a arquiteta e urbanista Viviane Lacerda Novaes abre seu artigo, publicado em uma revista de empresa que vende produtos médicos e ortopédicos. Segundo ela, em uma casa é possível adotar-se o mesmo conceito, criando um ambiente próprio que garanta o acesso de todas as pessoas, independente de se ter ou não mobilidade reduzida, de ter alguma deficiência e ou de ser idoso. 
Novaes enumera diversas mudanças que podem ser feitas em uma moradia para torná-la mais acessível. A boa iluminação em pontos críticos, como degraus de escadas, ou onde haja algum obstáculo que não pode ser evitado, melhora a visualização de um ambiente, sem deixar de acrescentar rampas, quando necessárias e sempre corrimões. E as portas das casas devem ter um vão livre, maior ou igual a 80 centímetros, para que um cadeirante possa passar sem maiores problemas. Outro detalhe, é o uso de pisos antiderrapantes, em especial em cômodos que vez ou outra podem estar molhados, como banheiro, lavanderia, cozinha ou até áreas de serviços interna ou externas, que ajudam a prevenir acidentes, conforme a arquiteta. Em uma residência,  ela sugere corredores de uso comum, com até quatro metros de extensão e com larguras mínimas de 90 centímetros, sem obstáculos no caminho. 
O banheiro deve ser amplo, dando possibilidade para que a cadeira de rodas gire em seu interior com facilidade e o sanitário precisa ser de modelo apropriado para o cadeirante, instalado a uma altura de 45 centímetros do piso acabado, com medida a partir da borda superior sem o assento. As torneiras é bom que tenham monocomando, com acionamento por sensor ou alavanca; e que os móveis e demais objetos do lar tenham cantos arredondados para evitar acidentes.
O site do Ministério da Saúde, em saude.gov.br/acessibilidade, divulga Leis e decretos sobre acessibilidade, informando que o termo significa incluir a pessoa com deficiência na participação de atividades como o uso de produtos, serviços e informações. Exemplos como prédios com rampas de acesso para cadeira de rodas e banheiros adaptados para deficientes. 
Informa, ainda, que na Internet, acessibilidade refere-se às recomendações do WCAG (World Content Accessibility Guide) do W3c e no caso do Governo brasileiro ao e-MAG (Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico). O e-MAG está alinhando às recomendações internacionais.