22 junho, 2013

ENTRE O BEM E O MAL, PASTOR É HOMENAGEADO

As repórteres de O Globo, Carla Rocha, Fabíola Gerbase e Ana Cláudia Costa, escreveram sobre o pastor Marcos Pereira, que entre o bem e o mal, foi homenageado em 2011 com a maior comenda da Alerj/RJ, por seu trabalho com ex-detentos. Alguns deputados chegaram a sair em sua defesa, mas o religioso é acusado de estupros, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e homicídio e roubos de carga.
O fato é que a investigação e a prisão “deram fim ao teatro” que abria as portas de presídios e favelas para Marcos Pereira. Segundo Carla Rocha, em 2004 surge um vídeo no qual o traficante Derico de Acari (RJ) está ao lado do pastor em um culto. Depois disso, dois traficantes são encontrados na fazenda da igreja de Marcos Pereira, em Tinguá. E ele fica proibido de entrar em presídios.
- Se ele estuprou mulheres, pau nele. Mas, desconhecer o trabalho que ele fez com presidiários é molecagem. Esse cara, por muito tempo, colocou a mão onde ninguém queria colocar: no esgoto. Palavras de Silas Malafaia, segundo a repórter Carla Rocha.
Casado, pai de dois filhos, criado na Baixada Fluminense, Marcos Pereira tem fama de ter negociado mais de 30 rebeliões, foi convocado pelo então secretário de Segurança do estado do Rio, Anthony Garotinho, para ajudar na resolução de um motim, em Benfica, onde morreram 30 pessoas. O pastor teve amizade com o líder do grupo Afro Reggae, José Junior, até ele o acusar de ser um mentor criminoso, envolvido com o tráfico de drogas.
Fabíola Gerbase contou que Marcos Pereira foi maître de restaurante na Zona Sul do Rio e proprietário de restaurante na Baixada. Segundo ela, Ana Madureira, com quem ele é casado há 31 anos, voltou atrás da acusação de estupro. Um deputado estadual do PDT lidera um grupo que defende sua inocência, dizendo que tudo não passa de “linchamento público”. Outro político, o defendeu no Twitter. Revelou Gerbase.
Um inquérito policial lista 17 imóveis em nome da igreja de Marcos Pereira. Conforme Ana Cláudia Costa, o pastor é suspeito de usar empresas em nome de fiéis da Igreja Assembléia de Deus dos Últimos Dias para lavar dinheiro do tráfico. Ana Cláudia apurou ainda que o pastor tem autorização de criminosos para a lavagem de dinheiro. Segundo sua reportagem de 10 de maio, o pastor está preso em Bangu 2, depois de denunciado pelo Ministério Público.
Além das denúncias citadas, ele é acusado de envolvimento também em roubo de carga e da prática de orgias no apartamento recebido por doação, em nome da igreja, na Av. Atlântica, em Copacabana. Se condenado ele pode pegar de seis a dez anos de prisão por cada vítima de estupro. O promotor Rogério Lima Sá Ferreira classifica-o como estuprador em série, revela Ana Cláudia Costa. 

Com base em reportagens de o jornal O Globo de sexta-feira, 10 de Maio de 2013 -

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