Julho
foi o mês da Jornada Mundial da Juventude, uma atividade da Igreja Católica que
talvez tivesse passado despercebida, não fosse a visita do Papa Francisco. Venho lembrar isto, porque constato
no calendário que hoje é Dia do Padre. Uma data que teria também passado
despercebida, não fosse a visita do Papa. E tenho certo que esse Santo Padre,
como é chamado o chefe maior da Igreja Católica, impressionou a muitos
brasileiros e estrangeiros com sua simplicidade.
Talvez
a aproximação e o cuidado dele com a imagem de N. Sra. Aparecida, presente na
missa da Basílica de Aparecida e em outros encontros - o que é natural em um
país onde a santa é muito venerada, tenha assustado alguns, tocados pelo
carisma do Vigário de Cristo, como também é chamado o chefe maior da Igreja
Católica.
Ouso
dizer que, o argentino Jorge Mário Bergoglio, o Papa Francisco – nome sugerido
por um colega cardeal brasileiro, é sim o representante de todos os padres católicos
e líder maior da Igreja no mundo, deste 3º milênio. E me orgulho ao ouvir dele próprio
o jargão tão divulgado, agora sei que mundialmente, de que “Deus é Brasileiro”.
E o brasileiro, se já tinha gostado do jeito do Servo dos Servos de Deus, como
também é chamado o Papa, entrou em êxtase com a revelação dele próprio de que “se
o Papa é argentino, Deus é Brasileiro”.
A
História dos homens é feita por homens e denominações da qual se valem os dois
gêneros na construção de sua fé. E nenhum homem – seja católico, protestante,
crente, descrente, ateu ou de qualquer outra associação religiosa – poder medir
a fé de cada um. E o Deus criador, por intermédio de Jesus Cristo, se faz
presente em cada ação de homens e mulheres que propagam a sua fé. Assim como o Soberano
do Estado da Cidade do Vaticano, como também é chamado o Papa. O padre Primaz da
Itália e Arcebispo metropolitano da Província Romana, como também o chamam.
* * * * * * *
Transcrevo,
abaixo, um poema de Mário Quintana:
"Se eu fosse um padre."
"Se eu fosse um padre."
Se eu
fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria
em Deus nem no Pecado
- muito menos no Anjo Rebelado
e os
encanto das suas seduções,
não citaria
santos e profetas:
nada das
suas celestiais promessas
ou das
suas terríveis maldições...
Se eu
fosse um padre eu citaria os poetas,
Rezaria
seus versos, os mais belos,
desses que
desde a infância me embalaram
e quem
me dera que alguns fossem meus!
Porque
a poesia purifica a alma
... e
um belo poema – ainda que de Deus se aparte –
um belo
poema sempre leva a Deus!
Do
livro Nova Antologia Poética, Editora Globo, 1988, p.105 -