Algumas músicas são emblemáticas. Determinam caminhos a seguir; viram lema de vida. E quando a pessoa é cobrada, se justifica com a música. “É devagar... é devagarinho”. Motivados pela melodia de Martinho da Vila, uns seguem pela vida ou vila “devagarinho”; ou são julgados por outros como “devagar”. Outros “deixa a vida me levar”, como diz Zeca Pagodinho. Interessante foi a 5ª Sinfonia de Beethoven. Se existiram “as batidas na porta” elas foram cruciais.
Um colega de redação, no Rio de Janeiro, justificou seu “exagerado” medo de voar em Belchior, com a badalada “foi com medo de avião”. Teve vezes que precisou viajar a São Paulo, mas preferiu as dolorosas horas de ônibus ou carro, com direito a engarrafamento.
E por falar em ônibus, quando se permitia fumar neles (os de turismos e os de longas viagens traziam cinzeiros nas poltronas), muitos não fumantes, incomodados, brincavam com o “É proibido fumar” de Roberto e Eramos Carlos.
O melhor exemplo de composições justificou a sobrevida e o protesto de vida e morte do memorável Cazuza. Isto em uma ou mais canções. Há uma que para todos os artistas é verdade nata; também para os cientistas, médicos, lixeiros, escritores, filósofos e adivinhos. Justifica o círculo da existência e suas dualidades: “O tempo não para”.
Façamos um encontro com Pagodinho e Cazuza e deixemos a vida levar o tempo, pois ele não para.
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