13 setembro, 2020

AS PESSOAS SÃO COMO EU: TRANSEUNTES DESCONHECIDAS

De repente, descubro que com um envolvimento ali, outro acolá, uns compromissos a mais, o computador ocupado; a preguiça ou a ausência de inspiração; tudo, virou desculpa para deixar de publicar aqui.

Estou há alguns dias (ou meses) sem trazer algo novo. Que dizer, novo na data, pois resolvi postar um poema do passado. Década de 1980. Chama-se "Transeunte".

Foto de pessoas caminhando em uma rua do Centro Histórico de Paraty-RJ


Transeunte

Que me tornou tão alheio

àquilo mesmo que me assemelho

que me deparo ao olhar no espelho

É ser assim tão emotivo

calado, tão pouco objetivo

ser assim tão passível

afastado, ao mesmo tempo flexível


As pessoas são como eu

transeuntes, desconhecidas delas mesmas

Elas são os parentes e

estão nos parênteses que faço

no que julgo tão só meu

naquilo que promulgo meu

que é o exclusivo vazio/vácuo

que pertence a cada um  



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