Tomava o ônibus
de umas das três empresas que dominam o transporte coletivo em Barra Mansa (afinal
também ando de busão, como diz minha filha), quando subia os degraus em direção
à roleta, ouço essa pérola:
-
Manda um beijo na boca para ele – grita uma cobradora, meio tímida,
de fora do coletivo para a colega.
As duas,
tanto a do recado como a funcionária que depois liberou minha passagem, não
eram garotinhas. Podemos dizer, mulheres maduras. Aliás,
uma das coisas que faz aumentar a expectativa de vida das pessoas, é o namoro e
a liberdade de expressão na chamada terceira idade.
Achei
engraçada a cena. E não me contive ao passar na roleta; diante do sorriso e a
fisionomia simpática da senhora, brinquei:
- Ai, heim!
Já tem uma boca para beijar hoje!
Ao que ela
me disse, sem deixar de sorrir e perder cordialidade:
- Ah! Mas, não
é a boca que eu quero beijar!
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