Um dos editoriais de ontem (19/11) do jornal Folha de São Paulo faz uma análise acertada dos “feriados generosos”, título do mesmo. O que aconteceu em Barra Mansa, onde o funcionalismo público deixou o trabalho na quarta (14) e só retorna amanhã (21) - como diz o editorial, aconteceu em muitas cidades, principalmente do estado do Rio, e “tantos dias parados têm seu preço”. Cálculos do economista Gabriel Leal de Barros, da Fundação Getúlio Vargas (RJ), para os “feriados brasileiros”dão conta de que serão R$ 173 bilhões a menos para a economia do país em 2012.
Mas, o prejuízo pode ainda ser maior, pois não estão consideradas as “pontes” habituais dos feriados das terças e quintas-feiras, como o natal e do ano novo que vêm aí. O turismo nacional até ganha, “mas o comércio e, sobretudo, a indústria se veem prejudicados”. O editorial diz que o Brasil podia seguir o exemplo de países como a China e Portugal, que cortaram o número de feriados nacionais. E aponta outra solução, como a de alguns países que “deslocam os feriados de terça e quinta para segunda e sexta”.
E em troca, as datas comemorativas que caíssem aos sábados e domingos, seriam transferidas para um dia útil, conforme é feito nos EUA. “A vantagem, além de derrubar as pontes, e que não haveria diferença, entre um ano e outro, no total de dias de labuta e de descanso – algo racional para a economia e benéfico pra o trabalhador”, conclui o editorial, acrescentando que mexer com os feriados pode ser uma medida impopular para muitos, porém muito benéfica para o país.
Texto com base em editorial da Folha de São Paulo (19.11.2012)
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