04 julho, 2016

AO FECHAR A FLIP 2016 A PLATEIA RESPONDE EM CORO SAUDANDO A HOMENAGEADA

 Flip 2015 -
Foto: Cesar Dulcidi
A reportagem do site da Flip sobre o fechamento da 14ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty 2016 relata que na “sessão de encerramento da 14ª Flip, a escritora Vilma Arêas, de olhos marejados e voz trêmula, leu um verso do poeta Cacaso: 'Ana Cristina, cadê você? Estou aqui, você não vê?'”. Segundo a reportagem, no fim da mesa a pergunta foi repetida pelo curador Paulo Werneck, e respondida, em coro, pela plateia que lotou o palco principal. Mas, vozes se repetiram do lado de fora, pelas pessoas que acompanhavam nos telões, criados a partir da Flip/ 2014. 
“Os dois momentos foram testemunho explícito do tom de afetividade que norteou a mesa dedicada à homenageada da festa, Ana C”, destaca a reportagem.
No momento aconteceu essa interação público/palco, assim relatam, a escritora Vilma ouviu, junto com o público, o poeta Sérgio Alcides manifestar-se sobre Ana Cristina Cesar.
- Ela escrevia artigos de crítica literária absolutamente sensacionais. Muito precisa, muito ferina. Seus leitores encontram em seus artigos a mesma inteligência translúcida e penetrante dos livros. Alcides também relembrou a maestria com que a escritora misturava prosa e verso.
A escritora Vilma Arêas foi professora de Ana C. durante três anos e falou sobre a jovem brilhante que encontrou. “Certa vez, ela me entregou uma prova e começou a recitar, de pé, palavras de Fernando Pessoa: ‘Mestre, meu coração não aprendeu nada’. É apenas mais uma cena que mostra o aspecto teatral dela”, disse, atribuindo a personalidade dramática da carioca à timidez.
Essa sessão fechou os trabalhos da Flip/2016, que segundo a organização, reuniu nos debates pelos menos 23 mil pessoas, número maior que o do ano passado, O curador da Flip, Paulo Werneck, disse à Agência Brasil que a edição 2016 apesar da crise, foi “uma Grande Flip”.

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