22 dezembro, 2024

TODAS AS CELULAS QUE TRANSFORMAM A VIDA

Domingo e dia de trazer poemas. E seguindo o que se propõe o blog na Apresentação, os finais de semana  e feriados são para isso. Abaixo, alguns os versos que venho criando e postando nas redes sociais.

O MALUQUINHO


Foi-se embora o

maluquinho, o artista, a pessoa nacional.

Fica-se o legado,

a certeza

da brincadeira efêmera,

mas, verdadeira; a marca eterna na História.

E, ainda, a certeza de que

viverá na lembrança de cada um,

enquanto cada um não for

Nota: O poema acima, feito por ocasião de morte do escritor e dramaturgo Ziraldo Alves Pinto, relata obra que mais o marcou, o Menino Maluquinho. Mas, Ziraldo - como era simples assim conhecido, é o artista dos tempos duros da ditadura, que soube com sua arte manter acesa a chama da esperança, assim como muitos outros.

Os demais versos que seguem, falam do cotidiano da vida, de relações, de gostar e de amar - composto a partir, às vezes, de conversas com outros no twitter, a rede que mudou para X.

UM CANTO

Eu não canto,
mas, gosto de canto Gosto de um canto da casa, onde me encanto com um canto Gosto de um canto de pássaro que voa minha mente para todos os cantos santos do mundo Gosto do encanto ao ouvirem meu canto Com mimo ou sem Ou se até desafino... 

No meu canto, eu canto um canto de pássaro

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Bela madeixas

Belas

Belas não são
somente as madeixas

dos cabelos; nem as deixas do andar sensual belas são e estão nas formas do sorrir e na pretensão de não ser bela enquanto bela for

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Seu lado/abrigo
Seu lado/abrigo


Senta aqui comigo... Isso me basta Preciso do seu lado/abrigo

de sentir o nada contigo de um silêncio que me diga: se falo ou se me calo Sente-se aqui, comigo ... Isso me basta



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   Um dia agostino

O céu visto de minha

janela, num fim de 

dia agostino,
tem uma movimentação
de nuvens bem sem destino

De uma tarde meio fria que,
tenho certeza, não era outono

De uma estação que não
era de um mês de abril,
no Brasil, nem de outro
qualquer lugar
Mas que era, para quem viu
um firmamento de um final
de inverno pueril
completamente atípico

Um céu tipo véu de noiva,
que parece dançar com
o canto dos pássaros e o
barulho do vento
Que se deixou criar no momento                                                      não era também primavera
Uma aquarela de fundo azul
com sons do infinito em movimento

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Musica para a célula

Há horas, escuto

a música me acalma, eleva-me a alma, purifica a palma, o dedo - com que escrevo, a pupila - que imagino atraída, o orifício do ouvido, que recebeu o artefato do fone; que não sei o nome Célula, todas as células que se transformam em vida



Os dedos na vitrola

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