Domingo e dia de trazer poemas. E seguindo o que se propõe o blog na Apresentação, os finais de semana e feriados são para isso. Abaixo, alguns os versos que venho criando e postando nas redes sociais.
O MALUQUINHO
Foi-se embora o
maluquinho,
o artista, a pessoa nacional.
Fica-se o legado,
a certeza
da brincadeira efêmera,
mas, verdadeira; a marca eterna na História.
E, ainda, a certeza de que
viverá na lembrança de cada um,
enquanto cada um não for
Nota: O poema acima, feito por ocasião de morte do escritor e dramaturgo Ziraldo Alves Pinto, relata obra que mais o marcou, o Menino Maluquinho. Mas, Ziraldo - como era simples assim conhecido, é o artista dos tempos duros da ditadura, que soube com sua arte manter acesa a chama da esperança, assim como muitos outros.
Os demais versos que seguem, falam do cotidiano da vida, de relações, de gostar e de amar - composto a partir, às vezes, de conversas com outros no twitter, a rede que mudou para X.
No meu canto, eu canto um canto de pássaro
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Bela madeixas
Belas
Belas não são
somente
as madeixas
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Seu lado/abrigo |
Senta aqui comigo... Isso me basta Preciso do seu lado/abrigo
de sentir o nada contigo de um silêncio que me diga: se falo ou se me calo Sente-se aqui, comigo ... Isso me basta
Um dia agostino
O céu visto de minha
janela, num fim de
dia agostino,tem uma movimentação
de nuvens bem sem destino
De uma tarde meio fria que,
tenho certeza, não era outono
De uma estação que não
era de um mês de abril,
no Brasil, nem de outro
qualquer lugar
Mas que era, para quem viu
um firmamento de um final
de inverno pueril
completamente atípico
Um céu tipo véu de noiva,
que parece dançar com
o canto dos pássaros e o
barulho do vento
Que se deixou criar no momento não era também primavera
Uma aquarela de fundo azul
com sons do infinito em movimento
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Musica para a célula
Há horas, escuto
a música me acalma, eleva-me a alma, purifica a palma, o dedo - com que escrevo, a pupila - que imagino atraída, o orifício do ouvido, que recebeu o artefato do fone; que não sei o nome Célula, todas as células que se transformam em vidaOs dedos na vitrola
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