UM CARRO ECOLOGICAMENTE VIÁVEL

O carro é muito silencioso

Conforme o livro Guia dos Curiosos, do jornalista Marcelo Duarte, o automóvel foi inventado em 1885, por Otto Benz, na Alemanha. Portanto, há 126 anos. No ano seguinte, o americano Henry Ford começou a fabricar veículos em série, o que acontece até hoje. A circulação de carros, atualmente, está na casa dos bilhões. Otto Benz e o próprio Ford nunca devem ter pensado em uma data, exclusiva, a ser lembrada como o Dia Mundial Sem Carro.
Pois há! E é hoje: 22 de Setembro.

A ideia do “Car Free Day” surgiu na França, no finalzinho do séc. XX, e rápida como um automóvel se espalhou por países europeus, alcançando outros continentes. São 24 horas para o cidadão refletir sobre os problemas causados pela poluição produzida não por um, mas por bilhões de carros circulando pelo planeta.

É meio incoerente.

O homem já inventou o carro elétrico e outros similares não poluentes. Então deveria existir uma vontade política mundial para que todos os veículos fossem elétricos. Com eles, os terráqueos seriam poupados deste tipo de manifesto, por problemas causados pelo dióxido de carbono (CO2) e à camada de ozônio. E outros, como doenças respiratórias, poluição sonora, nervosismos e brigas no trânsito; acidentes com mortes e atropelamentos.

Aliás, este último é um caso a pensar. Dizem que o carro elétrico é perigoso por não fazer barulho. E as pessoas, acostumadas com o barulho, terminam atropeladas.

Ah! Então, não são os interesses econômicos: barris de petróleo a preço de bananas, desemprego, empresas em bancarrotas, queda do PIB, etc., que impedem o surgimento de um carro ecologicamente viável.
É porque o carro é muito silencioso.
Texto publicado em o jornal Diário do Vale de Volta Redonda - Edição de 23/09/2011 - seção Cartas -