Em 23 de Agosto de 1918 o jornal A Gazetinha, de Barra Mansa, publicou uma nota sobre a introdução do Café no Brasil. Dizia que, em 1760 o chanceler Castelo Branco, vindo de Gôa para o Rio, trouxe algumas mudas de café. Porém, apenas quatro delas "vingaram". Ainda neste ano, fato intrigante em relação a urubus na cidade chamou a atenção das autoridades.
Falando do café, uma das mudas foi retida com o chanceler, em sua casa; as outras duas foram doadas para servir como cerca no convento das freiras de Santa Tereza e dos frades Barbadinhos.
A quarta muda foi oferecida a um tal Mr.Hoppman. A única que vingou foi a plantada na cerca em Santa Tereza, no Rio de Janeiro. Pois esta teria sido a progenitora de todo o Café do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Em relação aos muitos urubus existentes em Barra Mansa, acabou surgindo uma analogia. O Governo do Estado havia recomendado a lavradores e criadores de gados que se empenhassem em matar todos os urubus do município e região, pois os mesmos transmitiam a febre aftosa.
A defesa das aves foi feita pelo capitão Pedro José da Rocha, que era colunista do jornal A Gazetinha e fez um artigo defendendo a causa. José da Rocha afirmou em seu texto que “os piores urubus estavam no governo” e que por isso “na cidade muita gente não dormia direito após tal recomendação”.
A lavoura cafeeira chegou ao oeste Paulista a partir de 1870, justamente com o declínio da produção de café do Vale do Paraíba. Sabe-se que o produto chegou ao Rio de Janeiro e depois foi distribuído em todo Estado, inclusive no Vale do Paraíba fluminense.
Texto adaptado, extraído do livro Três Caminhos, do historiador barramansense Alan Carlos Rocha, impresso na Nova Gráfica e Editora –Volta Redonda-RJ
Na época do café e urubus, o prédio atual da PMBM dava lugar ao moinho fluminense. Foto: César Dulcidi |
A quarta muda foi oferecida a um tal Mr.Hoppman. A única que vingou foi a plantada na cerca em Santa Tereza, no Rio de Janeiro. Pois esta teria sido a progenitora de todo o Café do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Em relação aos muitos urubus existentes em Barra Mansa, acabou surgindo uma analogia. O Governo do Estado havia recomendado a lavradores e criadores de gados que se empenhassem em matar todos os urubus do município e região, pois os mesmos transmitiam a febre aftosa.
A defesa das aves foi feita pelo capitão Pedro José da Rocha, que era colunista do jornal A Gazetinha e fez um artigo defendendo a causa. José da Rocha afirmou em seu texto que “os piores urubus estavam no governo” e que por isso “na cidade muita gente não dormia direito após tal recomendação”.
A lavoura cafeeira chegou ao oeste Paulista a partir de 1870, justamente com o declínio da produção de café do Vale do Paraíba. Sabe-se que o produto chegou ao Rio de Janeiro e depois foi distribuído em todo Estado, inclusive no Vale do Paraíba fluminense.
Texto adaptado, extraído do livro Três Caminhos, do historiador barramansense Alan Carlos Rocha, impresso na Nova Gráfica e Editora –Volta Redonda-RJ
Conforme a Wikipédia, em 1727, o sargento-mor Francisco de Melo Palheta, a pedido do governador do Estado do Grão-Pará, lançou-se numa missão para conseguir mudas de café, produto que já tinha grande valor comercial. Para isso, fez uma viagem à Guiana Francesa e lá se aproximou da esposa do governador da capital Caiena. Conquistada sua confiança, conseguiu dela uma muda de café-arábico, que foi trazida clandestinamente para o Brasil.Das primeiras plantações na Região Norte, mais especificamente em Belém, as mudas foram usadas para plantios no Maranhão e na Bahia, na Região Nordeste.As condições climáticas não eram as melhores nessa primeira escolha e, entre 1800 e 1850, tentou-se o cultivo noutras regiões: o desembargador João Alberto Castelo Branco trouxe mudas do Pará para a Região Sudeste e as cultivou no Rio de Janeiro, depois São Paulo e Minas Gerais, locais onde o sucesso foi total. Também como fator favorável é citado haver nesses locais e no Paraná a terra roxa, considerada o melhor solo para o plantio do café. Graças a isso o Paraná tornou-se o maior estado produtor brasileiro em 1959. O negócio do café começou, assim, a desenvolver-se de tal forma que se tornou a mais importante fonte de receitas do Brasil durante muitas décadas.
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