12 março, 2017

A SOLIDÃO DO REPÓRTER NUM PEQUENO OU GRANDE VEÍCULO

é como um Quero-Quero sozinho numa praia movimentada
Ao ler o artigo do jornalista e professor universitário Leandro Olegário, no Observatório da Imprensa, publicado no início deste mês, me peguei em reflexão. A solidão do repórter que convive quase sempre, no desenrolar da matéria, com três estigma: verdade, exclusividade e aceitação. Em "Precisa-se de Repórteres", destaco o avanço tecnológico, a busca nem sempre fácil pela informação e o mundo da informação, onde todos somos repórteres.
Na afirmação de Olegário, peço licença para acrescentar e mexer em sua ordem: "quando todos podem falar e escrever" é mesmo difícil ouvir, "ler e escrever" ou ouvir, "escrever e ler". Assim como aquela a frase matemática "a ordem dos fatores não altera o produto", a solidão de um repórter, altera?
Às vezes até estereotipado. Que tem como "único fiscalizador do seu ofício a própria sociedade", como lembrou Olegário. E nessa sociedade, acredito, está incluso o próprio jornalista (apresentador, analista ou redador, etc) que muitas vezes ignora as dificuldades do colega.
O formato antigo - o do repórter da exclusividade, já foi banido há muito e vem sendo, cada vez mais, pela tecnologia. Quanto à sua extinção, que já ocorre pela chegada do repórter que se torna o cidadão comum - menino ou menina, jovem ou adulto, parece ser fato. 
Exalto o diferencial, conforme o artigo, do "espirito corajoso do repórter, que para desempenhar sua função, em um mundo movido pela fetiche da velocidade e das interações virtuais" e na busca pelo reconhecimento, "é esmagado, às vezes injustiçado, pela pressão do tempo (dead line) e do espaço".  Seja em qualquer veículo comunicativo.
Concluindo, num veículo de informação pequeno do interior, ou da capital; ou nos grandes conglomerados da informação, nacional ou internacional; ou mesmo das rádios Comércio e Sul Fluminense e dos jornais A Voz da Cidade e Diário do Vale, veículos aqui da região; ou no Observatório da Imprensa, haverá sempre um repórter solitário.

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