29 junho, 2016

PROFESSORES FAZEM NOVA ASSEMBLÉIA GERAL PARA DISCUTIR RUMOS DA PARALISAÇÃO

Professores em assembléia na quadra
 da Escola São Clemente no dia 16 de Junho
Com uma pauta extensa, os professores estaduais, em greve desde 2 de Março, fizeram uma assembléia geral nesta quarta-feira (29), a partir das 11 horas, para discussão dos rumos do movimento. O encontro foi na quadra da Escola de Samba São Clemente, na Avenida Presidente Vargas, nº 3102, Cidade Nova, Rio de Janeiro. Os profissionais de Educação querem que o governo do Estado torne oficial os pontos acordados nas mesas de negociação realizadas neste período de paralisação e que dependem da aprovação da Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro). Ou a publicação dos mesmos no Diário Oficial.
A Alerj aprovou no dia 22 de Junho o Projeto de Lei 1786/2016, que alterou para 30 horas a carga horária dos funcionários administrativos da rede estadual, votado em discussão única e agora só resta ser encaminhado para a assinatura do governador em exercício Francisco Dornelles.
Também ficou garantida, por lei já assinada, a votação para a escolha de diretor em todas as unidades escolares, o abono para as greves ocorridas entre 1993 e 13 de Maio de 2016, o fim do parcelamento de salários e a licença especial para docentes sem precisar esperar a aposentadoria.
Outros ganhos dos professores, foi que nenhuma disciplina poderá ter menos de dois tempos em 2017; uma matrícula por professor por escola; o enquadramento por formação; o retorno do calendário anterior ao pagamento e o arquivamento do Projeto de Lei do governo de reforma do Rioprevidência.  
Quanto ao reajuste salarial de 30%, o governo do Estado não fez nenhuma proposta e afirma que não tem dinheiro. Não foi dada resposta para a solicitação de realização de concurso público para funcionários  técnico-administrativos.

Ganhos e pendências - O secretário Estadual de Educação, Wagner Victer apresentou ao Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) uma proposta de cronograma sobre atividades extraclasses para os docentes em 2017, ao que o órgão dos professores contrapôs.
Sobre a criação do cargo de professor indígena I e II, aprovado pela Alerj, ainda falta ser sancionado pelo governador Dornelles. Quanto ao Saerj, o secretário estadual já afirmou que será encerrado este ano. Em 2017 serão feitas duas avaliações com contribuições da comunidade escolar alinhada com a preparação do Enem.
Quanto a perícia médica, vai ser feita a descentralização de forma gradativa em até 60 dias, com termos de cooperação com a Secretaria de Saúde. Há acordo para que se inicie pelas regiões Sul Fluminense, Norte Fluminense, Noroeste e Região Serrana.
Com relação ao GIDE, os professores obteve a confirmação do secretário, que será reduzida a gratificação e o número de pessoas. Vai mudar também a forma como é feita. O Sepe reafirmou a proposta de extinção dessa função. 
RegiãoAqui em Barra Mansa, os professores interessados em participar da Assembléia, se encontraram pela manhã, por volta das 7h, na praça da Matriz, no Centro da cidade. Os professores de Barra Mansa fazem assembléia local dia 30 (quinta) em dois horários, no salão paroquial da Matriz de São Sebastião.
Em Volta Redonda, o comando de Greve promete correr as escolas. "Os governos querem resolver antes das Olimpíadas, mas a categoria não abre mão de reposição inflacionária, 1/3 para planejamento e regulamentação do calendário de pagamento", adverte a professora Isabel Fraga e acrescenta: "não adianta o governo apelar, essa greve é histórica!
O pensamento dos professores do interior e da capital e  de manter a greve em busca de vitórias, pois afinal até os estudantes, desta vez apoiam o movimento, "Se os estudantes continuam na luta, porque nós vamos recuar?", indaga o professor Márcio Magalhães.

Nota: O jornal O Dia - Rio - trouxe reportagem, dia 27 último citando que alunos voltaram a ocupar escola estadual da zona Norte do Rio, reflexo da greve dos professores do Estado - Clique no link para ler.

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