Diversas pessoas se identificaram com a escocesa Susan Boyle, de 47 anos, que ficou famosa, depois de ser ridicularizada em um programa de televisão, quase parecido com o que era feito por Silvio Santos anos atrás. Gorda, longe do padrão de beleza e com seu jeito atrapalhado, ela foi recebida com escárnio por jurados e plateia. Mas, surpreendeu a todos, cantando “I dreamed a dream”, do musical Os miseráveis. No último domingo ela ganhou página inteira no segundo caderno de O Globo citação na Folha de São Paulo, na revista Época desta semana e deve ter saído reportagem de Boyle em outros jornais e revistas. O professor e jornalista Renato Sigiliano, de Muriaé, em e-mail enviado para amigos de todo país, contou com emoção o fato ocorrido com a escocesa e ilustrou com a sua história, lembrando que a todo momento o ser humano age dessa forma com o semelhante.
E ilustrou: “Embora existam livros que versem sobre a importância do marketing pessoal, eu aprendi com as crueldades de menininhas desde a pré-escola. Na sexta série, no dia do meu aniversário, minhas amiguinhas me deram um vidrinho escrito ¨¨semancol¨¨. Juro, elas escreveram que o melhor jeito de sair por cima quando ninguém acredita que você pode fazer algo é fingir que está tudo bem e que de fato você é tão idiota quanto aquelas pessoas acham que você é”, contou Sigiliano.
Segundo ele, o única forma que encontrou para fugir das situações opressoras de “bullying” na escola, foi fingindo que meus opressores eram realmente espertos como eles achavam que eram e que ele era o burro. “Se era isso que os fazia feliz, não me importava”, completa ele. Renato conta que fingia não entender as piadas e assim foi aperfeiçoando a empatia e capacidade de reconhecer o caráter da pessoa, só pela maneira dela o olhar ou dirigir-se a ele.
A observação do Jornalista Renato Sigiliano, que trabalhou na década de 1990 nos jornais cariocas O Dia e o Jornal do Brasil, é interessante. Pois, é fato que ocorre esse tipo de esculhambação pública ou, às vezes, até mesmo de um pequeno grupo, de forma sutil, que se acha melhor que todo mundo. A avaliação, conforme ele mesmo diz, é útil para uma triagem das pessoas quando se aproximam uma das outras com aquele ar de ser melhor. Na verdade, a baixa expectativa do outro em relação às suas qualidade, pode ser aplicada a todas as coisas, como explica. Isto no sentido de que, diminuindo suas expectativas em relação às coisas, se tem muito mas chances de ficar satisfeito com sua perfomance e sobresair mais. É o que geralmente acontece.
Por isso, é importante para quem não viu ainda, ver o vídeo.
Texto de Mauro Cesar, com base em reportagem e vídeo do site Bombou na web
de Renata Leal (17/04/09)
http://www.youtube.com/watch?v=9lp0IWv8QZY
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