22 outubro, 2011

A POESIA DE MÁRIO QUINTANA

Trago, hoje, um pequeno extrato da poesia do “velho poeta”, Mário Quintana. Aqui, como em algumas outras poesias, ele “encara a vida”, como é comum aos poetas que, frequentemente, param a olhar para dentro de si mesmos.


Espelho
Por acaso, surpreendo-me no espelho:
Quem é esse que me olha e é tão mais velho que eu? (...)  
Parece meu velho pai - que já morreu! (...) 
Nosso olhar duro interroga: "O que fizeste de mim?" Eu pai?
Tu é que me invadiste.
Lentamente, ruga a ruga... 
Que importa! 
Eu sou ainda aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra, 
Mas sei que vi, um dia - a longa, a inútil guerra!
Vi sorrir nesses cansados olhos um orgulho triste..."

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