Pesquisadores do Instituto Butantan, um dos
maiores centros de pesquisa biomédica do mundo, têm sempre novidades benéficas.
Eles estudam um potente anti-inflamatório, capaz de aliviar dores difíceis de
controle. A eficácia do medicamento foi constatada em testes com animais, usando-se
uma proteína presente no sangue. A pesquisadora Renata Giorgi, do Laboratório
de Fisiopatologia do instituto, disse que a descoberta é um avanço, pois
substitui as drogas existentes com mais potencia, além da vantagem de ser
administrada por via oral.
Determinadas células dos glóbulos brancos
detêm uma proteína capaz de inibir a dor proveniente de processo inflamatório. Utilizando
partículas dessa proteína foi possível se chegar a tal conclusão, conforme
disse ela à Agência Brasil. Algumas drogas, como morfina, perdem seu efeito com
tempo no tratamento de dores crônicas e de lesão de nervos, e os pesquisadores
perceberam resultado diferente com o novo experimento.
O estudo é inovador, pois demonstra que, em
determinadas condições, o próprio organismo tem capacidade de controlar a dor.
Um detalhe interessante, destacado pelos cientistas, são os custos de produção
do medicamento, já que apenas um pequeno pedaço da proteína é suficiente para a
sua fabricação. “Em termos de proporção de dose, essa droga é mais potente”, disse a pesquisadora Renata Giorgi.
O ruim da notícia e que se trata de “experimentos
básicos”, conforme destacou a pesquisadora. Ainda é necessário o estudo
toxicológico do experimento e uma programação sistemática para a continuidade
da pesquisa. Segundo Renata Giorgi, se leva em torno de 20 anos para comprovação
da eficácia de uma droga e de sua comercialização. Os estudos são feitos há dez
anos em animais.
Texto com base em reportagem de o Jornal do Brasil do dia 2/07/2012 -
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