Na homenagem feita à caatinga em sessão solene na Câmara dos Deputados Federais,
na última sexta-feira (26), o que se viu foi que a destruição dos biomas Caatinga
e Cerrado prosseguem. A sessão, apesar de bonita, cheia de pompas – com a participação
do Trio Nordestino Asforró e de alunos de uma escola de Brasília, não
apresentou solução para o problema.
Segundo o deputado Amauri Teixeira/PT-BA, 46% da caatinga e 56% do
cerrado estão devastados. Com discursos bem elaborados e dados previamente
consultados e de conhecimento de muitos, outros políticos também falaram, alguns
exaltando o criador da Proposta de Emenda à Constituição n. 504/2010,
pelo Senado Federal, que sugere alteração de artigo, incluindo os dois biomas
como patrimônio nacional, algo que sempre foi. A Unesco já considera os dois
biomas patrimônio da humanidade, o que também foi lembrado.
Faltaram “projetos” de defesa militar e recuperação dos biomas. E como
o bioma Amazônia, onde o contingente e sempre pequeno e o avanço das serras elétricas
se faz presente.
O trio nordestino fez a sua parte, assim como as crianças, impacientes
com os longos discursos, e suas professoras que levarão apenas estatísticas. Além
do Hino Nacional, a “Asa Branca” não podia faltar e apresentou o verdadeiro
lamento dos cantores simples do lugar, representando o povo brasileiro.
As comemorações, além da caatinga, cujo Dia Nacional é hoje, são também
para o cartão postal, a sogra e educação. A sessão, transmitida pela TV Câmara,
ficou com cara nordestina como lembrou o deputado. Mas, com formato burocrático.
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