09 maio, 2021

SE A CANOA NÃO VIRAR NO TEMPO É UM POEMA DE 1999

O rio passa perto (atrás das árvores)
Rio Paraíba do Sul aos fundos do DETRAN 
Descubro que esses versos foram escritos no verso de folhas de um Roteiro de Entrega emitido  em 30 de Setembro de 1999. Com isso, estou certo que o poema surgiu naquele ano, uma vez que não coloquei data no manuscrito.
O rio passa perto
Rio Paraíba do Sul,visto do bairro Saudade,em BM-RJ

Alguns versos são adaptados no momento em que os escrevo aqui. Nostálgicos pela época em que foram feitos. Mantive alguns, inclusive o título da tradicional brincadeira de criança se a canoa não virar, para não perder a essência.

A adaptação em que menciono o grande poeta é recente, assim como o recente colocado em meio aos versos, que ainda brincam na mente com o mesmo propósito da época. 


Se a canoa não virar no tempo


Frases e palavras soltas,jogadas ao vento e ao tempo

no exato momento

são como moscas toscas e incômodas

como cômodas no canto da casa

E o canto casa com o ambiente quente,

mas, mesmo assim, a gente sente frio

Afinal, o rio passa perto e o deserto mora longe,

silencioso como um monge

Há laranjas e peras no quintal

pé-de-sonhos e a realidade magistral

Tem-se saudade dos passos pisados e passados

e do passado amassado em uma folha de jornal

Ajeite-se o colarinho pois o canarinho canta livre fora da gaiola

ao som ou não da viola 

E foi-se embora o tempo e o vento 

no exato momento em que o sorriso se fez flor e deixou de ser amarelo fator

pois dizem que o branco não é cor

Aliás, branco e preto, são cores reais no meio da praça

e star fica sem brilho, subtendido, se jogado sem graça

no meio do português

E se falo vários idiomas, sei que é inglês, não catalão ou francês

e se me calo ao lado do irmão

a solidariede  é como estrela ao longe

e o desenho animado visto no ontem é uma novela ao vivo vivida no amanhã

Não é maçã nem mamão, é pão feito com massa amassada

com o suor de uma maça de padeiros

que trabalham - da madrugada à manhã nascente -

É a medalha e a caricatura indecente,

recente, desenhada no portal da mente

É a semente do hoje e a planta do momento,

do agora que não chora,

mas implora para que amor não vá embora

E se a canoa não virar no tempo e momento que contemplo de soslaio as palavras

agradeço a Quintana por seu balaio de versos

E com o meu poema completo saio,

agora, de cena,

em pleno mês de Maio


E d i t a d o   e m   16.05.2021  -

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