Recentemente, lendo o artigo de Luis Fernando Veríssimo, em
o Globo, constatei uma verdade: a homofobia e outras questões de duplo sentido,
como de apologia à bebida - verificadas nas modinhas e músicas do passado, não
sofriam o rigor dos dias atuais. Algumas
poderiam ser objetos de ações nos tribunais. Cito, como lembrado pelo
colunista, as modas de carnaval como “Maria sapatão”, “cabeleira do Zezé”,
“Cachaça”, entre outras.
Em sua abertura, ele comenta sobre o musical Sassaricando (me perdoem, mas não vi),
que reúne marchinhas de Carnaval com citações de temas em pouca evidencia na
sociedade de ontem, mas críticos, não aceitos com naturalidade, na sociedade
atual. Intitulado a “Mula Manca”, me
chama a atenção palavras como “o nascimento de um Brasil moderno”, “incorreção
política” e a falada ingenuidade das marchinhas de Carnaval.
Vivemos em uma época em que a população informada utiliza os instrumentos do “processo” para fazer valer os seus direitos. E não há dúvida de que, como todas as sociedades, há sempre os de má fé, a procura de motivos para ganhar algum dinheiro. Independente disso, vi mais profundidade no texto; como um tratado da evolução dos costumes ou um processo de evolução da sociedade.
É claro que Veríssimo está a todo tempo se referindo ao musical. O espetáculo é como seu texto, um tratado sociológico involuntário, o retrato do Brasil, de antes do duplo sentido. E, realmente, questões como “matar a mulher feia” não causaria tantos protestos, mesmo porque mulher nenhuma se considera a feia, apenas não gosta de ser chamada feia.
Do relato do escritor, destaco termos como “de noite é Maria, de dia é João; e “a cabeleira do Zezé, será que ele é”; é se não der o apito para o índio, num momento que o assunto das terras indígenas está tão latente, "será que o pau vai comer"? Mais ou menos isso.
Vivemos em uma época em que a população informada utiliza os instrumentos do “processo” para fazer valer os seus direitos. E não há dúvida de que, como todas as sociedades, há sempre os de má fé, a procura de motivos para ganhar algum dinheiro. Independente disso, vi mais profundidade no texto; como um tratado da evolução dos costumes ou um processo de evolução da sociedade.
É claro que Veríssimo está a todo tempo se referindo ao musical. O espetáculo é como seu texto, um tratado sociológico involuntário, o retrato do Brasil, de antes do duplo sentido. E, realmente, questões como “matar a mulher feia” não causaria tantos protestos, mesmo porque mulher nenhuma se considera a feia, apenas não gosta de ser chamada feia.
Do relato do escritor, destaco termos como “de noite é Maria, de dia é João; e “a cabeleira do Zezé, será que ele é”; é se não der o apito para o índio, num momento que o assunto das terras indígenas está tão latente, "será que o pau vai comer"? Mais ou menos isso.
No parágrafo que dá título ao artigo há também o apelo à
defesa dos animais, sua proteção e seus direitos estão institucionalizados. E
quanto a isso, ao se referir à mula manca, não se tem sua identidade, nem a mula pode ser
reconhecida em vias de fato por maus tratos.
O fato de serem “marchinhas do passado” se torna patrimônio cultural, quase ninguém percebe a essência dos temas. Podemos entender assim. Mas é certo que, afirmações como as enumeradas apresentadas hoje em música poderiam sim perder a ingenuidade de outrora.
O fato de serem “marchinhas do passado” se torna patrimônio cultural, quase ninguém percebe a essência dos temas. Podemos entender assim. Mas é certo que, afirmações como as enumeradas apresentadas hoje em música poderiam sim perder a ingenuidade de outrora.
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