19 novembro, 2010

CELULAR MATA: ADVERTE DREVA DAVIS

Celular é um vício, alerta epidemiologista
Em entrevista ao jornal a Folha de São Paulo  na primeira semana de novembro, a epidemiologista Devra Davis, admitiu que o celular é um vício e que é preciso usá-lo de forma mais inteligente. Convencida de que a radiação emitida pelo aparelho lesa a saúde, ela escreveu "Disconnect" (sem edição no Brasil), cuja base são pesquisas que começam a mostrar os efeitos dessa radiação no organismo. “Enviar mensagens de texto é mais seguro do que falar. Ficar com o celular nas mãos, longe do corpo, é bom, e mantê-lo desligado também”, alertou a epidemiologista, que é doutora em estudos científicos  pela Universidade de Chicago e mestre em saúde pública pela Johns Hopkins.
O risco de câncer é muito real, e as provas disso vão se avolumar se as pessoas não mudarem a maneira como usam os telefones. “Estou colocando minha reputação científica em risco, dizendo: temos evidências fortes em pesquisas feitas em laboratório mostrando que essa radiação danifica células vivas”, disse Devra. Segundo ela, a  radiação enfraquece o esperma, isto se sabe por pesquisas com humanos e homens que usam celulares por quatro horas ao dia têm a metade da contagem de esperma em relação aos demais.

As crianças são mais vulneráveis

Radiação do celular penetra no cérebro
Devra Davis explicou que o crânio das crianças é mais fino, pois os seus cérebros estão se desenvolvendo e ai a radiação do celular penetra duas vezes mais. “A medula óssea de uma criança absorve dez vezes mais radiação das micro-ondas do celular. É uma bomba-relógio. A França tornou ilegal vender celular voltado às crianças”, revelou Dreva, acrescentando que nos Estados Unidos existem comerciais encorajando o celular para crianças. “É terrível. Fico horrorizada com a tendência de as pessoas darem celulares para bebês e crianças brincarem”.
A doutora fez comparação da fumaça do cigarro com a radiação. Segundo ela, o tabaco oferece um risco maior, porém nunca 100% da população fumaram. Com o celular é diferente: “temos 100% das pessoas usando celular. Então, ainda que o risco relativo não seja tão grande, o impacto pode ser devastador”, concluiu.

Texto adaptado da reportagem Débora Mismetti (Editora-assistente de Saúde) de a Folha
Celular

Fotos: Arquivo pessoal -:

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