14 março, 2012

CATOLICISMO DIMINUI E EUROPA NÃO ENVIA PADRES

Entre as décadas de 1980 e 1990 ainda era comum a vinda de padres da Europa para o eixo Rio São Paulo-Belo Horizonte/MG. A maioria entrava na clandestinidade no país e, vez em quando, eles precisam circular entre estes três estados para fugir da fiscalização. A vinda deles se estendia mais para o sul e menos para o norte do país.
No período da ditadura brasileira – para citar a era Médici, quando o lema era “Brasil Ame-0 ou Deixe-o”, enquanto muitas pessoas desapareciam ou caíam nas malhas da tortura, muitos padres entravam irregularmente em território nacional. Eles eram importantes para a Igreja Católica na evangelização e conscientização. E muitos acabaram perseguidos pela ditadura; tanto progressistas, quanto conservadores.
Naquela época a Europa tinha um clero vasto, diferente da atualidade. O jornalista Rodrigo Cardoso, em entrevista à Revista Isto É, revela que a “descristianização na Europa”, de onde a partir do século XVI saíram jesuítas que trouxeram o evangelho para a América Latina, é tão grande que um grupo de teólogos acredita estar o catolicismo se extinguindo do continente europeu.
O Brasil mostra um cenário diferente, ainda na avaliação do jornalista, pois apesar de haver pouco padre (1 para cada 8.624), o número de paróquias e sacerdotes cresceu. Conforme o Anuário Católico, distribuído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), há 31,8% mais padres do que em 2000. Com isso, as autoridades religiosas da América e da África preocupam-se em enviar seus padres à Europa a estudo, pois muitos não voltam.

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