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03 julho, 2016

CHAMA ATENÇÃO DA SOCIEDADE A ONÇA SACRIFICADA E O FILHO DEIXADO NA FLORESTA

Criança deixada em floresta como castigo
Foto: Cesar Dulcidi (área verde em Barra Mansa)
Dois textos, na mesma página do jornal Diário do Vale, aqui da região, que trata de entretenimento, chamam a atenção. Distante da ficção proposta pelos dois quadros Espaço Aberto e Contos e Crônicas, está a realidade cruel (amplamente divulgada pela imprensa) da vida recente do nosso país: a onça fuzilada na passagem da tocha olímpica e o caso da criança abandonada na floresta por castigo dos pais. Como demonstram os autores, uma representa o vexame olímpico e a outra extrapola o rigor da educação.
Todo mundo viu na televisão, durante a passagem da Tocha Olímpica pela Amazônia, a onça pintada (..) compreensivelmente estressada ela tentou fugir e foi morta a tiros. Tardiamente, o Comitê Olímpico pediu desculpas (..)”, relato do jornalista Jorge Calife. Em sua crônica, na mesma página, o escritor Alexandre Correa Lima escreve: “todo mundo sabe dos rigores da educação oriental, e do valor que atribuem a disciplina e respeito aos mais velhos. Por nossas bandas, talvez soframos do pecado inverso, a falta de limites'.
No fato explorado por Correa, o menino deixado na floresta por castigo, foi localizado seis dias depois por soldados numa cabana abandonada. Podemos afirmar, um final feliz. No fato da onça e de outros animais, na descrição de Calife, uma triste constataçãoum final desastroso. “No caso da onça Juma, do gorila, e do Jacaré”, diz ele, foram atingidos pela fúria humana, acrescentando que dessa fúria, nem os animais domésticos escapam. E não é somente na ocorrência chinesa, em que cães são executados e comidos.
Nos dois casos, o mais atingido é a sociedade humana. Faltou o equilibro humano nas duas situações. Quando o teólogo brasileiro Leonardo Boff cita os quatro princípios básicos da ética ele lembra que o 'cuidado' é mais importante do que a inteligência, mais importante do que a criatividade. Com "cuidado", o ser humano tem equilíbrio em tudo. Não será rigoroso na educação do filho, nem precipitado nas ações de defesa. Nas duas situações, se houve arrependimento, houve aprendizagem.
Clique nos títulos para ler os dois artigos no DV:
E a onça olímpica foi fuzilada     -      Limites   ---------