28 fevereiro, 2012

DESCOBERTO, GOOGLE DESATIVA CÓDIGO ESPIÃO

O direito de resposta e a máxima do jornalismo e ao ser perguntado pela reportagem se realmente estava espionando, o Google desativou a codificação especial que lhe permitia observar hábitos online de usuários de iPhone, com o navegador padrão da Apple. Neste caso, o Safari. A informação foi divulgada este mês pelo Wall Street Journal. O pesquisador de Stanford, Jonathan Mayer, foi quem detectou a codificação usada pelo Google. O controle era feito juntamente com outras empresas de publicidade.
- "As empresas usaram uma codificação especial de computação que 'engana' o programa Safari, da Apple, para a navegação na rede, e permite vigiar muitos usuários", revelou o jornal, acrescentando que o Google teria burlado a proteção existente para esse tipo de ação.
Conforme o Wall Street Journal, a técnica vai além dos sites, pois o rastreamento alcança a navegação dos internautas, quase na totalidade das redes. Entre as companhias de publicidade online que utilizaram as mesmas técnicas estão a Vibrant Media; a Media Innovation Group, da WPP - uma das maiores do mundo; e a PointRoll.
Um porta-voz do Google assumiu a prática do rastreamento, dizendo que tudo era restrito a usuários que autorizavam previamente o acompanhamento dos dados. A vice-presidente global de comunicações do Google, Rachel Whetstone, afirmou em nota que o jornal descaracterizou a prática e a verdadeira razão. "Usamos a funcionalidade conhecida do Safari para fornecer recursos que usuários do Google aceitaram ter. É importante ressaltar que esses cookies de publicidade não recolhem informações pessoais," acrescentou ela.
Em resumo a defesa de Rachel Whetstone, o Google buscava apenas romper o bloqueio do site para utilização de ferramentas como o botão "+1" em anúncios que agradassem os internautas. Apenas um elo temporário de comunicação para saber se havia contas em comum entre os servidores do Safari e do Google.
Fonte: O Estadão, Agências Internacionais, Washington Post 

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